A reeleição de prefeitos, governadores e presidente da República é uma das principais causas do aumento exponencial da corrupção no Brasil, desmonte dos partidos políticos, crescimento das novas siglas de aluguel e do descompromisso dos parlamentares estaduais e federais com as estruturas partidárias, além da conivência com os desvios de dinheiro público.
Ao empunhar a bandeira do fim da reeleição, Aécio Neves, assume a primeira proposta séria para moralizar e profissionalizar a gestão pública, além de, se concretizada, cortar pela raiz o principal mal da corrupção que assola a República.
Espero que os demais presidenciáveis assumam, também, esse compromisso, comprometendo-se em apoiar uma emenda à Constituição Brasileira, que limite a apenas um mandado os cargos nos poderes executivos.
Quanto aos parlamentares penso que devemos também rever o modelo eleitoral de escolha de candidatos e estabelecer um limite de reeleição.
Sinto-me muito a vontade em defender o fim do instituto da reeleição, pois quando iniciou o debate nacional pela mudança das regras do jogo eleitoral, ocupava um cargo executivo eletivo (prefeito) e, na época, já assumia posição frontalmente contrária, por entendê-la contraproducente aos interesses da população.
A experiência vivenciada no Brasil, nestes últimos anos, somente comprova e reforça a minha crença inicial.
Por Vulmar Leite