sábado, 30 de novembro de 2013

BOLHA IMOBILIÁRIA À BRASILEIRA, SEGUNDO EL PAÍS

Bolha imobiliária à brasileira mistura preço alto e crédito limitado

Os imóveis no Brasil subiram até 200% desde 2008, mas a concessão de recursos para a habitação se mantém estável, ao contrário do que aconteceu nos Estados Unidos e na Europa

Vista de São Paulo de um edifício no centro. / MARIA MARTÍn
Um varejista, em São Paulo, recebeu, no primeiro semestre deste ano, uma oferta pela sua loja num dos shoppings mais badalados da capital paulista. Desfazer-se de seu ponto de venda não estava em seus planos, mas decidiu ouvir a proposta. Quando soube que o interessado estava disposto a pagar 1.700.000 reais (741.936 dólares), respirou fundo para não revelar sua surpresa. Fechou negócio na hora. “Custava, no máximo, 800.000 reais (cerca de 350.000 dólares)”, comenta o empresário, que investiu os recursos no sistema financeiro.
Em Perdizes, na Zona Oeste da cidade, um apartamento de 50 metros quadrados está sendo vendido por 420.000 reais (183.302 dólares). Em outro edifício, a 30 passos dali, um apartamento de 120 metros quadrados foi vendido por 330.000 reais (144.023 dólares) há cinco anos. Hoje, esse mesmo imóvel vale 900.000 reais (392.790 dólares). Casos como esses se repetem nas grandes cidades brasileiras, formando uma espécie de bolha à brasileira. Preços que não têm um parâmetro matemático para que sejam calculados, e que deixam entrever que alguma coisa pode estar errada.
A primeira coisa que vem à mente são as bolhas imobiliárias que estouraram na Europa e nos Estados Unidos, em 2008, e que arrastaram o mundo para uma crise financeira sem precedentes. Mas a bolha no Brasil se diferencia por ser uma bolha de preços, e não de crédito, como foi no Exterior.
Hoje, na relação entre endividamento e tipo de crédito tomado, o imobiliário responde por pouco mais de 20%
Os norte-americanos foram vítimas de uma enxurrada de crédito, com financiamentos considerados de alto risco. E, no mercado financeiro, houve a comercialização dos títulos hipotecários que acabariam se revelando podres, ampliando a extensão do problema. No Brasil, porém, a proporção do crédito imobiliário sobre o Produto Interno Bruto (PIB) chegava a apenas 7,9% em agosto. Em 2012, era de 6,8%. Para efeito de comparação, os EUA em 2011 registraram uma proporção de 76,1% do PIB, e o Reino Unido mais de 80% do PIB, no mesmo ano.
O sistema financeiro no Brasil, com um passado de tragédias gregas até os anos 1990, quando a inflação imperava, tornou-se mais cauteloso na concessão de recursos, e no caso do crédito imobiliário, ainda mais rigoroso. Em 1997, entrou em vigor a alienação fiduciária para imóveis - os bancos podem tomar o imóvel que está sendo financiado, caso o comprador não pague algumas parcelas. Além disso, só são concedidos empréstimos a quem comprovar que a prestação não comprometerá mais que 30% da sua renda. Hoje, na relação entre endividamento e tipo de crédito tomado, o imobiliário responde por pouco mais de 20%.
A expansão acelerada do mercado imobiliário, no entanto, alimentou um quadro de desordem na formação de preços. O aumento da concessão de crédito, com a estabilidade da moeda, coincidiu com os programas de habitação do governo, como o Minha Casa Minha Vida, voltado às pessoas menos favorecidas. Os preços dos insumos de construção civil subiram, ao mesmo tempo em que o custo dos terrenos foram às alturas.
Segundo o índice FipeZAP, que monitora os preços de venda e aluguel anunciados dos imóveis, os valores de venda subiram 230% no Rio de Janeiro desde 2008. E, em São Paulo, 188% no mesmo período de comparação, que termina em outubro deste ano. Um apartamento nessas cidades pode chegar a custar até 60% mais caro que em Miami, de acordo com levantamento da imobiliária Elite International Realty em setembro. “Os preços passaram dos limites”, resume o professor da Escola de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV) Samy Dana. “Para uma bolha se formar, é necessário que nem todos acreditem na formação dela, senão ninguém compraria (os imóveis)”, completa. O economista diz que uma das bases da bolha é a “teoria do tolo maior”, que consiste em alguém que paga caro por uma casa ou apartamento, por medo de que o valor aumente no futuro.
Segundo o índice FipeZAP, os valores de venda subiram 230% no Rio de Janeiro desde 2008
O assunto conseguiu chamar a atenção até de um dos ganhadores do Nobel de Economia deste ano. Em visita ao Brasil, no fim de agosto, o norte-americano Robert Shiller alertou para a possibilidade da formação de uma bolha. “O que aconteceu de tão dramático para os preços subirem assim, nos últimos cinco anos? A inflação não foi muito menor? Os preços caíram 25% em Los Angeles e Nova York no mesmo período. E por que os preços no Brasil foram para cima ininterruptamente?”, disse ele, segundo o portal brasileiro Infomoney. “Eu não posso cravar que exista uma bolha no Brasil porque não conheço a fundo as características do mercado local. Mas comparando os dados brasileiros com os de outros países, posso dizer que a alta sugere cautela”, alertou. Shiller, considerado um dos gurus da bolha imobiliária dos EUA, lembrou que os preços dos imóveis no Japão tiveram o mesmo movimento na década de 1980 e depois, no início dos 1990, começaram a cair sem parar e perderam dois terços do valor até agora.
As empresas do setor admitem essas oscilações nas ofertas, mas argumentam que não há riscos de contaminar a economia. “Confunde-se muito a questão da bolha com a do aumento de preço. O nosso sistema de crédito imobiliário segue saudável”, afirma o diretor-executivo e economista-chefe do Sindicato da Habitação de São Paulo (Secovi-SP), Celso Petrucci, que destaca que os bancos brasileiros são conservadores em suas concessões. Ele lembra, ainda, que houve um déficit no setor de construção por duas décadas. “Temos nos preocupado com preços, bolha, mas nos esquecemos que ficamos de 1985 a 2005 sem que a nossa juventude tivesse a possibilidade de adquirir o seu imóvel”, diz Petrucci. “Hoje, 74% dos financiamentos são para aquisição do primeiro imóvel”, acrescenta. Dana, entretanto, não relativiza o quadro. “A bolha de preços é mais nítida de perceber do que a de crédito. As pessoas dizerem que não há bolha não quer dizer que não tenha”.
O aumento dos preços já é tema de debates acalorados nas redes sociais e impulsiona a criação de blogs e sites
Essa percepção não é exclusiva do economista. O aumento exagerado dos preços já é tema de debates acalorados nas redes sociais e impulsiona a criação de blogs e sites, contestando as ofertas do mercado. O criador do Bolha Imobiliária.com, um profissional de tecnologia que prefere não se identificar, conta que teve a ideia de criar o site em 2010, quando, afirma, viu preços de imóveis subirem 50% em pouco mais de um ano. “O blog começou a reunir diversas pessoas com a mesma linha de pensamento, que achavam que havia algo de muito errado no mercado.” Segundo ele, a audiência do portal chega a 8.000 leitores diários, com picos de 10.000.
O blog Tem Algo Errado ou Estamos Ricos? faz, por sua vez, comparações diretas entre os valores de apartamentos no Brasil e no exterior. Tomando anúncios como base, avalia preços similares praticados em localidades como Rio de Janeiro e Sevilha, Paris e Curitiba, Nova York e Belo Horizonte, e Las Vegas e Itabirito, no interior de Minas Gerais (sudeste). “A ideia do blog foi apenas mostrar para alguns amigos e pessoas próximas os absurdos do mercado imobiliário brasileiro”, afirma o desenvolvedor em um dos posts.
Em um dos exemplos citados, o blog apresenta um apartamento de de 3 quartos e 147 metros quadrados, em Chicago, nos Estados Unidos, por 55.100 dólares. Pelo mesmo valor, havia uma oferta de um apartamento de um quarto, com 35 metros quadrados, no bairro do Tatuapé, na Zona Leste de São Paulo.
Fonte: EL PAÍS, Edição Brasileira, link, abaixo:

terça-feira, 26 de novembro de 2013

REPRESENTAÇÃO CONTRA O MINISTRO DA JUSTIÇA

Representação contra Cardozo

O senador tucano Aloysio Nunes se antecipou a Aécio Neves nas críticas ao ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo (leia mais em Borduna em Cardozo). Depois de pedir em plenário que Renan Calheiros requeira junto a Cardozo os documentos que ligam seu nome ao caso Siemens, Nunes anunciou uma representação por improbidade no Ministério Público Federal contra o ministro e completou:
- O ministro da Justiça está atrapalhando as investigações. O que eu peço é que ele fique quieto e se concentre no seu cargo, que não é o chefe da Polícia Federal, e que o Cade esteja a serviço de um estado e não de um partido.
Por Lauro Jardim

segunda-feira, 25 de novembro de 2013

ESPECIALISTA EM DIREITO ELEITORAL FALA SOBRE A AÇÃO PENAL 470



Comentário:

O advogado Décio Itiberê, especialista em Direito Eleitoral, fala ao programa Cenários, do Blog do Políbio Braga, sobre o julgamento da Ação Penal 470, popularmente denominada Mensalão e suas consequências para o processo político eleitoral brasileiro. Vale a pena conferir! 

domingo, 24 de novembro de 2013

MENSALÃO FOI UMA SUCESSÃO DE MALFEITOS - II

A posição do ex-governador e ex-ministro das Cidades, Olívio Dutra, veiculada pela Agência Estado (ver postagem anterior) reconhece a legitimidade e os resultados da Ação Penal 470, popularmente conhecida por Mensalão, e recoloca a verdade dos fatos no seu devido lugar. Os malfeitos existiram, o julgamento respeitou as regras do estado de direito, houve amplo direito de defesa, os julgadores, sempre mais de seis em 11 ministros do STF, acolheram as teses do Ministério Público Federal e condenaram ex-ministros, dirigentes partidários, publicitários e agregados, deputados federais e banqueiros a cumprirem diversas tipologias de penalidades criminais. Estranhável é que alguns juristas, jornalistas, intelectuais e lideranças petistas tidas como éticas se insurjam contra o STF e, especialmente, contra o ministro Joaquim Barbosa, na tentativa de negar o óbvio em solidariedade ao líder do maior evento de corrupção desbaratado no âmbito do Governo Federal. 

O ex-governador Olívio Dutra restaura a coerência do discuso político que, no passado, empolgou milhões de brasileiros e que culminou com a eleição de Lula a presidência da República, mandando um recado forte a jornalistas e intelectuais que querem confundir a opinião pública de que o julgamento foi uma farsa montada pelas "elites" brasileiras (das quais eles são lídimos integrantes) e de que a antiga cúpula do PT é inocente.

Receio de que essa apaixonada defesa dos mensaleiros condenados não seja apenas por amizade e admiração política; talvez por medo de que a contaminação dos malfeitos que as provas do inquérito não atingiram, possam ainda alcançar muitos outros beneficiários do esquema do Mensalão, caso alguns dos condenados resolvam contar o restante da história e apontar novos atores.

Não sei, mas às vezes ouço alguns comentários de que esse risco pode abalar outras reputações que posam de bons (as) moços (as).

MENSALÃO FOI UMA SUCESSÃO DE MALFEITOS

PARA OLÍVIO DUTRA, MENSALÃO FOI UMA SUCESSÃO DE MALFEITOS

Elder Ogliari | Agência Estado

Liderança histórica do PT, o ex-governador do Rio Grande do Sul, ex-ministro das Cidades e ex-prefeito de Porto Alegre Olívio Dutra disse, nesta sexta-feira, 22, que "o mensalão foi uma sucessão de malfeitos, desde os movimentos políticos que lhes deram origem até seu julgamento, condenação e aprisionamento". Dutra criticou dirigentes partidários que participaram do episódio e a "mão pesada" do presidente do Supremo Tribunal Federal, Joaquim Barbosa.
"As condutas que originaram a Ação Penal 470 não foram revolucionárias nem transformadoras da política e caíram como uma luva nas mãos dos que sempre quiseram marcar a paleta da esquerda com o ferro em brasa da corrupção, agora com a manopla do presidente do Supremo", analisou. "Infelizmente contribuímos para isso", prosseguiu, referindo-se à participação, no caso, dos dirigentes do PT condenados pela Justiça.
"Minha contrariedade com a política conduzida pelos nossos dirigentes, que levou a essa situação ignominiosa vivida por eles e pelo partido, é tão grande quanto minha indignação diante de qualquer arbitrariedade ou violência que eles estejam ou venham a sofrer, dentro e fora da prisão", ressaltou Olívio.
O ex-governador destacou, ainda, que o deputado federal José Genoino merece condições especiais no cumprimento de sua pena, por seu estado de saúde. Olívio participou da primeira gestão ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, mas deixou o Ministério das Cidades em 2005, quando a pasta foi entregue ao PP, um dos partidos que migraram para a base de apoio do governo."Não é o passado que está em jogo, é o presente"
Na manifestação desta sexta-feira, por nota, Olívio foi menos direto do que em uma entrevista ao Jornal do Comércio, publicada na quinta-feira, na qual discordou de quem atribuiu cunho político ao julgamento do mensalão e à prisão de Genoino, José Dirceu e Delúbio Soares. "Funcionou o que deveria funcionar. O STF julgou e a Justiça determinou a prisão, cumpra-se a lei", afirmou. "As instituições têm seus funcionamentos", reconheceu. "O que não se pode admitir é o toma-lá-dá-cá nas práticas dos mensalões de todos os partidos, nas quais figuras do PT participaram".
Na mesma entrevista, ao referir-se ao passado de Dirceu e Genoino, Olívio manifestou "respeito" pela luta dos dois contra a ditadura, mas advertiu que, no caso do Mensalão, adotaram "uma conduta que não pode se ver como correta". E não absolveu os companheiros por isso. "Não é o passado que está em jogo, é o presente, e eles se conduziram mal, envolveram o partido", avaliou. "O sujeito coletivo do PT não pode ser reduzido em virtude dessas condutas; o PT surgiu para transformar a política de baixo para cima", ressaltou. "Eu não os considero presos políticos, foram julgados e agora estão cumprindo pena por condutas políticas".
Fonte: Agência Estado

quarta-feira, 20 de novembro de 2013

XXVIII CBA DISCUTE SEGURANÇA ALIMENTAR E NUTRICIONAL

Delegação do CREA-RS acompanha a abertura oficial Créditos: Arquivo CREA-RS:
Um público estimado de 1.500 entre profissionais e estudantes lotou as dependências do Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá, para o início do maior e mais tradicional evento da Agronomia brasileira, desde 1935.  Com o tema “Segurança Alimentar e Nutricional – Novas Ideias e os Maiores Desafios em Debate”, o evento, que vai até 22 de novembro, já mostrou em seu primeiro dia, nos discursos de várias autoridades presentes, a força pujante que o profissional da Agronomia representa na produção de alimentos seguros.

Leia a notícia na íntegra no link, abaixo:


OAB DESAUTORIZA DIRIGENTE QUE CRITICOU A PRISÃO DE MENSALEIROS...

Jornalista Polibio Braga: OAB desautoriza dirigente que criticou a prisão de...: Ao lado,  Wadih Damous, que ainda não se demitiu. O Conselho Federal da OAB (Ordem dos Advogados do Brasil) negou, em nota, endossa...

sábado, 16 de novembro de 2013

DE COMPRAS E VENDAS

O Fim: Compro pessoas. Qual o seu preço?: Criei uma organização que trabalha com compra e venda. De pessoas. Compro seus princípios. Seus ideais. Suas ideias. Sua honra e sua dignida..

Meu comentário:

O artigo publicado no link, acima, no Blog de http://artedofim.blogspot.com.br, de AL REIFFER é antológico e profundamente revelador do momento histórico em que vivemos.

quarta-feira, 13 de novembro de 2013

CONGRESSO BRASILEIRO DE AGRONOMIA: DE 19 A 22, EM CUIABÁ - MT

Inicia na próxima semana, dia 19 de novembro, e se estende até o dia 22, o XXVIII Congresso Brasileiro de Agronomia, sediado em Cuiabá, capital de Mato Grosso. O CREA-RS marcará presença com estande montado para receber os profissionais da área agronômica. O presidente do Conselho gaúcho, Eng. Civ. Luiz Alcides Capoani, também confirmou presença no encontro. 

Nomes de peso, como Roberto Rodrigues e o ministro da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Antônio Estáquio Andrade Ferreira, já confirmaram a presença como palestrantes do Congresso. O "Engenheiro Agônomo do Século XXI", uma das temáticas principais do evento, será tema da palestra do Engenheiro Agrônomo, político e professor Roberto Rodrigues. Já Antônio Andrade, deputado federal licenciado, Engenheiro Civil graduado pela Universidade Federal de Minas Gerais e produtor rural nascido em Patos de Minas (MG), discorrerá sobre "Novas Tecnologias e Bioética".

"Estamos confiantes que teremos um congresso rico em debates. Com estas confirmações fechamos a programação oficial do evento e também conseguimos o apoio do prefeito de Cuiabá, Mauro Mendes, que colocará todas as atividades da secretaria municipal de cultura à disposição do Congresso", garantiu o presidente da Associação dos Engenheiros Agrônomos de Mato Grosso, João Dias, organizador do evento.   

Outra presença importante que está sendo anunciada é a do ex-ministro, Alysson Paulinelli, que discorrerá sobre produção de alimentos seguros e as barreiras comerciais e internacionais.  Paulinelli comandou o Ministério de Agricultura na década de 70 no período de abertura do Cerrado Brasileiro à agricultura, ganhador do Prêmio Mundial de Alimentação e da Agricultura - World Food Prize. 

Também foram convidados os deputados federais Júlio Campos - da bancada mato-grossense, e Augusto Coutinho - coordenador da Frente Parlamentar em Defesa da Engenharia e, o deputado estadual José Domingos, que participarão da mesa redonda sobre temas ligados a defesa dos interesses do agrônomo no Legislativo Federal e a atuação da Frente Parlamentar em defesa da engenharia e da agronomia.

Outras figuras de destaque do meio agronômico do país como Ãngelo Zabata Trappe, Guilher Guimarães, Eduardo Daher, Alan Jorge Bojanic e Daniel Antônio Salati, irão participar. José Adilson de Oliveria, presidente da Confederação dos Engenheiros Agronomos de Brasil (Confaeab) e João Dias Filho, presidente da AEA-MT, instituições organizadoras do evento, irão coordenar grupos de trabalho. Os fatos e mitos sobre uso de agrotóxicos e a elaboração das propostas sobre legislação, fiscalização e ética compõem assuntos em discussão durante o congresso.

Não podiam deixar de estarem presentes o presidente do CREA-MT, Eng. Civ. Juares Samaniego, e do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), Eng. Civ. José Tadeu da Silva, que participarão dos ciclos de palestras e debates do evento. Em uma reportagem publicada na Web TV do Sistema Confea/Crea e Mútua, ele afirmou que as perspectivas para a área tecnológica no Brasil são positivas, tendo em vista o momento que o país atravessa e apontou o crescimento do número de candidatos inscritos nos últimos vestibulares para os cursos da área tecnológica. "Sem água e terra não há vida, mas isso o Brasil tem de sobra e temos de aproveitar e nossos profissionais estão diretamente ligados à qualidade de vida e transformações que a nossa sociedade precisa", afirmou. 

Tendo como tema central a "Segurança Alimentar e Nutricional", o XXVIII CBA está programado para o período de 19 a 22 de novembro no Centro de Eventos Pantanal, em Cuiabá. A pauta de discussão é grande relevante e o congresso comportará ao menos oito eventos paralelos inclusive a “FAS-Feira Agroindústria Saudável, que diferente das feiras agropecuárias que acontecem no país não terá como foco a exposição de máquinas e indústrias mas sim serviços e tecnologias voltadas para uma agroindústria saudável. “Queremos também destacar a importância do papel do engenheiro agrônomo na sociedade atual e a produção de alimentos”, ressaltou Dias.

Inscrições pelo site "www.congressodeagronomia.com", outras informações pelo telefone (65) 3315-3052.

Fonte: Assessoria Crea-MT

domingo, 10 de novembro de 2013

O MUNDO TRABALHO QUER PROFISSIONAIS QUALIFICADOS

Falta mão de obra qualificada para o agronegócio, dizem Embrapa e SNA


O agronegócio brasileiro se tornou um dos mais produtivos do mundo, mas a formação de profissionais não acompanhou a evolução, afirmaram especialistas que participaram ontem (08) do 14º Congresso Agribusiness, promovido pela Sociedade Nacional da Agricultura (SNA). Para o presidente da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), Maurício Lopes, a solução passa pela adequação dos cursos universitários.

"A complexidade vai marcar a agricultura no futuro. Teremos uma agricultura cada vez mais integrada, com sistemas como lavoura-pecuária e lavoura-pecuária-floresta, exigindo mais cuidado com questões como o meio ambiente. Vamos precisar de pessoas cada vez mais capacitadas e com uma visão ampla do processo. É preciso trabalhar com as universidades para que ajustem seus currículos e sejam adequados à realidade que vivemos e aos novos desafios que estão vindo".

Para Lopes, no entanto, o país tem uma posição privilegiada: "Temos mais de 70 universidades agrárias e institutos que formam técnicos. Só temos que cada vez mais modelar a formação para que tenhamos oferta de profissionais que atendam a um agronegócio tão complexo e tão diverso como é o brasileiro".

O presidente da SNA, Antonio Alvarenga, concordou que a adequação de currículos é um ponto de partida, mas argumentou que é preciso também convencer os jovens de que o campo pode ser promissor. "Nossas instituições de ensino formam profissionais para os centros urbanos. É preciso desenvolver nos alunos, nos universitários, uma consciência de que o setor rural tem mercado, bons salários e grandes oportunidades, e que ele não precisa ficar apenas nos centros urbanos para ser um profissional de sucesso".

Alvarenga destacou a necessidade de profissionais de gestão, como economistas agrícolas. "Hoje o produtor precisa acompanhar o mercado de commodities, a cotação do dólar, os mercados internacionais e conhecer logística. Tem que gerir bem a produção, ganhar produtividade, conhecer técnicas modernas. É um profissional que está sendo muito demandado e que não existe", diz o presidente. Ele recomenda especialização a quem esteja interessado nesse mercado, com bons cursos universitários e cursos de qualificação em órgãos como o Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar) e o Sebrae.

O principal tema do congresso foi a segurança alimentar global e nacional, e o representante da Organização das Nações Unidas para Agricultura e Alimentação (FAO), Alan Bojanic, afirmou que em um cenário em que a produção de alimentos precisará crescer 20% até 2020, o Brasil poderia contribuir com até 40% dessa expansão.

"Países árabes, do Sul da Ásia e da África não têm possibilidade de aumentar a produção, e a principal fonte, a mais fácil, é a que vai vir do Brasil. Para isso são necessários acordos comerciais para fazer disso uma realidade. Os Estados Unidos e a Ucrânia também são grandes produtores, mas a cota para o Brasil pode chegar a 40%. Estamos falando de daqui a seis anos".

De acordo com a FAO, será preciso aumentar a produção mundial de grãos em 1 bilhão de toneladas até 2050, em um quadro em que as mudanças climáticas e catástrofes naturais podem causar perdas de até 30% da produção. Atualmente, quase 900 milhões de pessoas sofrem com insegurança alimentar no mundo, e, por outro lado, 2 bilhões têm obesidade ou sobrepeso, o que também exige do setor alimentos mais saudáveis para prevenir doenças e gastos com saúde.

As informações são da Agência Brasil, adaptadas pela Equipe AgriPoint. "

 

ALIMENTOS SEGUROS: MONITORAMENTO DE RESÍDUOS DE AGROTÓXICOS

"TAC para monitoramento do uso de agrotóxicos já apresenta resultados

Nova reunião ficou agendada para 15 de março, quando é comemorado o Dia do Consumidor
Créditos: Arquivo CREA-RS
Com o objetivo de monitorar a qualidade dos hortigranjeiros in natura comercializados no Estado, no que se refere à presença de resíduos de agrotóxicos de uso não autorizado, produtos proibidos no Brasil e/ou acima dos limites máximos estabelecidos pela Anvisa, foi firmado em outubro de 2012 um Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta (TAC) entre o Ministério Público Estadual (MPRS), o Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul (CREA-RS), as Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A. (Ceasa/RS), a Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde (FEPPS), a Secretaria Municipal da Saúde e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde. Os resultados do primeiro ano deste TAC foram apresentados na manhã desta sexta-feira (8/11) na antiga sede do CREA-RS, em Porto Alegre. A reunião técnica "Produção de Alimentos Seguros e o Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos no RS" também teve como objetivo debater ações para a intensificação de medidas protetivas no setor de alimentos.

Na abertura do encontro, o presidente do CREA-RS, Eng. Luiz Alcides Capoani, destacou que a instituição há algum tempo aborda com firmeza a questão do uso irregular de agrotóxicos, citando o 1º Encontro Gaúcho sobre Agrotóxicos, Receituário Agronômico e Alimento Seguro, realizado pelo CREA-RS em setembro do ano passado, e que foi um dos propulsores para a assinatura do TAC. “Não podemos mais permitir que no Rio Grande do Sul ocorram esse tipo de irregularidade. Temos que cobrar as ações do TAC e trabalharmos conjuntamente em prol da saúde da população”, afirmou, colocando o CREA-RS à disposição e reforçando a importância dos profissionais da área Agronômica. Ao final deixou como um “desafio” a proposta de que se faça uma segunda edição do Encontro Gaúcho sobre Agrotóxicos. 

O conselheiro do CREA-RS, Eng. Agr. Mauro Cirne, dizendo que “é preciso construir alternativas em busca do alimento seguro”, abriu os trabalhos revelando dados e indicadores do setor da agricultura familiar, que atualmente envolve mais de 14 milhões de agricultores no Brasil, sendo 378 mil no Rio Grande do Sul. Destacou a grande dificuldade para a recomendação de produto para controle fitossanitário em algumas culturas, em função da inexistência de agrotóxicos registrados para o controle de pragas, doenças e plantas daninhas ocorrentes. De acordo com ele, tal realidade ocasiona o aparecimento de um grande número de amostras com resíduos de agrotóxicos não registrados para a cultura. 

Para exemplificar, apresentou dados do relatório da Anvisa de 2012, onde das 1665 amostras coletadas e analisadas foi constatado que 416 amostras (25%) apresentaram agrotóxicos não autorizados, 27 amostras com agrotóxicos em nível acima da LMR (1,5% das amostras) e 40 amostras com limites máximo de resíduos de agrotóxicos e agrotóxicos não autorizados (2,5%). “Em comparação a 2011, houve um avanço muito pequeno”, afirmou. À época, das 1.638 amostras, 589 (36%) apresentaram agrotóxicos, sendo que destes 520 com produtos não autorizados e 69 acima do limite máximo.

Durante o debate, a chefe da Divisão de Insumos e Serviços Agropecuários da Secretaria de Agricultura, Pecuária e Agronegócios, Rita Grasselli, apresentou o sistema de Defesa Agropecuário – Módulo Agrotóxicos, que será implementado pelo Governo do Estado em 2014. O banco de dados, que está em desenvolvimento, irá possibilitar o rastreamento do uso de agrotóxicos em todo o Rio Grande. “O Sistema irá mostrar os dados de comercialização, empresas, cadastro de propriedades, produtos e receituário agronômico on-line, em parceria com o CREA-RS”, enfatiza Rita.

Um dos painelistas, o promotor Gustavo de Azevedo Munhoz, da Promotoria Especializada de Defesa do Consumidor da capital, ressaltou a importância da conjugação de esforços dos entes para incrementar a fiscalização e atuação efetiva na rastreabilidade, buscando a responsabilização do produtor, do distribuidor e do varejista. Afirmou, ainda, ser o TAC “um marco” na atuação do MP na área. De acordo com ele, hoje correm nove ações judiciais contra grandes supermercados por não cumprirem com as regras de identificação do produtor dos produtos comercializados. Informou que semanalmente é feito vistorias às gôndolas dos varejistas. “Todos os dados estão sendo usados para a efetiva responsabilização”, destacou.

Já o procurador de Justiça, Alexandre Lipp João, coordenador do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor do Ministério Público/RS, afirmou que, será realizada uma reunião com os promotores para avaliar a participação dos órgãos e verificar o que é possível para dinamizar o TAC, com vistas a cobrar que sejam feitas mais coletas e análises.

Para o Eng. Mauro Cirne a atuação do Ministério Público “é a grande mudança que pode ocorrer”. De acordo com ele, apenas a orientação profissional não é suficiente para mudar o quadro de irregularidades que é visto hoje. “Temos que ter esse controle na parte final da cadeia, só orientação ao agricultor não resolve”, destacou. Afirmou, ainda, que o CREA-RS irá propor que mais entidades e órgãos governamentais adiram ao TAC, entre eles, considera essencial a participação e o comprometimento da Secretaria Estadual de Agricultura. “Quem está produzindo alimento com resíduo acima do limite tem que ser punido. É inviável sabermos disso há tanto tempo e não haver providências”, criticou.

Dados - Os números da fiscalização do CREA-RS foram apresentados pelo coordenador da Câmara de Engenharia Agronômica do CREA-RS, Eng. Agr. Juarez Morbini Lopes. No período do TAC entre 2012 e 2013, o Conselho teve um incremento de 78% na fiscalização de defensivos agrícolas, 121% em propriedades rurais e de 35% de receiturário agronômico, tendo alcançado 9.655 empreendimentos no período. Também foi apresentado o resultado da Blitz de Fiscalização na área da Agronomia, realizada entre 28 de outubro e 1º de novembro, que totalizou 2.111 empreendimentos fiscalizados e gerou 391 Notificações. Morbini destacou, ainda, algumas dificuldades encontradas pela fiscalização com a questão das notas fiscais em sistema eletrônico, dificultando acesso do agente fiscal às informações e o difícil acesso às propriedades rurais, sendo viabilizado em ação conjunta com a PATRAM ou demais órgãos.

A CEASA, onde desde o TAC são coletadas 20 amostras mensais de cinco diferentes produtos, tanto dos produtores, como dos comerciantes (permissionários) - quem infringir a lei poderá perder o direito da venda do produto pelo prazo de até um ano, revelou que das 20 amostras coletadas no primeiro lote cinco apresentaram problemas. Destas, duas estavam com resíduo acima do limite previsto por Lei, e seus produtores, quando não reincidentes, passam por um treinamento de Boas Práticas de Agricultura; e três apresentaram produtos de uso não autorizado, caso em que os produtores passam a ser investigados pela Promotoria de Justiça. De acordo com o presidente da Central, Paulino Donatti, os resultados mostram a importância do trabalho. Na CEASA/RS, são comercializados 35% dos hortigranjeiros consumidos no RS e que possuem rastreabilidade. 

O encontro contou, ainda, com duas palestras técnicas da Embrapa, onde o pesquisador Marcos Botton destacadou a dificuldade que os agricultores de culturas como a de morango encontram pela ausência de defensivos agrícolas autorizados pela Anvisa. Já o representante da Emater, a, Eng. Agr. Gervásio Paulus, onde foram apresentadas as iniciativas de produção agroecológica que estão sendo desenvolvidas pela instituição com os agricultores gaúchos."

quarta-feira, 6 de novembro de 2013

BALÕES DE ENSAIO NA BLOGOSFERA

A nossa blogosfera regional é muito rica e diversificada nas apreciações dos acontecimentos do cotidiano ao repercutir questões das mais diferentes naturezas e matizes: o meio ambiente, os conflitos sociais e familiares, o desenvolvimento econômico, cultura, música, arte, nutrição, história, intimidades pessoais e familiares, costumes, eventos, enfim uma gama imensa de assuntos mobiliza milhares de internautas nas redes sociais, nos blogs e mails. Há uma profusão de pensamentos, ideias, críticas, reflexões, elogios, exemplos, imagens, citações, reproduções, acusações, ofensas, defesas etc.

Mas há uma questão que me intriga, há muito tempo - a prática recorrente de alguns internautas de postar anúncios de notícias ou de fatos que serão publicados a posteriori que, se conhecidos, causariam forte impacto junto aos leitores e à própria vida da comunidade.

Tenho refletido sobre o assunto e confesso que não cheguei ainda a uma conclusão: se trata-se de blefe, para usar o jargão do pôquer, ou de velada ameaça para atingir determinados fins obscuros e inconfessáveis publicamente para atingir alvos definidos? Falta de coragem para sustentar a denúncia anunciada por covardia e medo de arcar com as consequências? A fonte da informação não confirmou os fatos e, por via de consequência, a denúncia é vazia? O anúncio produziu o resultado esperado funcionando como moeda de troca? Uma ação midiática com o propósito de despertar a curiosidade e manter cativos os acessos aos blogs? Não sei, mas a verdade é que esse tipo de procedimento semeia a intriga, capilariza a fofoca, dissemina a dúvida e mina a credibilidade dos blogs em geral, além da possibilidade real de deslocar o foco e ferir reputações de pessoas inocentes.

É uma pena!

MP E CREA DEBATEM SOBRE MONITORAMENTO DO USO DE AGROTÓXICOS NO RS

"O Ministério Público Estadual - MPRS, por meio do Centro de Apoio Operacional de Defesa do Consumidor e da Ordem Econômica, e o CREA-RS - Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do RS farão uma reunião técnica para tratar sobre a "Produção de Alimentos Seguros e o Monitoramento de Resíduos de Agrotóxicos no RS", a qual objetiva contribuir para a intensificação de medidas protetivas no setor de alimentos. O encontro será realizado no dia 08/11, com início às 8h30, no plenário da sede antiga do CREA-RS.

Com o objetivo de monitorar a qualidade dos hortigranjeiros in natura comercializados no Rio Grande do Sul, no que se refere à presença de resíduos de agrotóxicos de uso não autorizado, produtos proibidos no Brasil e/ou acima dos limites máximos estabelecidos pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), o MPRS, por intermédio do Promotor de Justiça Alcindo Luz Bastos da Silva Filho, assinou Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta com a Ceasa/RS (Centrais de Abastecimento do Rio Grande do Sul S.A); a FEPPS (Fundação Estadual de Produção e Pesquisa em Saúde); a Secretaria Municipal da Saúde; o CREA-RS (Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Estado do Rio Grande do Sul) e o Centro Estadual de Vigilância em Saúde.

É nessa perspectiva, considerando a importância do debate e a integração com diversas entidades, órgãos públicos e instituições, na busca de alternativas para a questão do uso regular dos agrotóxicos no Estado, que ocorrerá o encontro,

Programação:

8h45 – TAC – Termo de Compromisso de Ajustamento de Conduta de Conduta referente ao Monitoramente de Resíduos de Agrotóxicos no RS – Promotoria de Justiça Especializada de Defesa do Consumidor

9h30 – Debate acerca dos resultados apresentados e planejamento de ações para aperfeiçoar o controle de resíduos de agrotóxicos em hortifrutigrangeiros – CREA-RS

10h30 – Debate sobre a necessidade de alternativas do controle fitossanitários – Eng. Mauro Cirne/CREA-RS"

terça-feira, 5 de novembro de 2013

NOVO ACORDO PARA REDUÇÃO DE SAL NOS ALIMENTOS

Correio do Povo | Notícias | Ministério da Saúde firma novo acordo para redução de sal nos alimentos

"Ministério da Saúde firma novo acordo para redução de sal nos alimentos


Recomendação de consumo máximo pela OMS é menos de cinco gramas por pessoa

O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, firma nesta terça-feira com a Associação Brasileira de Indústrias de Alimentação (Abia) o quarto pacto para a redução de sódio nos alimentos industrializados. Essa é uma forma de o governo diminuir o alto índice de consumo de sal no país, um dos fatores de risco para doenças crônicas como hipertensão e doenças cardíacas. A previsão é que novos alimentos sejam acrescentados aos três acordos firmados anteriormente.

Em 2011, o Ministério da Saúde assinou o primeiro acordo com a Abia para reduzir o teor de sódio em 16 categorias de alimentos processados, como massas instantâneas, pães e bisnagas, nos próximos quatro anos. Em 2012, o termo de compromisso incluiu a redução de sódio em temperos, caldos, cereais matinais e margarinas vegetais.

Segundo a pasta, a recomendação de consumo máximo diário de sal pela Organização Mundial da Saúde (OMS) é menos de cinco gramas por pessoa. Dados do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) mostram que o consumo do brasileiro está em 12 gramas diários. Pesquisa feita com mais de 54 mil brasileiros em 2011 mostrou que a hipertensão arterial atingia 22,7% da população adulta.

O ministro também vai apresentar hoje dados inéditos da pesquisa Vigitel 2012 - Vigilância de Fatores de Risco e Proteção para Doenças Crônicas por Inquérito Telefônico - sobre a hipertensão arterial no país."

segunda-feira, 4 de novembro de 2013

PRODUÇÃO DE ALIMENTOS SEGUROS - MONITORAMENTO DE RESÍDUOS TÓXICOS

Reunião sobre a produção de alimentos seguros e o monitoramento de resíduos de agrotóxicos no RS será realizada no próximo dia 8 de novembro, em Porto Alegre. Inegavelmente, se de um lado o uso de agroquímicos na produção agrícola contribuiu para incrementar substancialmente a produção e os índices de produtividade das lavouras em geral, nas pequenas e médias propriedades rurais, não é menos verdade de que o uso abusivo e sem a devida observância das recomendações técnicas quanto ao uso correto dos princípios ativos licenciados, dosagens e prazos de carência para cada cultura, especialmente aquelas consumidas in natura, podem causar graves e irreversíveis danos à saúde humana e ao meio ambiente.

Nesse sentido, por iniciativa do MPE, foi celebrado um Termo de Ajuste de Conduta com instituições que integram os setores de produção, assistência técnica e fiscalização na cadeia produtiva das pequenas culturas da Agricultura Familiar no Estado. Na próxima sexta-feira será feito um balanço dos trabalhos realizados pelas organizações signatárias do acordo, para avaliação dos resultados e planejamento das ações visando aperfeiçoar o controle de resíduos de agrotóxicos em hortifrutigranjeiros comercializados no Rio Grande do Sul.

O evento será realizado em novo endereço: Rua Guilherme Alves, 1010 - 5º andar, (antiga sede do CREA/RS).

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

PRODUTOS COM PRAZO DE VALIDADE VENCIDO

"Farmácia é condenada em R$ 5 mil por vender remédio vencido no RS

Mãe pediu danos morais após ter quadro de saúde da filha de um ano agravado

Uma farmácia da Região Metropolitana foi condenada pelo Tribunal de Justiça do Rio Grande do Sul a pagar uma indenização de R$ 5 mil pela venda de medicamentos vencidos.

A autora do processo comprou os remédios para o tratamento da filha de um ano e, após cinco dias de medicação, sem efeitos, viu-se que estavam vencidos havia dois meses. A criança que consumiu os remédios teve agravamento no quadro de saúde.

De acordo com a juíza Mariana Silveira de Araújo Lopes, da 4ª Vara Cível do Foro de Canoas, o consumidor deve ater-se à data de vencimento dos produtos, porém, ninguém imagina que um estabelecimento habituado ao comércio de remédios manterá à disposição dos clientes produtos vencidos e, portanto, inadequados ao consumo.

A assessoria de imprensa do TJ não soube precisar onde fica o estabelecimento comercial." 

Fonte: Zero Hora.com

Meu comentário: 

Uma farmácia na região metropolitana do Estado foi condenada pelo Tribunal de Justiça (RS) a pagar certa importância em dinheiro, a título de indenização, por comercializar medicamentos com prazo de validade vencido. Costumo, sempre, em qualquer compra de produtos no comércio, verificar a validade dos mesmos.

Confesso que, seguidamente, constato que alguns estabelecimentos comerciais não zelam com rigor a observância desse quesito em muitos produtos, perecíveis ou não. Sempre que isso ocorre procuro o encarregado do setor de vendas e, discretamente, comunico o fato.


Ajo, dessa forma, sem alarde e sem denunciar os fatos constatados às autoridades competentes, aduzindo de que não há má fé nesses procedimentos equivocados e que, quando isso ocorre, é decorrente da insuficiência de treinamento dos colaboradores e do próprio nível de consciência de que essa irregularidade pode colocar em risco a saúde pública, além de desrespeitar a norma legal.

OVINOCULTURA EM ALTA EM SANTIAGO, UNISTALDA E CAPÃO DO CIPÓ

Em visita à 12ª FECOARTI tomei conhecimento que a Associação dos Criadores de Ovinos, que congrega criadores de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó promoverá, no período de de 14 a 18 de maio de 2014, a XXVI FENOVINOS, no Pavilhão de Eventos e no Ginásio Aureliano Figueredo Pinto, em Santiago, que pretende atrair expositores procedentes da maioria dos estados brasileiros.


Segundo o engenheiro agrônomo Gaspar Torres, cabanheiro e um dos organizadores do evento, a Fenovinos terá espaços para exposição de ovinos e associações de raças; rodadas de negócios contemplando genética, produção de cordeiros, terminação e comercialização; concurso de carcaças e demonstrações de cortes especiais; e demonstração de tosquia; artesanato, comércio, indústria e serviços ligados à cadeia produtiva da ovinocultura brasileira.

É oportuna a iniciativa dos criadores de ovinos de Unistalda, Capão do Cipó e Santiago em sediar este evento que se afigura de grande magnitude para o setor ovinícula brasileiro, exatamente no momento em que o mercado de carne e de lã está bastante aquecido no país.

O site http://www.farmpoint.com.br, especializado em assuntos da cadeia produtiva de ovinos e caprinos, publica mensalmente a cotação da carne de cordeiros no mercado brasileiro. Leia, abaixo, a pesquisa de mercado realizada, em outubro, em 14 estados brasileiros: 

"26ª cotação mensal do preço do cordeiro: kg/carcaça e arroba - outubro de 2013

O FarmPoint está realizando a cotação mensal do preço do cordeiro desde janeiro de 2011. A princípio, o projeto visava apresentar aos leitores a cotação do preço do kg/vivo praticado nos estados brasileiros. Desde junho de 2013, o FarmPoint passou a divulgar a cotação dos preços do kg/carcaça e da arroba, pois acredita que esses índices serão melhor utilizados pelos produtores e pela indústria ovina brasileira. Além disso, frisamos que esses valores são referentes ao mercado formal de carne ovina. 

Esse conteúdo é inédito e a tendência é coletarmos dados de estados que ainda não estão na nossa pesquisa. Para a elaboração desse projeto, realizamos um levantamento e entramos em contato com frigoríficos e produtores de carne de várias praças (associações, cooperativas e produtores que possuem uma marca de comercialização de carne) e órgãos estaduais que realizam cotações regionais de carne de cordeiro. 

Tabela 1 – Média do preço do kg/carcaça e da arroba do cordeiro cotada em 14 estados do Brasil. 

*Fonte: Formulário de Cotação do FarmPoint, Secretaria da Agricultura, Irrigação e Reforma Agrária (Seagri), Emater/RS, Secretaria da Agricultura, da Pecuária e do Desenvolvimento Agrário (Seagro), Centro de Abastecimento Alimentar de Pernambuco (Ceasa), Informativo Semanal do Preço do Cordeiro - UNICETEX/FZEA/USP, frigoríficos dos estados participantes, cooperativas, associações e produtores formais de ovinos. PS: cotação realizada entre os dias 01/10 a 15/10."

Informações extras:

Informações complementares sobre aspectos do mercado de carne e lã e condições gerais da ovinocultura nos estados pesquisados, obtidas de informantes locais, em complementação à íntegra da notícia, acesse o link, abaixo:

http://www.farmpoint.com.br/cadeia-produtiva/cotacao-do-cordeiro/26-cotacao-mensal-do-preco-do-cordeiro-kgcarcaca-e-arroba-outubro-de-2013-86152n.aspx