terça-feira, 31 de dezembro de 2013

MENSAGEM DE ANO NOVO

F E L I Z  2 0 1 4!

Como o sol que se põe no horizonte todos os dias, mas sempre fica a certeza de que vai retornar,radiante, para inundar-nos com o seu calor, brilho e a energia necessária para continuarmos a nossa jornada...

Que o novo ano tenha o sentido da renovação, revitalização, revisão e reafirmação dos nossos sonhos de paz, harmonia, temperança, solidariedade,fraternidade e de amor!





Imagens:  Nivia Andres : Aurora em Santiago - RS

sexta-feira, 27 de dezembro de 2013

GALEÃO FOI PRIVATIZADO, MAS INVESTIMENTO É PÚBLICO

Galeão foi privatizado, mas investimento é público: O governo federal continua sendo uma mãe para o grupo Odebrecht, como o foi para o ex-bilionário Eike Batista. O banco público BNDES anunciou “aporte” de R$ 1 bilhão na Odebrecht TransPort menos de um mês depois de essa empresa ganhar a concessão para operar o aeroporto do Galeão, no Rio. Na prática, investimentos no [...]

Fonte:http://www.diariodopoder.com.br/coluna/

quinta-feira, 26 de dezembro de 2013

FRUTAS VERMELHAS GANHAM ESPAÇO NO MERCADO BRASILEIRO

"Em quatro anos, framboesa, amora e mirtilo ocupam área 6 vezes maior em MG

Desde 2009, a área ocupada por plantios de framboesa, amora e mirtilo cresceu seis vezes na Serra da Mantiqueira, no sul de Minas Gerais, tradicional região produtora de morangos.
De 50 hectares de pomar há quatro anos, as chamadas frutas vermelhas ocupam agora 300 hectares, de acordo com levantamento realizado pela Ufla (Universidade Federal de Lavras).
A amora e a framboesa chegaram à região na década de 50mas a produção comercial vem sendo mais explorada nos últimos quatro anos, como resultado de ações da Ufla (Universidade Federal de Lavras) e da Emater (Empresa de Assistência Técnica e Extensão Rural de Minas Gerais) .
De acordo com Rafael Pio, 36, professor de agricultura da Ufla, as novas frutas não estão substituindo a cultura tradicional da região, mas vêm sendo incorporadas nas propriedades. A produção de morango se dá até outubro, enquanto que a colheita de framboesa, amora e mirtilo está atualmente em curso.
O morango é cultivado em 1.800 hectares na região, diz Pio, enquanto as demais ocupam perto de 300 hectares e se espalham por 25 municípios na Serra da Mantiqueira. O clima ameno da região no período noturno favorece a floração das plantas e a qualidade das frutas.

Mirtilo ocupa a menor área das três frutas

O mirtilo, também conhecido como blueberry, tem plantios em cerca de dez hectares, ainda não muito produtivos. "Queremos pesquisar, a partir de exemplares fornecidos do Sul do Brasil, as variedades que mais se adaptem à região", diz Rafael Pio.
A safra de amora-preta, segundo ele, termina em janeiro, e o quilo da fruta fresca vale R$ 12, contra R$ 5 recebidos pelos agricultores pela mesma quantidade de morango.
Já o quilo de framboesa é comercializado a R$ 24. A produção começa neste mês e se estende até junho. Os preços da amora-preta e da framboesa, porém, oscilam conforme a oferta das frutas. Os principais concorrentes dos produtores mineiros são os gaúchos de Vacaria.
O principal apelo na comercialização da amora- preta, da framboesa e do mirtilo são suas propriedades antioxidantes.
Eles combatem os chamados radicais livres, liberados durante o metabolismo e responsáveis pelo envelhecimento celular, segundo José Fernando Durigan, 65, professor de tecnologia das Faculdades Agrárias e Veterinárias da Unesp (Universidade Estadual Paulista), de Jaboticabal (342 km de São Paulo).

Pomar de frutas vermelhas é "plano B" de economista

O economista Norberto Teixeira Vega, 60, diz que suas plantações de frutas vermelhas em Cambuí (MG) são seu "plano B" de renda. Atualmente ele trabalha como gerente de uma empresa em São Paulo que faz limpeza pública e aterros.
Ele mantém três hectares de framboesas e amoras, e diz que a rentabilidade do pomar é maior quando as frutas são vendidas fora de época. Para conseguir isso, ele programa a colheita de forma a não coincidir com a de produtores do Sul do país.
Nessas condições, chega a entregar o quilo da framboesa por R$ 45. Já a amora-preta garante de R$ 30 a R$ 35 pela mesma quantidade. Os frutos são colhidos um pouco verdes, para que cheguem maduros ao consumidor.
Vega possui ainda 600 pés de mirtilo, metade dos quais já em fase de produção. Cada arbusto produz dois quilos da fruta."
Leia a notícia completa acessando o link, abaixo:

COLHA, PAGUE E LEVE PARA CASA

"Em Beelitz, colha e pague


  • Por Lucineia Nunes

Colheita. Campos de Beelitz, na Fazenda Klaistow. FOTOS: Lucinéia Nunes/Estadão
Apenas 50 quilômetros separam Berlim da cidade de Beelitz, em Brandemburgo, na Alemanha. Distância curta se você levar em conta que poderá provar ali os melhores e mais frescos aspargos e morangos do país, entre abril e junho. Reserve um ou dois dias no roteiro e troque o agito da moderninha capital alemã para conhecer a Fazenda Klaistow.
Fundada em 1990 pelas famílias Buschmann e Winkelmann, a propriedade é a maior produtora de aspargos do estado, com 550 hectares dedicados apenas ao cultivo do ingrediente. Outros 50 hectares são tomados pelos morangos. Há ainda framboesa, de julho a agosto, e abóbora, de setembro a outubro. A entrada é gratuita e o visitante só paga pelo que colher. É um programa divertido encher uma caixinha com morangos tenros, bem vermelhos e doces, cultivados com o mínimo de agrotóxico.
Além de abastecer supermercados, a fruta é usada na produção de um espumante e nos pratos do restaurante da fazenda – um espaço com clima de casa de campo, que tem ainda uma superpadaria, com pães especiais e doces típicos. Na área externa, uma sorveteria e barracas que vendem produtos locais, temperos e suvenires, completam o cenário. No auge da safra dos aspargos, a fazenda recebe até 8 mil visitantes nos fins de semana, que chegam de todas as partes do país.
Depois da visita guiada aos campos de aspargos e de colher morangos, aproveite o almoço, que custa a partir de A 20 a refeição, sem bebidas. Comece com a salada de aspargos brancos marinados com óleo de nozes, mel, ervas e vinagre de framboesa, folhas verdes e morangos. Como prato principal, prove os deliciosos aspargos brancos com molho holandês e costeleta de porco perfeitamente empanada e servida com batatas cozidas (foto). Encerre com sorvete de baunilha e morangos frescos. Refeição simples e memorável.
Onde. Glindower Strasse, 28, Beelitz, tel. 49 (0) 33206 21835.buschmann-winkelmann "
Comentário: Esta experiência exitosa ocorre na Alemanha, mas sei que também se repete em algumas localidades no Brasil, mas com variações quanto à natureza dos produtos ofertados e dos serviços complementares disponíveis nos locais de produção, para atrair e agradar consumidores e visitantes.

domingo, 22 de dezembro de 2013

LOBÃO ENTREVISTA: Lobão com Tuma Jr. e Claudio Tognolli: o livro ASS...

LOBÃO ENTREVISTA: Lobão com Tuma Jr. e Claudio Tognolli: o livro ASS...:   Dia 22 de dezembro de 2013, domingo, 22 horas (horário de Brasília) vamos ter mais um hangout ao vivo, free, no Lobão Entrevista . Lobão ...

Comentário:

A entrevista foi realizada pelo compositor e cantor Lobão, via internet, com o ex-Secretário Nacional de Justiça, no governo Lula, Romeu Tuma Junior, acompanhado pelo jornalista Cláudio Tognolli, autores do livro Assassinato de Reputações, que já está sendo comercializado nas principais livrarias do país.

quarta-feira, 18 de dezembro de 2013

CONSUMO DE CARNE SEM INSPEÇÃO SANITÁRIA É ALTO EM SANTIAGO

Em 2008, durante a campanha eleitoral, fui acusado pelo então vice-prefeito e candidato a prefeito pelo PP de que, quando no exercício da administração municipal, eu teria ordenado que a fiscalização municipal autuasse os produtores rurais familiares, confiscando-lhes os produtos que transportavam para autoconsumo e comércio na cidade. Na campanha eleitoral de 2012, o assunto retornou de forma dissimulada, menos invasiva, é verdade, porque o alvo preferencial do conservadorismo não era eu, mas o Diniz Cogo.

Esta semana, quando houve a entrevista do proprietário do Frigorífico RM Sagrilo, sabidamente vinculado ao PP, numa emissora local, afirmando que cerca de 80 por cento da carne consumida em Santiago é proveniente do abate clandestino, portanto, sem controle sanitário e sem recolhimento de impostos, julguei que esta seria a oportunidade de reabrir o debate sobre o tema – fiscalização tributária e vigilância sanitária municipal.

Preliminarmente, é preciso lembrar que o quadro de servidores da fiscalização é regido por legislação específica e seus membros têm poder de polícia, independência funcional e não recebem ordens diretas do prefeito e do secretário para autuar este ou aquele munícipe, sem que haja a devida fundamentação legal. Sua atuação deve ser pautada nos preceitos legais e nos princípios da administração pública. É claro, não podem imitar os fiscais da prefeitura de São Paulo, que transformaram a fiscalização de empreendimentos privados num balcão de negócios.

O gestor que ordena ao fiscal que autue ou não um contribuinte, ao arrepio da lei, comete o crime de prevaricação e assédio moral, passível de penalização criminal. Da mesma forma, o fiscal que cumpre ordens dessa natureza, sem respaldo na legislação, incorre no mesmo crime e se comporta não como servidor público, mas como vassalo.

Rebati as acusações, na época, de que tal afirmativa carecia de fundamento e que críticas dessa natureza feitas por um gestor público poderiam ensejar uma representação judicial por crime de calúnia e difamação, já que fui acusado de prevaricação pelo candidato a prefeito.

Não encaminhei a demanda porque, até certo ponto, subestimei a extensão dos efeitos das assacadilhas perpetradas pelo candidato e pela sua equipe de apoiadores governistas. Também porque, durante o meu governo, ao reorganizar, por lei, o serviço municipal de fiscalização, ampliando o quadro de fiscais por concurso público, instituindo plano de cargos e salários e estabelecendo atribuições típicas de estado para os fiscais, fui movido pelo dever inalienável de que era impostergável o controle da qualidade dos alimentos consumidos pela população, evitar a evasão de receitas e colaborar com outras esferas de governo para combater o abigeato que grassava na região.

À medida que passavam os anos, fui percebendo que a leviana acusação havia se cristalizado na mente de pessoas inocentes, que passaram a acreditar que isso era verdadeiro. Não compreenderam que essa era uma das estratégias de ação política continuísta, para desconstrução da minha imagem de administrador junto ao público mais diretamente ligado ao meio rural.

Uma mentira repetida muitas vezes, e por muitos, acaba sendo considerada verdade, se não houver a pronta reação, na mesma medida. Neste aspecto, reconheço que não consegui desmistificar a ardilosa patranha montada pelo candidato do PP e seus companheiros, durante a campanha eleitoral.

A primeira conclusão a que poderíamos chegar, após ouvir a declaração do Empresário da Indústria de Carnes, é de que o órgão municipal de controle do comércio e circulação de produtos de origem animal é incapaz de coibir o abate clandestino, não sei se por negligência e omissão ou por conivência com os infratores.

Hoje, sei que os serviços de fiscalização durante o meu governo desagradaram alguns munícipes de alto coturno que, certamente, não procediam em conformidade com legislação brasileira. E, ao que parece, foi muito fácil encontrar guarida no seio largo do PP, e obterem o compromisso de aliviar, desmontar ou neutralizar a ação fiscalizatória no Município de Santiago, caso houvesse a alternância de governo. Conseguiram!

E o que temos hoje? Cerca de oitenta (80) por cento da carne consumida pela população sem garantia de que não esteja contaminada de patógenos causadores de enfermidades, além de considerável avanço do roubo de gado na região! E o que faz o serviço municipal de fiscalização? Sei, apenas, que dois antigos fiscais se licenciaram de suas funções e/ou entraram em gozo de férias para trabalhar no comitê de reeleição do atual prefeito, em 2012. Estranho? Normal? Talvez!

Impõe-se, ainda, que se dê um desconto a esse percentual em consequência do autoconsumo das famílias que são proprietárias de estabelecimentos rurais e moradoras na cidade. Estas costumam abastecer-se em suas granjas, sítios e fazendas com as carnes de bovinos, ovinos, suínos e aves, etc., que são abatidos no próprio estabelecimento. Nestes casos, o papel da fiscalização municipal deve ser de atuar apenas no sentido de que os produtos sejam transportados acondicionados adequadamente e acompanhados da respectiva Nota Fiscal de Produtor, para assegurar-se de que sua origem é absolutamente regular. Esta medida, repelida por alguns, por desinformação ou má-fé, é imprescindível para que se faça a efetiva diferenciação quanto ao uso e destinação da produção familiar.

A finalidade precípua da fiscalização municipal é garantir produtos sadios e de boa qualidade para consumo humano, coibindo a comercialização de produtos originários do abate clandestino de animais com procedência duvidosa, quanto à sanidade e a forma de obtenção. Outra atribuição importante é de natureza fiscal, a exigência da apresentação da Nota Fiscal de Produtor para comprovação da origem dos bens, como medida indispensável para assegurar o recolhimento dos tributos que são devidos ao Município, além de proteger os verdadeiros produtores da concorrência desleal e predatória de quem não respeita o ordenamento legal.

Se eu agisse com a mesma lógica irresponsável dos governistas nas eleições de 2008, diria que o atual administrador municipal ordenou aos seus fiscais que cerrassem os olhos para o transporte das carnes oriundas do meio rural, como se todas elas fossem destinadas para autoconsumo familiar. Não creio que o atual gestor, a despeito do deslize cometido como vice-prefeito, na campanha eleitoral de 2008, seja conivente com o comércio de produtos de origem animal sem a devida inspeção sanitária, aceite abrir mão de receitas públicas importantes decorrentes da sonegação fiscal ou que tenha ordenado o arrefecimento das ações de fiscalização no Município.

Penso que a Câmara de Vereadores de Santiago, tão ciosa de seus deveres com a coletividade, saberá avaliar a atuação e o desempenho do setor de fiscalização e se toda a carne consumida em Santiago tem os padrões de qualidade estabelecidos na legislação vigente.

terça-feira, 17 de dezembro de 2013

NOVO FATO RELEVANTE NA MARGEM DA BR-287

Em 8 de dezembro de 2012, portanto há um ano atrás, publiquei no meu blog, ver abaixo, uma matéria sobre a troca de guarda no comando do Frigorífico Sagrilo, que  foi fundado há 40 anos pelos irmãos Irmo e Hermenegildo Sagrilo, mas sempre foi administrado pelo empresário Irmo Sagrilo. Sempre destaquei a importância da indústria de carnes como a mais importante atividade industrial da matriz produtiva local, para alavancar a geração de empregos, renda e desenvolver economicamente o Município de  Santiago.

Não fiz isso somente quando fui chefe do Poder Executivo Municipal, mas também como militante de partido de oposição ao sistema governista predominante na nossa terra. Alguns áulicos do poder político dominante, na ânsia de mostrar serviço para os patrões e politizar uma iniciativa privada relevante, costumam jogar pedras na oposição como se esta fosse responsável pelo processo de desindustrialização de Santiago que, salvadas as iniciativas empresariais corajosas e destemidas, entre outras, dos Irmãos Sagrilo, agora do seu genro, somadas à persistência e denodo dos Irmãos Reginatto, proprietários do Matadouro Bela União, conseguiram manter ativa e próspera a indústria de carnes em Santiago. Estes mesmos vestais esquecem de comentar as seríssimas preocupações do empresário Ruderson, em entrevista a uma emissora de rádio, sobre a elevada incidência do comércio ilegal de carnes clandestinas, em Santiago que, segundo ele, beira a 80 por cento.

Imagem: Blog do Rafael Nemtiz
Um novo fato relevante deve ser destacado no contexto do empreendimento industrial de base econômica, Frigorífico RM Sagrilo, sucedâneo do Frigorífico Sagrilo, agora sob a direção de Ruderson Mesquita Sobreira, sucessor familiar do proprietário e administrador anterior, a agregação de valor à matéria prima industrializada através de um novo produto - Carnes Sobreira -, que consiste no lançamento no mercado de carnes com cortes especiais e embaladas a vácuo, para venda direta aos consumidores nas gôndolas das redes de grandes supermercados.

Inegavelmente precisamos reconhecer e valorizar o talento empreendedor e inovador dos novos proprietários do Frigorífico RM Sagrilo, Ruderson Mesquita Sobreira, e sua esposa Marisane Sagrilo Sobreira, que têm a nobre e grandiosa missão de manter, inovar, atualizar, desenvolver e prosperar esse empreendimento, no mínimo, pelo próximos 40 anos.

Abaixo, a postagem publicada neste blog no dia 8 de dezembro de 2012:

FATO RELEVANTE NA MARGEM DA BR - 287


A BR 287 é a Rota do Sol no Rio Grande do Sul, que une São Borja à Terra de Areia, no Litoral norte do Estado. Num dos seus trechos, Santiago -Jaguari, ao lado da "polêmica dos pinus" que se trava em Santiago emerge, em sua margem direita de quem segue para o centro do Estado, um empreendimento de grande importância econômica para a nossa região - uma indústria de carnes, produto típico e base da nossa economia tradicional e contemporânea, pois as extensas e qualificadas criações de bovinos e ovinos geram a riqueza e foram decisivas para plasmar a fundação da nossa comunidade municipal, como um ente autônomo e desenvolvido na Federação.

A refundação e a modernização do Frigorifico Sagrilo, criado pelos irmãos Irmo e Hermenegildo Sagrilo, é um fato auspicioso e de enorme significado econômico e social para nossa região, pois busca agregar valor aos produtos da terra, bovinos e ovinos, primordialmente, que são produções de expressão e um dos sustentáculos da atividade econômica de Santiago e demais municípios da região Centro-Oeste. Não podemos continuar exportando gente e gado em pé. Precisamos criar empregos e agregar valor aos nossos produtos tradicionais.

Em entrevista veiculada na mídia, o novo empreendedor, Ruderson Mesquita, sucessor na linha familiar dos antigos proprietários, afirmou que além da modernização das instalações que habilita o estabelecimento a comercializar seus produtos rigorosamente dentro dos requisitos técnicos exigidos pela Inspeção Sanitária Estadual, aduziu que, também, foi ampliada a capacidade de abate para 200 cabeças por dia, o que permite estimar em cerca de 70 mil por ano. São números muito expressivos se considerarmos que a população bovina total de Santiago é estimada pelo IBGE em 200 mil cabeças.

Alegra-me muito que esse empreendimento continue funcionando em escala ainda maior, com visão de futuro e voltada também para o mercado de distribuição de carnes. Esta indústria é estratégica e muito importante para potencializar nossa riqueza, gerar empregos e mais impostos para a municipalidade.

É preciso que Irmo Sagrilo e, in memoriam, Hermenegildo Sagrilo, tenham sempre o nosso reconhecimento, pela iniciativa pioneira e histórica de industrializar a matéria prima mais cara às nossas melhores tradições. Como, também, desejar muito sucesso aos seus continuadores, Ruderson Mesquita, e Marisane Sagrilo Sobreira, agora os donos do negócio.



segunda-feira, 16 de dezembro de 2013

TEM UM BURACO NO MEIO DO ASFALTO, NO MEIO DO ASFALTO TÊM MUITOS BURACOS...

Na BR 287 a conservação, manutenção e fiscalização do tráfego é de responsabilidade do Governo Federal. Sabemos que o governo federal é o primo rico dos entes federados e que sua ajuda aos primos pobres não segue a critério rígidos e previsíveis, de acordo com as reais necessidades dos parentes mais despossuídos, além de sempre abrir a carteira com muita lentidão e despreocupação menor com a urgência das demandas sociais. Seguramente, nos próximos 30 dias, não haverá nenhuma ação federal para restaurar as condições adequadas de trafegabilidade na rodovia.

O trecho da BR 287, entre Santiago e Ernesto Alves tem, aproximadamente, 40 buracos, esparsos ao longo do leito da rodovia e os subsequentes, em direção à Jaguari e até Santa Maria há uma infinidade de outros buracos, porém com menor profundidade e ainda com menor potencial de danos do que os primeiros. Neste final e início de ano são muitos os motoristas de poucas viagens que, naturalmente, são menos defensos às imperfeições das rodovias e, por conseguinte, mais sujeitos aos efeitos da falta de conservação.

O fato de ser uma rodovia federal não impede que o Estado (DAER) e as Prefeituras Municipais da região não possam ajudar a reparar e zelar pela segurança dos usuários, que não residem na "união", nem no "Estado" mas, certamente, nos municípios. Portanto, os beneficiários das rodovias federais somos todos que moramos em Santiago, Jaguari, São Vicente do Sul, São Pedro, Santa Maria...., são os nossos parentes e amigos que vêm e vão passar as festas de fim de ano na sua terra natal e na de seus avós e que se valem desta rodovia para celebrar e comungar seus sentimentos de fraternidade no Natal e Ano Novo.

Um pequeno gesto, uma ação objetiva da administração local e de outros municípios vizinhos poderia contribuir para aumentar a segurança das pessoas que utilizam a rodovia. Os buracos existentes ainda são de dimensões pequenas e, salvo melhor juízo, não requerem serviços complexos para restabelecer as condições mínimas de trafegabilidade. Um ou dois metros cúbicos de massa e umas pazadas de asfalto por buraco já seriam suficientes para diminuir os sobressaltos dos motoristas e os riscos de acidentes, que podem causar danos materiais aos veículos e perdas humanas irreversíveis. Também os veranistas do Balneário de Ernesto Alves se sentiriam mais seguros!

É claro que é muito difícil, politicamente, para os administradores municipais determinarem a realização de serviços de tapamento de buracos em rodovia de responsabilidade de outro ente federado, pelo mínimo de esforço e de recursos que possam despender, mesmo que isso proporcione o máximo de benefício para a suas comunidades, quando as ruas de algumas cidades podem também estar esburacadas e sem a devida restauração, há longo tempo.

Porém, há diferenças, os buracos nas pistas da BR, por ser via de alta velocidade, colocam em risco a vida das pessoas, enquanto nas ruas asfaltadas das cidades, que são de baixa velocidade, os buracos existentes causam apenas avarias aos veículos e, é claro, insatisfação e desconforto aos moradores, além da natural crítica dos adversários políticos.

Além disso, não seria a primeira vez que os municípios iriam intervir e agir para minimizar os riscos de acidentes que causam prejuízos materiais e econômicos de grande monta e, o que é mais grave, com riscos de danos pessoais. Também nada impede que os eventuais gastos com massa asfáltica, transporte e serviços de reparos na rodovia não possam ser ressarcidos pela União.

NR: O título é inspirado no poema "No meio do caminho", de Carlos Drummond de Andrade

domingo, 15 de dezembro de 2013

A ESPERTEZA DE DIZER O QUE PENSA OU NÃO, ATRAVÉS DE TERCEIROS

A nossa blogosfera e mídias sociais constituem um mundo fantástico de troca de informações, de expressão de ideias, confidências individuais impensáveis de todas as naturezas, difusão de imagens reais e construídas, denúncias, acusações, defesas e celebrações múltiplas da intensidade da vida de milhares de pessoas que adotamos como amigos, nas nossas páginas das redes sociais ou dos leitores que livremente acessam nossos blogs e sites.

Confesso que jamais poderia imaginar que houvesse tanta liberdade e desinibição das pessoas em expressar seus sentimentos e emoções de forma tão espontânea, sem qualquer preocupação com a censura intelectual, social e econômica dos que se acham acima dos demais mortais. As mídias e os blogs têm o condão de libertar nossos sentimentos das amarras da timidez e da introversão psicológica, que sempre inibiram a criatividade, a participação social e a livre manifestação dos indivíduos, de todas as gerações, nos ambientes sociais e culturais.

Inegavelmente vivemos uma verdadeira e extraordinária revolução cultural  sem precedentes e ainda não consigo vislumbrar quais os limites para os usos dessas ferramentas da tecnologia da informação em benefício da paz, do progresso social e da felicidade plena de toda a humanidade. 

Recentemente, um blogueiro da aldeia se valeu de um comentário que fiz no meu blog, para provocar seus antigos aliados a se manifestarem sobre um tema que permeia em quase todos os partidos políticos que têm assento no Congresso Nacional - A Ação Penal 470, popularmente denominada Mensalão. É o típico caso de quem se vale de um comentário de terceiros para dizer o que pensa, mas que, por esperteza, se exime de emitir opinião sobre o fato, preferindo açular as históricas divergências políticas locais.

É uma forma inteligente de agir e se expressar que também deve ser respeitada.

sexta-feira, 13 de dezembro de 2013

EX-PRESIDENTE NACIONAL DO PP E DEPUTADO FEDERAL, RENUNCIA AO MANDATO PARLAMENTAR

"Condenado no mensalão, deputado Pedro Henry (PP) renuncia após ter prisão decretada



MÁRCIO FALCÃO
DE BRASÍLIA


As prisões do mensalão provocaram nesta sexta-feira (13) a terceira renúncia na Câmara dos Deputados. Minutos após o STF (Supremo Tribunal Federal) determinar o início do cumprimento de sua pena de mais de 7 anos de reclusão, o deputado Pedro Henry (PP-MT), 56, entregou seu mandato na Casa.

Henry era líder do PP quando a Folha revelou o mensalão, em 2005. A maioria dos ministros entendeu que ele participou das negociações que levaram ao repasse de pelo menos R$ 3 milhões do valerioduto para o PP e ao uso da corretora Bônus Banval para distribuir o dinheiro.

No julgamento mais longo de sua história, o STF confirmou que houve desvio de recursos públicos que abasteceram a compra de apoio político no início do governo Lula. O ex-deputado nega que ele tenha tratado de assuntos financeiros com o PT e diz que não tinha conhecimento da origem ilegal dos valores recebidos pelo PP.

Henry foi condenado por corrupção passiva e lavagem de dinheiro, e a uma pena de 7 anos e 2 meses de prisão em regime semiaberto, mais o pagamento de R$ 962 mil em multas.
O deputado seguiu os passos do ex-presidente do PT José Genoino (SP) e Valdemar Costa Neto (PR) que também abriram mão de seus mandatos. Agora, dos condenados, só João Paulo Cunha (PT-SP) permanece na Câmara.

A defesa de Pedro Henry deve entrar com pedido para que ele cumpra pena em Cuiabá. Segundo os advogados, ele deve solicitar autorização da Justiça para trabalhar em hospitais da cidade.

Pedro Henry não terá direito à aposentadoria da Câmara. Ele chegou a receber o benefício quando renunciou ao mandato em 2005, mas ao retornar para o sistema previdenciário da Casa optou por deixar o IPC e receber em dinheiro a contribuição retroativa.

A Câmara desembolsa por mês mais de R$ 80 mil no pagamento de aposentadorias para deputados e ex-deputados condenados no processo do mensalão. Além Genoino (PT-SP), Costa Neto e os ex-deputados Roberto Jefferson, (PTB-RJ), José Borba (PMDB-PR) e Pedro Corrêa (PP-PE) têm direito ao benefício da Câmara.

Se não renunciasse, Henry enfrentaria seu terceiro processo de cassação na Câmara. Ele foi alvo de um pelo mensalão e outro por suspeita de ligação com a máfia dos sanguessugas --venda de ambulâncias e equipamentos médicos superfaturados--, tendo escapado da cassação até agora


Meu comentário:

Sempre causou estranheza, para muitos, o silêncio dos lideres partidários e dos parlamentares do PP com representação e expressivas votações em Santiago, sobre o julgamento do mensalão e das respectivas condenações e prisões que ocorreram recentemente, pois se sabe que, historicamente, eles sempre foram paladinos do combate à corrupção e das práticas políticas do PT.

Será que é somente porque o partido a que pertencem faz parte da base aliada dos governos Lula e Dilma?

HERBICIDA USADO EM LAVOURAS COM SEMENTES TRANSGÊNICAS CAUSA DANOS À SAÚDE.

Fundação Oswaldo Cruz diz que agrotóxico vinculado a sementes transgênicas causa danos à saúde | Agência Brasil

Mariana Branco
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Um levantamento da Fundação Oswaldo Cruz mostra que a maior parte dos estudos conduzidos de 2006 para cá por universidades e institutos aponta o agrotóxico 2,4-D, usado para combater ervas daninhas de folha larga, como causador de danos à saúde humana, animal ou ao meio ambiente.
Segundo a pesquisadora e toxicologista Karen Friedrich, responsável pelo levantamento, os resultados contrastam com os encontrados por empresas privadas em relação à substância. Os dados foram apresentados durante audiência pública no Ministério Público Federal (MPF) para discutir a liberação no mercado de sementes transgênicas de milho e soja resistentes a esse tipo de agrotóxico.
O MPF e alguns pesquisadores temem o aumento do uso de 2,4-D por produtores rurais caso esses organismos geneticamente modificados sejam autorizados no país.
Para Karen, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deveria reavaliar a permissão para uso do herbicida no país. Consequentemente, não poderiam, também, ser permitidas as sementes transgênicas resistentes a ele. "Um produto transgênico resistente ao 2,4-D só vai causar o aumento do consumo de um agrotóxico que era para ser proibido. Estudos de pesquisadores isentos mostram relação com danos como má-formação fetal, mutações genéticas, câncer. A maioria foi feita em animais de laboratório, mas alguns em população humana", destacou a pesquisadora.
De acordo com Karen, uma entidade da sociedade civil ou um parlamentar pode encaminhar o pedido de reavaliação à Anvisa. A substância foi reavaliada pela última vez em 2006, e mantida. No entanto, de acordo com a pesquisadora, de lá para cá foram feitas mais pesquisas sobre o 2,4-D.
Karen Friedrich ressalta ainda que a Anvisa enfrenta dificuldades nos processos de reavaliação, que são interrompidos por muitos recursos judiciais. "Em 2008, ela [Anvisa] indicou 14 [agrotóxicos para reavaliação] e ainda não conseguiu terminar a análise de todos. Proibiu quatro, manteve dois e os outros ainda estão aguardando", informou. No Brasil, diferentemente do modelo adotado em países em que há reavaliação periódica, quando um agrotóxico é registrado, sua autorização é permanente. Ela pode ser revista, no entanto, caso estudos evidenciem que a substância pode trazer riscos à população ou ao meio ambiente.
Outro representante da Fundação Oswaldo Cruz, Luiz Cláudio Meirelles, destacou o fato de que o 2,4-D está na classe dos herbicidas que podem liberar dioxina em seu processo de fabricação. Trata-se de uma impureza suspeita de causar danos reprodutivos e alguns tipos de câncer. Há uma preocupação pelo fato de o Brasil não ter laboratório adequado para medir a dosagem de dioxina na sustância. "Acho que é um produto que, no mínimo, tem que ser descontinuado, caminhando para o banimento."
Enquanto, na avaliação da Fundação Oswaldo Cruz, o 2,4-D não é adequado para uso, empresas privadas alegam que o herbicida não causa danos, desde que usado da maneira e na dosagem corretas. O médico toxicologista Flávio Zambrone, presidente do Instituto Brasileiro de Toxicologia e consultor da Força Tarefa, grupo formado por quatro empresas – Dow Agrosciences, Atanor, Milenia e Nufarm –, afirma que não há dados conclusivos vinculando o 2,4-D a danos à saúde e ao meio ambiente.
"O perigo é inerente à substância. Mas, se a exposição for em dose segura, não apresenta risco", disse Zambrone. Segundo ele, o agrotóxico apresentou o mesmo pacote de dados que outros pesticidas e passou por testes em animais antes de ser aprovado no Brasil. "Quando você passa de animais para homens, as doses são em um valor 100 vezes menor."
Outro argumento favorável ao 2,4-D apresentado toxicologista é que o herbicida está registrado em 70 países e, até o momento, não foi suspenso por eles. Recentemente, houve reavaliação no Canadá e nos Estados Unidos, com manutenção da permissão para o produto. Quanto à dioxina, ele acredita que a ausência de um laboratório que meça a dosagem no Brasil não é motivo para descontinuar o uso do agrotóxico. "É uma impureza séria, mas tem dose segura. Se não temos laboratório, temos que criar ou fazer [o teste da dosagem] fora", defendeu.
Após a audiência pública de hoje, equipes técnicas do Ministério Público Federal vão redigir pareceres. A partir desse material é que o órgão vai decidir os próximos passos com relação ao 2,4-D e às sementes resistentes ao agrotóxico. Atualmente, estão em curso inquéritos civis instaurados pelo MPF, para avaliar irregularidades na liberação das sementes transgênicas pela Comissão Nacional de Biossegurança (CTNBio) e a segurança da permanência do 2,4-D no mercado brasileiro.
Fonte: Agência Brasil

quarta-feira, 4 de dezembro de 2013

INDENIZAÇÃO POR COMENTÁRIO OFENSIVO EM REDE SOCIAL

Mulheres abrem jurisprudência a indenização por comentário ofensivo em rede social

Mônica Bergamo, Folha de São Paulo

Uma pessoa que compartilha comentários ou notícias ofensivas no Facebook pode ter que pagar indenização à pessoa que se sente atingida. A decisão foi tomada pelo Tribunal de Justiça de SP.


PARA TODOS


O desembargador José Roberto Neves Amorim, relator do processo, diz que a decisão é inédita. E afirma que ela será recomendada como jurisprudência, para que seja aplicada em casos semelhantes que cheguem ao tribunal.


FALA SÉRIO


A disputa envolveu um veterinário acusado de negligência no tratamento de uma cadela que seria castrada. A informação, não comprovada, foi compartilhada e "curtida" na rede por duas mulheres que foram condenadas a pagar R$ 20 mil. "Há responsabilidade dos que compartilham mensagens e dos que nelas opinam de forma ofensiva", diz Amorim. Para ele, o Facebook deve "ser encarado com mais seriedade e não com o caráter informal que entendem as rés".


Fonte: Folha de São Paulo

segunda-feira, 2 de dezembro de 2013

AGROTÓXICOS PROIBIDOS VENDIDOS PELA INTERNET PÕEM EM RISCO A SAÚDE PÚBLICA

Alerta sobre a gravidade da venda via internet de agrotóxicos proibidos


Em outubro, duas operações conjuntas do CREA-RS e o 4º Grupo de Polícia Ambiental da BM em propriedades rurais nas cidades de Vacaria e Tupanciretã
Créditos: Arquivo CREA-RS
O CREA-RS, diante das graves denúncias divulgadas recentemente nos meios de comunicação sobre o comércio de agrotóxicos via internet, especialmente a venda de produtos de comercialização proibida ou banida nos países de origem da empresa produtora, mobilizará os órgãos públicos responsáveis para a tomada de providências efetivas e urgentes de fiscalização, bem como a aplicação de punição severa aos infratores. Além do descumprimento da legislação brasileira, em especial à legislação de agrotóxicos, a venda de produtos proibidos no Brasil coloca em risco a saúde dos consumidores e causa danos ao meio ambiente. É o caso do herbicida Paraquat que está sendo negociado pela internet e que, em caso de intoxicação, não possui antídoto.
De comercialização proibida, esses produtos devem estar entrando de forma clandestina, através das fronteiras e certamente sem a Receita Agronômica, ou seja, sem a responsabilidade técnica do profissional de Agronomia. Segundo a Anvisa, há o registro de um grande número de amostras com resíduos de agrotóxicos não permitidas para uso na cultura vegetal ou a presença de agrotóxicos de comercialização proibida em alimentos in natura.
O CREA-RS irá propor uma união de esforços junto à Secretaria Estadual de Agricultura, ao Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, ao Ministério do Meio Ambiente e ao Ministério Público, para que seja banido o ingresso no mercado nacional dos agrotóxicos proibidos, principalmente pelos graves danos que pode ocasionar à saúde, ao meio ambiente e à atuação dos profissionais de Agronomia.
Durante fiscalização, flagrante de uma série de irregularidades na utilização e no armazenamento de agrotóxicos
Durante fiscalização, flagrante de uma série de irregularidades na utilização e no armazenamento de agrotóxicos

Desde novembro do ano passado, o CREA-RS teve um incremento de 84% na fiscalização de agrotóxicos, 140% em propriedades rurais e de 40% de receituário agronômico, tendo alcançado 10.139 empreendimentos.



BOLHA EM AÇÕES NOS EUA E EM IMÓVEIS NO BRASIL?

Vencedor do Nobel de Economia alerta para bolha em ações nos EUA e imóveis no Brasil

01 de dezembro de 2013 
Reuters

Um dos norte-americanos que venceram o Prêmio Nobel de Economia de 2013 acredita que as fortes altas nos preços do mercado de ações dos Estados Unidos e do setor imobiliário em algumas cidades do Brasil podem provocar uma perigosa bolha financeira.
Robert Shiller venceu o prêmio com outros dois norte-americanos por pesquisas sobre preços do mercado acionário e bolhas de ativos.
"Ainda não estou soando o alarme. Mas, em muitos países, as bolsas de valores estão em um nível alto e preços subiram com força em alguns mercados imobiliários", disse Shiller à revista alemã Der Spiegel na edição deste domingo. "Isso pode acabar mal", acrescentou.
"Estou preocupado principalmente com o 'boom' do mercado acionário dos EUA, também porque nossa economia ainda está fraca e vulnerável", disse, acrescentando que os setores financeiro e tecnologia podem estar sendo superestimados.
Ele também apontou os valores "drasticamente" altos de propriedades no Rio de Janeiro e em São Paulo, no Brasil, nos últimos cinco anos.
"Lá, me senti um pouco como nos EUA em 2004", disse, acrescentando que tem ouvido argumentos sobre oportunidades de investimentos e o crescimento da classe média que já havia escutado nos EUA perto do ano 2000.
O colapso do mercado imobiliário dos EUA ajudou a motivar a crise financeira global de 2008 e 2009.
"Bolhas são assim. E o mundo ainda está muito vulnerável a uma", disse.
As bolhas são criadas quando investidores não reconhecem que os crescentes preços de ativos se distanciaram de fundamentos econômicos.
(Por Madeline Chambers) 

domingo, 1 de dezembro de 2013

SINAIS ALARMANTES

Sinais alarmantes: Finalmente fez-se justiça no caso do mensalão. Escrevo sem júbilo: é triste ver na cadeia gente que em outras épocas lutou com desprendimento. Estão presos ao lado de outros que se dedicaram a encher os bolsos ou a pagar suas campanhas à custa do dinheiro...

Leia na íntegra o artigo de autoria do sociólogo e ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, clicando no link, abaixo:

http://www.gazetadopovo.com.br/colunistas/conteudo.phtml?tl=1&id=1429665&tit=Sinais-alarmantes

sábado, 30 de novembro de 2013

BOLHA IMOBILIÁRIA À BRASILEIRA, SEGUNDO EL PAÍS

Bolha imobiliária à brasileira mistura preço alto e crédito limitado

Os imóveis no Brasil subiram até 200% desde 2008, mas a concessão de recursos para a habitação se mantém estável, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos e na Europa

Vista de São Paulo de um edifício no centro. / MARIA MARTÍn
Um varejista, em São Paulo, recebeu, no primeiro semestre deste ano, uma oferta pela sua loja num dos shoppings mais badalados da capital paulista. Desfazer-se de seu ponto de venda não estava em seus planos, mas decidiu ouvir a proposta. Quando soube que o interessado estava disposto a pagar 1.700.000 reais (741.936 dólares), respirou fundo para não revelar sua surpresa. Fechou negócio na hora. “Custava, no máximo, 800.000 reais (cerca de 350.000 dólares)”, comenta o empresário, que investiu os recursos no sistema financeiro.
Em Perdizes, na Zona Oeste da cidade, um apartamento de 50 metros quadrados está sendo vendido por 420.000 reais (183.302 dólares). Em outro edifício, a 30 passos dali, um apartamento de 120 metros quadrados foi vendido por 330.000 reais (144.023 dólares) há cinco anos. Hoje, esse mesmo imóvel vale 900.000 reais (392.790 dólares). Casos como esses se repetem nas grandes cidades brasileiras, formando uma espécie de bolha à brasileira. Preços que não têm um parâmetro matemático para que sejam calculados, e que deixam entrever que alguma coisa pode estar errada.
A primeira coisa que vem à mente são as bolhas imobiliárias que estouraram na Europa e nos Estados Unidos, em 2008, e que arrastaram o mundo para uma crise financeira sem precedentes. Mas a bolha no Brasil se diferencia por ser uma bolha de preços, e não de crédito, como foi no Exterior.
Hoje, na relação entre endividamento e tipo de crédito tomado, o imobiliário responde por pouco mais de 20%
Os norte-americanos foram vítimas de uma enxurrada de crédito, com financiamentos considerados de alto risco. E, no mercado financeiro, houve a comercialização dos títulos hipotecários que acabariam se revelando podres, ampliando a extensão do problema. No Brasil, porém, a proporção do crédito imobiliário sobre o Produto Interno Bruto (PIB) chegava a apenas 7,9% em agosto. Em 2012, era de 6,8%. Para efeito de comparação, os EUA em 2011 registraram uma proporção de 76,1% do PIB, e o Reino Unido mais de 80% do PIB, no mesmo ano.
O sistema financeiro no Brasil, com um passado de tragédias gregas até os anos 1990, quando a inflação imperava, tornou-se mais cauteloso na concessão de recursos, e no caso do crédito imobiliário, ainda mais rigoroso. Em 1997, entrou em vigor a alienação fiduciária para imóveis - os bancos podem tomar o imóvel que está sendo financiado, caso o comprador não pague algumas parcelas. Além disso, só são concedidos empréstimos a quem comprovar que a prestação não comprometerá mais que 30% da sua renda. Hoje, na relação entre endividamento e tipo de crédito tomado, o imobiliário responde por pouco mais de 20%.
A expansão acelerada do mercado imobiliário, no entanto, alimentou um quadro de desordem na formação de preços. O aumento da concessão de crédito, com a estabilidade da moeda, coincidiu com os programas de habitação do governo, como o Minha Casa Minha Vida, voltado às pessoas menos favorecidas. Os preços dos insumos de construção civil subiram, ao mesmo tempo em que o custo dos terrenos foram às alturas.
Segundo o índice FipeZAP, que monitora os preços de venda e aluguel anunciados dos imóveis, os valores de venda subiram 230% no Rio de Janeiro desde 2008. E, em São Paulo, 188% no mesmo período de comparação, que termina em outubro deste ano. Um apartamento nessas cidades pode chegar a custar até 60% mais caro que em Miami, de acordo com levantamento da imobiliária Elite International Realty em setembro. “Os preços passaram dos limites”, resume o professor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Samy Dana. “Para uma bolha se formar, é necessário que nem todos acreditem na formação dela, senão ninguém compraria (os imóveis)”, completa. O economista diz que uma das bases da bolha é a “teoria do tolo maior”, que consiste em alguém que paga caro por uma casa ou apartamento, por medo de que o valor aumente no futuro.
Segundo o índice FipeZAP, os valores de venda subiram 230% no Rio de Janeiro desde 2008
O assunto conseguiu chamar a atenção até de um dos ganhadores do Nobel de Economia deste ano. Em visita ao Brasil, no fim de agosto, o norte-americano Robert Shiller alertou para a possibilidade da formação de uma bolha. “O que aconteceu de tão dramático para os preços subirem assim, nos últimos cinco anos? A inflação não foi muito menor? Os preços caíram 25% em Los Angeles e Nova York no mesmo período. E por que os preços no Brasil foram para cima ininterruptamente?”, disse ele, segundo o portal brasileiro Infomoney. “Eu não posso cravar que exista uma bolha no Brasil porque não conheço a fundo as características do mercado local. Mas comparando os dados brasileiros com os de outros países, posso dizer que a alta sugere cautela”, alertou. Shiller, considerado um dos gurus da bolha imobiliária dos EUA, lembrou que os preços dos imóveis no Japão tiveram o mesmo movimento na década de 1980 e depois, no início dos 1990, começaram a cair sem parar e perderam dois terços do valor até agora.
As empresas do setor admitem essas oscilações nas ofertas, mas argumentam que não há riscos de contaminar a economia. “Confunde-se muito a questão da bolha com a do aumento de preço. O nosso sistema de crédito imobiliário segue saudável”, afirma o diretor-executivo e economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, que destaca que os bancos brasileiros são conservadores em suas concessões. Ele lembra, ainda, que houve um déficit no setor de construção por duas décadas. “Temos nos preocupado com preços, bolha, mas nos esquecemos que ficamos de 1985 a 2005 sem que a nossa juventude tivesse a possibilidade de adquirir o seu imóvel”, diz Petrucci. “Hoje, 74% dos financiamentos são para aquisição do primeiro imóvel”, acrescenta. Dana, entretanto, não relativiza o quadro. “A bolha de preços é mais nítida de perceber do que a de crédito. As pessoas dizerem que não há bolha não quer dizer que não tenha”.
O aumento dos preços já é tema de debates acalorados nas redes sociais e impulsiona a criação de blogs e sites
Essa percepção não é exclusiva do economista. O aumento exagerado dos preços já é tema de debates acalorados nas redes sociais e impulsiona a criação de blogs e sites, contestando as ofertas do mercado. O criador do Bolha Imobiliária.com, um profissional de tecnologia que prefere não se identificar, conta que teve a ideia de criar o site em 2010, quando, afirma, viu preços de imóveis subirem 50% em pouco mais de um ano. “O blog começou a reunir diversas pessoas com a mesma linha de pensamento, que achavam que havia algo de muito errado no mercado.” Segundo ele, a audiência do portal chega a 8.000 leitores diários, com picos de 10.000.
O blog Tem Algo Errado ou Estamos Ricos? faz, por sua vez, comparações diretas entre os valores de apartamentos no Brasil e no exterior. Tomando anúncios como base, avalia preços similares praticados em localidades como Rio de Janeiro e Sevilha, Paris e Curitiba, Nova York e Belo Horizonte, e Las Vegas e Itabirito, no interior de Minas Gerais (sudeste). “A ideia do blog foi apenas mostrar para alguns amigos e pessoas próximas os absurdos do mercado imobiliário brasileiro”, afirma o desenvolvedor em um dos posts.
Em um dos exemplos citados, o blog apresenta um apartamento de de 3 quartos e 147 metros quadrados, em Chicago, nos Estados Unidos, por 55.100 dólares. Pelo mesmo valor, havia uma oferta de um apartamento de um quarto, com 35 metros quadrados, no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.
Fonte: EL PAÍS, Edição Brasileira, link, abaixo: