quinta-feira, 30 de maio de 2013

BRASIL MENOS COMPETITIVO EM 2013

O Brasil tornou-se menos competitivo conforme relatório feito pela escola de negócios IMD (International Institute for Management Development), com dados referentes ao nosso país coletados pela Fundação Dom Cabral, segundo notícia publicada no site da BBC Brasil, hoje, 30 de maio, abaixo:

"Brasil despenca em ranking de competitividade

Um relatório divulgado nesta semana por um dos mais respeitados centros de ensino na Suíça indicou que o Brasil é um dos países menos competitivos do mundo.

De 2012 para 2013, o país caiu do 46º para o 51º lugar entre 60 nações analisadas pela escola de negócios IMD. Na comparação entre o ano passado e 2011, o Brasil já havia recuado duas posições no ranking.


"A competitividade de uma economia não pode ser reduzida apenas a PIB e produtividade; cada país ou empresa também tem que lidar com dimensões políticas, sociais e culturais", diz o documento.O relatório, chamado IMD World Yearbook, analisa o gerenciamento das competências de cada país na busca por mais prosperidade.

De 2012 para 2013, o Brasil caiu cinco pontos no ranking de competitividade mundial. Passou do 46º para o 51º lugar numa lista de 60 nações. Em 2011, já havia recuado dois pontos. Tornou-se um dos países menos competitivos do mundo. O levantamento é feito pela escola de negócios IMD (International Institute for Management Development). Os dados referentes ao Brasil são coletados pela Fundação Dom Cabral."

segunda-feira, 27 de maio de 2013

A HOMENAGEM DE PAULO BROSSARD AO DIRETOR DO ESTADÃO

Ruy Mesquita e a imprensa sem peias,

 por Paulo Brossard*


O Estado de S. Paulo é o maior, mas não o mais antigo jornal do país, embora o seja de São Paulo, pois antes dele entraram a circular e continuam circulando pelo menos duas folhas, o Diário de Pernambuco e o Jornal do Comércio, do Rio de Janeiro. Estas lembranças me vieram à mente acerca do falecimento de Ruy Mesquita, que, desde a morte de seu irmão, Júlio de Mesquita Neto, passou a ser a primeira figura do grande jornal, ele que fora o fundador e diretor do Jornal da Tarde. A morte do jornalista ensejou fosse apreciada sua dimensão entre os profissionais da imprensa, bem como a posição que lhe cabia nos planos nacional e internacional. E foram de louvor, sem discrepância, as apreciações acerca de sua dedicação ao mundo do jornal.

Como uma ideia puxa a outra, dei-me conta de que o “Estadão”, como veio a ser popularmente denominado, converteu-se em uma espécie de escola de jornalismo e, entre outras notas distintivas, primou em guardar acentuada homogeneidade. Esta me parece derivar da circunstância de, em mais de século, ter sido confiada a uma família de jornalistas. Sem contar os anos iniciais da propaganda, ao tempo da Província de S. Paulo, a partir da República esteve sob a direção sucessiva de Júlio de Mesquita, Júlio de Mesquita Filho, Francisco de Mesquita, Júlio de Mesquita Neto e Ruy Mesquita, à exceção do período em que o jornal, confiscado, exilados seus diretores, perdeu seu caráter próprio. A permanência da família, sem solução de continuidade, não impediu que Nestor Pestana e Plínio Barreto, jurista, homem público e jornalista, fossem seus diretores.

Em outras palavras, de 1891 a 2013 o jornal viveu sob a direção de três gerações de uma família, ligadas não só por seus laços, mas também por vínculos culturais em seu mais amplo sentido, de modo que o pecúlio imaterial que se foi formando, a despeito das imensas transformações do mundo, fosse se enriquecendo num prolongamento orgânico das linhas iniciais do empreendimento; a fidelidade aos padrões originários assegurou a homogeneidade nascente perpetuada até hoje.

Se é exato que a empresa jornalística necessita de estrutura em tudo adequada às suas necessidades, de modo a zelar por sua funcionalidade material, ela não exclui a singularidade peculiar, pois, se o jornal não dispensa imprescindível saúde financeira, seu escopo não será exclusivo ou mesmo predominantemente econômico, pois não poderá desligar-se de suas preocupações específicas, marcadamente imateriais.

Por estas ou aquelas razões, o certo é que o fenômeno “Estado” aparece como uma eminência no meio em que nasceu e cresceu até tornar-se entidade nacional de expressão internacional, e Ruy Mesquita foi a derradeira personalidade da terceira geração da família Mesquita, que se confunde com a empresa centenária a partir de 1891 e, dadas suas qualidades, herdadas e adquiridas, veio a imprimir significativo contributo à antiga instituição, aditando e enriquecendo o singular patrimônio acumulado em mais de século, com naturalidade e descortino, segurança e firmeza.

Na apreciação dos que o conheceram no dia a dia de alguns anos, que não foram poucos, ele se afirmou sem alarde e quase sem esforço à altura de seus antecessores. A mim parece que o jornalismo brasileiro perde em Ruy Mesquita uma de suas expressões mais completas e harmoniosas.

Embora não passe de velharia, ainda existe entre nós quem defenda a “regulamentação” da imprensa, que, em verdade, não passa de pseudônimo do domínio sobre a livre informação. Na simpática República Argentina, por exemplo, seu governo se afoita em hostilizar frontalmente o seu maior complexo noticioso, repetindo a selvagem agressão de outro governo contra dois ornamentos da nação irmã, La Nación e La Prensa. É a razão por que foram oportunas as homenagens ao jornalista falecido por sua fidelidade à imprensa sem peias, internacionalmente reconhecido.


*JURISTA, MINISTRO APOSENTADO DO STF

quarta-feira, 22 de maio de 2013

BOLSA ESCOLA, BOLSA FAMÍLIA, BOLSAS, BOLSAS....


O Bolsa Família e as outras tantas bolsas que você desconhece

(*) Marco Antonio Sanná -
O programa “Bolsa Família” vem sendo massacrado pela imprensa, por intelectuais, pela classe média, enfim, por nós que nos achamos mais que os que recebem, porque somos autossuficientes, batalhadores , partimos em busca dos nossos anseios , etc., etc., etc.

Estive pensando… A maioria que recebe a tal Bolsa Família é gente que habita o interior do Nordeste, o sertão do Nordeste, onde não é fácil viver.
Você, mulher que ao despertar acorda o maridão que vai viajar a negócios, afinal ele é um gerente sabe-se lá de quê, voa para acordar as crianças para irem para escola, faz o café da manhã da família, corre para se arrumar, tira o creme que passou no rosto para não envelhecer tão rapidamente, se maquia para ficar linda, enquanto pensa como organizar seu dia. O trânsito que como sempre estará insuportável já lhe aborrece antes mesmo de entrar no carro, sem falar que ainda precisa deixar as crianças na escola. É você mesma que malha o Bolsa Família.
Ela, a outra que recebe o benefício desperta com os primeiros raios de Sol que entram por uma janela geralmente feita de tabuas de caixote, acorda o marido para a lida e a caça. Sim, a caça, que alimentará a família, pois a pouquinha criação morreu por causa da seca, então a ele resta o pau de fogo, uma tosca arma feita em casa, espécie de garrucha com a qual vai espreitar preás, numa luta curiosa pela vida entre os dois seres do sertão.
Voltemos a ela… Antes de acordar as crianças, ela corre uns três quilômetros até o rio, para voltar com uns 20 litros de água barrenta em lata que se equilibra na cabeça. É com essa água que ela dá banho nas crias, tomar o seu e cozinha, isso se o maridão caçar a preá. Ela não passou creme, não se maquia, mesmo que quisesse os sulcos na pele são tão profundos que a maquiagem sumiria entre eles. Os filhos vão pra escola também, andarão uns 10 km descalços, num chão que Sol rachou como fez com a pele dela e do caçador. É obrigatório que as crias vão para escola, é o contraponto para fazer jus ao Bolsa Família.
Sim, ela tem uma penca de filhos, todos paridos de cócoras, em casa e com ajuda de uma parteira, misto de benzedeira. Aí, você mulher diz: Procria porque quer… Não é bem assim.
Ela não tem dinheiro para contraceptivos. O esposo (assim elas se referem a eles) você sabe como é , quando quer te usar, usa mesmo, independentemente de ser o sertanejo ou homem da cidade, é próprio deles. Aí a bichinha emprenha. Tem jeito não.
Preste atenção, não estou lhe censurando, você apenas está malhando a bolsa errada. Explico: Já ouviu falar na Bolsa Gerdau, Bolsa Votorantim, Bolsa JBS, Bolsa Sadia/Perdigão, Bolsa CSN, Bolsa Empreiteira, Bolsa Operadoras de telefonia incluídas aí as estrangeiras, Bolsa Montadoras, Bolsa Meios de Comunicação, Bolsa Banco e a mais recente delas, Bolsa Abílio Diniz?
Pois vou explicar: Essas empresas e esses cidadãos são beneficiários de recursos bilionários, conseguidos através do BNDES. Ah! Os recursos (aqui chamo dinheiro de recursos) porque essa é linguagem usual, não se fala dinheiro.
Com esses “recursos”, que são seus, por sinal, essas empresas cresceram, compraram outras, se expandiram além fronteiras. Os juros eram camaradas subsidiados por você, mulher que está preocupada com o trânsito ainda. Mas não bastava a bolsa, então inventou-se que esses recursos seriam concedidos contra uma participação acionária do BNDES. Então você pensa: sou então acionista dessas empresas. Não é não amiga!
Há cláusula de recompra dessas participações pelo valor da cotação de mercado do dia . Ah! Ah! Você já percebeu que os preços das ações serão manipulados para baixo quando se decidir recomprar a sua participação? Esperta, estou gostando de falar com você!
Mas vou falar da bolsa Abílio, agora. Esse cidadão quis dar um golpe no sócio francês Jean-Charles Naouri, aliado ao BTG. Opa! BTG, o que é isso? É um banco de investimentos capitaneado por um gênio dos negócios, André Esteves. Pois bem, esses senhores queriam comprar a operação do Carrefour no Brasil com o dinheiro do BNEDS, somar a essa operação o já existente Pão de Açúcar, diluir a participação do grupo francês Casino no negócio e perpetuar Abílio no seu trono de maior varejista do país.
O esperneio do francês que veio ao BNDES “conversar”, sabe-se lá com que tipo de munição na cintura, abortou a operação, exerceu seu direito de tornar-se acionista majoritário do Pão de Açúcar e vem castigando Abílio Diniz, humilhando-o dentro da empresa fundada por seu pai.
Mas o Abílio é brasileiro e não desiste nunca!
Sua nova jogada é ser Presidente do Conselho da BRASIL FOODS, que é a união da Sadia com a Perdigão. (Cabe aqui uma pausa para esclarecer que a Sadia, que pertencia à família do ex-ministro Luiz Fernando Furlan, quebrada que estava, foi salva por uma fusão com a Perdigão que pertencia a fundos de pensão, que por acaso foram criados para beneficiar os funcionários de empresas estatais, ou seja, você, minha amiga, preocupada ainda com trânsito, paga a eles uma aposentadoria privilegiada que jamais terá.) Segundo o mercado financeiro, a Brasil Foods vale hoje cerca de R$ 40 bilhões ou mais .
O cidadão Abílio pleiteia a Presidência do Conselho dessa empresa, para isso vendeu através do Fundo Santa Rita, de sua propriedade, R$ 1,5 bilhão em ações do Pão de Açúcar, sabe-se lá para quem, porque, convenhamos, as ações do Pão de Açúcar não têm essa liquidez toda para num dia ser tão negociada. Será que você virou sócia do Pão de Açúcar e não sabe ainda?
Vou terminar. Com esses “recursos” Abílio pretende comprar ações da Brasil Foods. Percebeu? Boa menina! Continuo então… se ele comprar em ações o equivalente a, digamos, R$ 2 bilhões, terá quase 5% de participação na Brasil Foods . Já orquestrado está o apoio dos fundos de pensão Previ 12%, Petrus 10% e Tarpon 8%, este último já foi acionista do Pão de Açúcar na época Abílio. As participações, incluída a de Abílio Diniz, somariam 35%. É o Abílio na Presidência do Conselho de Administração da Brasil Foods, gente!
A julgar pelo que tentou fazer com o Naouri, imagine o que ele fará com a gente?
E você, amiga, que já deve ter vencido o trânsito e chegado uma gata no trabalho, continua malhando e se preocupando com o Bolsa Família. Pensa bem e tenha um bom dia!
(*) Marco Antonio Sanná, ex-diretor de Obras do Departamento Aeroviário do Estado de São Paulo (Daesp), é empresário rural.
Fontehttp://ucho.info/?p=64281

terça-feira, 21 de maio de 2013

AS MULHERES SÃO SUTIS, PERSUASIVAS E COMPETENTES

Do Site: http://www.administradores.com.br/


As mulheres e a negociação: sutis e persuasivas

“Não resta a menor dúvida de que as mulheres desenvolveram uma série de competências que são extremamente importantes para o sucesso numa negociação”

José Augusto
"Mais do que em qualquer outra época da história, as mulheres estão gradativamente assumindo papéis de maior destaque na vida econômica, política, cultural e social. Contribui para isto, entre outras coisas, a mudança na natureza do trabalho, com a passagem do trabalhador “levanta parede”, ou homem máquina, cujo principal atributo era a força física, para o trabalhador do conhecimento, cujo principal ativo passa a ser a capacidade de pensar, comunicar, interagir e decidir.

Com o trabalhador “levanta parede” era natural que houvesse uma dominância masculina. Mas com o trabalhador do conhecimento, passam a ser importantes qualidades que são consideradas femininas. Qualidades, é bom que se diga, que as mulheres tiveram que desenvolver em função do seu papel social e da necessidade de fazer face aos desafios da vida. 
Também deve ser enfatizado que na era do trabalhador do conhecimento, a negociação passa a ser uma competência cada vez mais importante. Negociação é o processo de alcançar objetivos através de um acordo, ou seja, um pacto, um ajuste, uma combinação. Assim sendo, a negociação se opõe aos procedimentos de alcançar objetivos através da força. Isto quer dizer que competências que foram mais desenvolvidas pelas mulheres acabaram se tornando extremamente relevantes para o sucesso. Entre elas, a maior percepção, a empatia e as habilidades verbais e sociais.

A negociação é um processo que se compõe de três etapas: preparação, execução e controle e avaliação. Vejamos a contribuição de cada uma destas etapas para o sucesso. A maioria das negociações é ganha ou perdida de acordo com a qualidade da preparação. Este é um ponto fundamental, ou como já dizia Benjamin Franklin por volta de 1750, quem não leva a sério a preparação de algo está se preparando para o fracasso. Preparar demanda paciência e trabalho de longo prazo e as mulheres levam vantagem na execução de tarefas detalhadas e pré-planejadas. Os homens costumam ser mais apressados e querem chegar logo aos finalmente.

Na execução da negociação, dois pontos devem ser realçados, a capacidade de perceber e a de persuadir, e as mulheres percebem melhor sutilizas. Na comunicação devemos considerar que as palavras respondem somente por 7% do significado. A tonalidade de voz por 38%. Assim, uma mesma palavra ou frase podem ter significados diferentes de acordo com a maneira como são pronunciadas. Por exemplo a frase: “Foi você quem fez isto”, pode ser dita em forma de acusação, mas também em forma de pergunta. Mas o que é fundamental é que as pessoas falam mesmo é através do seu comportamento, que corresponde a 55% do significado no processo de comunicação. E neste sentido vale ressaltar que as pessoas falam sem saber que estão falando, sobretudo através de suas expressões faciais. Certa vez, em um de meus seminários de negociação, tive o depoimento de uma participante a respeito deste assunto. Ela havia descoberto que o marido quando mentia ficava ligeiramente vesgo. Assim, sempre que ele chegava em casa mais tarde, dizendo que havia trabalhado muito e ficava ligeiramente vesgo, ela sabia que tipo de trabalho ele estava fazendo.

Com relação à persuasão, não é de hoje que estudos revelam a capacidade das mulheres. Já em 1951, Fred L. Strodtbeck publicou na Revista Americana de Sociologia matéria sobre o assunto mostrando como a capacidade de falar das mulheres era decisiva no processo de persuasão. Strodtbeck realizou estudos com grupos e também com casais e reparou que as opiniões de quem mais falava, geralmente as mulheres, tendiam a prevalecer. Mas também constatou que os que mais falavam tendiam a fazer, com frequência, perguntas, debater opiniões e análises e observações recompensadoras.

Mas o que deve ficar claro é que a negociação não acaba quando o acordo foi firmado, mas sim quando foi cumprido, posto que, por um lado, existem pessoas que prometem e não cumprem. Mas por outro, fatos imprevistos ou pressupostos equivocados podem comprometer a realização do que foi acordado. Daí a importância da etapa de controle e avaliação.

Assim sendo, não resta a menor dúvida de que as mulheres desenvolveram uma série de competências que são extremamente importantes para o sucesso numa negociação. Mas a excelência só pode ser alcançada se juntamente com estas competências e qualidades forem desenvolvidos e trabalhados os fundamentos da negociação. E são muitos, entre eles a preparação, os estilos comportamentais, as etapas do processo de negociação, as estratégias e táticas de informação, tempo e poder, inclusive as táticas éticas e não éticas. E através da minha experiência e prática de mais de 20 anos de treinamentos para as mais variadas empresas e instituições do país, entre elas, Petrobras, Vale, FGV e MBAs do Ibmec, desenvolvi uma metodologia que há, inclusive, quem considere que se coloca, em qualquer avaliação internacional, de maneira vencedora. Criei alguns instrumentos bastante poderosos, entre eles, a Matriz de Preparação da Negociação, que mostra como se faz uma análise de risco. Isto porque, como disse o Premio Nobel Ilya Prigogine, a época da certeza acabou.

De qualquer forma, está na hora de os homens compreenderem as qualidades femininas e começarem a aprender com as mulheres."

sábado, 18 de maio de 2013

- DISCURSO DE JOSÉ SERRA NA CONVENÇÃO DO PSDB


Nossos projetos e a unidade das oposicões

Trechos do discurso feito na Convenção Nacional do PSDB, em Brasília – 18/05/2013
Dias atrás, o ex-presidente Lula disse em Porto Alegre que nós, da oposição, não temos projeto para o Brasil. Ele está, obviamente, enganado.
Temos, sim, o projeto de tirar o Brasil da estagnação econômica que o petismo provocou. Sabemos como fazê-lo. Temos, sim, o projeto de defender a democracia brasileira da sanha autoritária do PT.
É por isso que apesar de espalharem que nós não somos de nada, morrem de medo de nós.
1. Após uma década no poder, está ficando cada vez mais claro: o PT se mostrou incapaz de construir uma economia que possa crescer de maneira sustentada.
Ao contrário, ao final do decênio petista, a realidade é outra: baixo investimento, obras cada vez mais lentas e mais caras, déficit externo crescente, subida da inflação, responsabilidade fiscal em risco, deterioração da infraestrutura, perda de competitividade, desindustrialização.
Hoje, graças aos governos do PT fincamos, firmes, os pés na posição de lanterninhas entre os chamados BRICS, as grandes economias emergentes.
Mas não é só a economia. Temos, sim, o projeto de tirar a saúde da paralisia de projetos.
Aí está a população toda reclamando, as Santas Casas agonizando, a União encolhendo sua participação nas despesas e despejando a angústia para estados e municípios.
Temos, sim, o projeto de retirar a educação do âmbito da conversa mole, que consome muito dinheiro e compromete o futuro das nossas crianças e dos nossos jovens.
2. O PSDB tem a missão de contribuir para aglutinar e organizar o conjunto das forças sociais e políticas da resistência democrática.
Após uma década no poder, o PT se julga em condições  de avançar no autoritarismo. Quer o financiamento público de campanhas eleitorais para dar ao partido do governo uma vantagem definitiva nas eleições futuras.
Quer submeter o Supremo Tribunal Federal à maioria governista do Congresso Nacional. Quer fechar o acesso dos novos partidos ao fundo partidário e ao tempo de rádio e televisão. Quer impedir o Ministério Público de investigar.
Quer esmagar os prefeitos e governadores que não rezarem pela sua cartilha. Quer calar a imprensa.
Temos, sim, o projeto de defender  a democracia, a liberdade, a independência dos poderes, e a decência na vida pública, transformada num verdadeiro mercado persa de favores e “malfeitos”.
O Estado brasileiro foi de fato capturado por grupos centrados no PT e privatizado em seu benefício. Os órgãos governamentais são tomados de assalto. É a pior privatização que poderia acontecer. por isso mesmo um dos nossos grandes projetos será o de desprivatizar o Estado brasileiro.
Tivesse o PT oferecido soluções para os graves problemas estruturais do Brasil, poderia perfeitamente pleitear a continuidade num ambiente de disputa democrática.
Mas não! Como sabem que estão em dívida com o povo e o país, flertam com o autoritarismo, para não serem removidos do poder.
3. Temos a missão de construir e fortalecer a resistência a esse bloco antidemocrático, que representa vanguarda do atraso no Brasil.
Vamos aglutinar o máximo de forças capazes de resistir a esse projeto e derrotá-lo. Vamos buscar a convergência. Não apenas no PSDB, mas com todos que estejam dispostos a marchar na defesa da decência, da liberdade, do progresso e da justiça.
4. Quem não tem projeto para o Brasil é o PT. Jogaram no lixo – e isso até foi bom – o seu programa original e vagam pelo supermercado das ideias, catando-as a esmo, de gôndola em gôndola.
Das nossas, algumas foram aproveitadas, mas, pouco a pouco, desfiguradas. Basta se lembrar da perversão das agências reguladoras. Das privatizações atropeladas e incompetentes, eles que tanto as demonizaram. Aliás, algumas privatizações do PT matam, como comprovam as precárias estradas federais.
E as novas explorações do petróleo? Ficaram paradas durante cinco anos, e, no final, foram retomadas dentro do modelo de antes, do tempo do Fernando Henrique.
Temos um governo que, na verdade, transforma facilidades em dificuldades. Em vez de transformar dificuldades em soluções, o governo que aí está faz o contrário: transforma as soluções em problemas. Um governo que passou dois anos perplexo diante da herança recebida do governo Lula, e gasta seus outros dois anos fazendo campanha eleitoral.
5. Eu venho de longe, já vi muita água passar embaixo da ponte, no Brasil e fora dele. O golpe de 1964 me levou a ser condenado à prisão e ao exílio, aos 22 anos de idade. O golpe no Chile me tornou exilado ao quadrado.
As dificuldades as mais extremas nunca me assustaram. Não seriam as regras do regime democrático a me constranger. Lutarei, como sempre, com clareza, com lealdade, sem ambiguidades ou palavras de sentido impreciso. Porque esse é meu estilo.
Não tenho porta-vozes. Não tenho intermediários. Não tenho intérpretes. Quem quiser saber o que penso tem só uma fonte confiável: eu mesmo. E conto com lealdade recíproca.
Nas grandes decisões que já tomei na vida pública, nunca pus, não ponho e não porei as paixões à frente da razão. Com os olhos em 2014 e no futuro do Brasil, continuarei a atuar em favor da unidade das oposições e de quantos entendam que é chegada a hora de dar um basta à incompetência orgulhosa.
6. Partidos, muitas vezes, buscam eleitores. Hoje, há milhões de eleitores em busca de um partido, ou de partidos, que possam vocalizar os seus anseios por justiça social, sim, mas também por decência e vergonha na cara. Porque essas coisas não são incompatíveis.
Os que estamos aqui hoje, estaremos, com absoluta certeza, do mesmo lado em 2014. Os que estão aqui, afinal, escolheram um lado:
- o lado da justiça social com crescimento, porque a justiça social sem crescimento significa democratização da pobreza. E nós precisamos é democratizar a riqueza.
- o lado da justiça social com democracia, porque a justiça social sem democracia é só uma fraude política que tenta criar uma ditadura virtuosa, e isso não existe.
- o lado da justiça social com estado de direito, porque a justiça social sem o estado de direito é só a guerra de todos contra todos.

EU PRIVATIZEI, TU PRIVATIZASTE, NÓS PRIVATIZAMOS...


Publicado no site http://www.claudiohumberto.com.br/, o artigo, abaixo, do jornalista Carlos Chagas, mostra que o discurso e a prática dos partidos no governo nem sempre caminham juntos. 

SONHO DESFEITO
Por Carlos Chagas

Passando da micro para a macro-política, significa o quê a aprovação da MP dos Portos? Simplesmente a confirmação de que o governo do PT equivale em gênero, número e grau ao governo do PSDB. Companheiros e tucanos  tornaram-se irmãos siameses quando se trata de entregar a economia do país ao controle da iniciativa privada, de preferência cerceando sempre um pouco mais os direitos do trabalhador. Desfez-se faz tempo o sonho de um  modelo voltado para os interesses nacionais,  trocado pelo pesadelo da supremacia   de empresas e grupos econômicos  cujo objetivo maior é o lucro, bem acima do desenvolvimento da nação.

                                               Determinadas atividades precisam ser obrigatoriamente atribuição do Estado, quer dizer, do poder público, prerrogativa e decisão do conjunto de cidadãos que  formam os governos. Assim, defesa nacional, segurança, educação e saúde públicas, além da infra-estrutura essencial, como ferrovias, rodovias, portos e aeroportos. Sem falar das riquezas do subsolo, patrimônio de todos. Mesmo quando não dão lucro. Essa, pelo menos, foi a mensagem que o PT passou a seus filiados, quando de sua fundação.

                                               Claro que existem países onde o Estado, desde cedo, abriu mão ou nunca assumiu suas obrigações, em função da prevalência de grupos econômicos e até  de indivíduos. Se quiserem, também, de uma ideologia aberta a quantos se encantem por ela, apesar de egoísta, malvada e criminosa.

                                               No caso brasileiro, porém, o PT ganhou o governo por situar-se no extremo oposto do PSDB, cuja estratégia malogrou. O modelo de Fernando Henrique Cardoso fracassou para a maioria da população, exceção dos empresários,empreiteiros e bicões de toda espécie.  Imaginava-se o retorno à experiência tentada por facções variadas, de Getúlio Vargas a João Goulart, dos generais-presidentes a Itamar Franco. A frustração começou quando o Lula, antes de empossado, escreveu a famigerada “Carta aos Brasileiros”, gazua que ensejou viagem  de José Dirceu aos Estados Unidos,  prometendo e comprometendo-se com o figurino dos poderosos. A contrapartida foi o assistencialismo,  esmola concedida aos miseráveis, favorecido por um período de estabilidade econômica  mundial que permitiu a integração de parte das massas ao mercado de consumo por conta da queda do desemprego. Mesmo assim, muita firula, muita propaganda, muita  enganação, sem que os novos detentores do poder lembrassem seus projetos anteriores de redistribuição da riqueza.

                                               Pois do governo Lula ao governo Dilma, o que mais se viu foi a acomodação aos postulados do neoliberalismo, com privatizações crescentes e atendimento sempre maior das exigências das elites. Jamais os bancos lucrarem tanto, para não falar dos empreiteiros que nem ao menos se preocuparam em repartir com seus trabalhadores ínfimas partes de seus ganhos.

                                               Privatizaram o que faltava de ferrovias, rodovias, aeroportos, exploração de petróleo e minerais nobres, além de  serviços de toda espécie.  Faltavam os portos, já infiltrados por históricas  concessões. Não faltam mais.

                                               O problema é que as dificuldades econômicas aterrissaram no Brasil, depois de alguns anos de refrigério. Sendo assim, mais empurraram goela abaixo da nação as mesmas formas canhestras de antes. A culpa era do  Estado, do poder público,  gastador e mau gestor, quando na verdade os controles da política econômica aumentavam em favor do neoliberalismo.

                                               Não se imagine que vão parar, nesse caminho  sem volta.  Por que não privatizar a polícia, a Previdência Social, as Forças Armadas, o Congresso e o Poder Judiciário? Se não funcionam,  precisam ser substituídos por instituições capazes de gerar lucro. E não demora o dia em que os trabalhadores cederão lugar a robôs incapazes de pensar e de reivindicar.

                                         A imagem já foi utilizada aqui, mas é oportuno repeti-la: o fantasma dos que não tem nada a ganhar, porque vem perdendo tudo, volta a rondar o planeta. |

quinta-feira, 16 de maio de 2013

SERVIDORES PÚBLICOS AFASTADOS EM PORTO ALEGRE


Publicado no site do Correio do Povo, hoje, 16, a notícia abaixo:

Servidores recebiam de R$ 75 a R$ 2 mil, afirma promotor

Funcionários da Prefeitura de Porto Alegre foram afastados por suspeita de corrupção na liberação de álvaras
Os servidores públicos da Prefeitura de Porto Alegre investigados por corrupção e tráfico de influência recebiam de R$ 75 a R$ 2 mil, de acordo com o promotor responsável pela investigação, Flávio Duarte. Ele explicou que as propinas não eram pagas apenas para agilizar a liberação de alvarás, mas para qualquer tipo de tramitação envolvendo o uso do solo na Prefeitura de Porto Alegre. “(As propinas) variavam de R$ 75, para identificar o processo na pilha de procedimentos, a R$ 2 mil, para situação mais complexas, como liberação de um alvará de funcionamento ou a liberação de uma obra." Segundo Duarte, o valor da propina não é o mais importante. "Para a caracterização do crime, basta a oferta.”

O Procurador-Geral do Município, João Batista Linck Figueira, alegou que os servidores atuavam "dos dois lados do balcão". “Esse servidor concursado estava dentro (da prefeitura) e deveria exercer (sua função pública). Não é só a questão da propina, é o fato de se posicionar dos dois lados do balcão, como servidor e como particular, atuando como forma de consultoria a essas empresas de engenharia e arquitetura ou com informações privilegiadas em relação ao mercado.”

Depois de deflagrada uma operação para apurar irregularidades na emissão de licenças para construção e reformas em empreendimentos imobiliários Ministério Público (MP), na manhã desta quinta-feira, sete funcionários da Prefeitura de Porto Alegre suspeitos de corrupção e tráfico de influência dentro das Secretarias Municipais de Urbanismo e de Obras e Viação (Smurb e Smov) foram afastados por um período de 90 dias. Outros seis servidores e três pessoas ligadas às secretarias também serão investigadas, além de 20 engenheiros, arquitetos e profissionais liberais, chamados facilitadores, que tinham "contatos" nas pastas.

Um bombeiro, que trabalhava especificamente para um escritório, também estaria envolvido no esquema. Há suspeita, ainda, que empresários responsáveis pelos empreendimentos tinham conhecimento dos casos de corrupção, conforme Duarte. Hoje, tramitam cerca de 200 mil processos envolvendo o uso do solo na prefeitura da Capital.

CHOQUE DE REALIDADE

Choque de realidade - JL - Jornal de Londrina
 16/05/2013  -  Décio Luiz Gazzoni 



"Entre abril e maio participei de cinco reuniões internacionais, em quatro continentes, tratando de agropecuária e energia. Eu deveria ficar feliz com as unânimes manifestações de admiração pelo agronegócio brasileiro, por vezes beirando a inveja, as quais poderiam ser sintetizadas em algo como: o Brasil é um paraíso para o agronegócio! Ou: como gostaríamos de ter um programa de biocombustíveis como vocês têm no Brasil!

Constrangidamente, nas preleções que efetuei, fui obrigado a reposicionar os fatos em seu contexto realista, em contraponto à imagem vendida ou à percepção havida por quem desconhece o agronegócio brasileiro, em toda a sua extensão. Dentro da porteira, e no que depende do produtor rural, o nosso agronegócio vai muito bem, obrigado. Entretanto, a produção poderia ser, quiçá, o dobro do que é. A exportação idem. Onde está o problema? Fora da porteira. É só transferir a soja, o milho ou as caixas de frutas para o caminhão e aí começa o inferno do agronegócio. Do conjunto do Custo Brasil (impostos altos, crédito curto, câmbio irrealista, burocracia excessiva etc.) a logística - armazenamento e transporte - é o grande óbice que, atualmente, impede nosso agronegócio de realizar seu potencial. Fretes caríssimos, estradas esburacadas, ferrovias insuficientes, aquavias inexistentes limitam o agronegócio, as divisas, os empregos e os alimentos que poderiam ser produzidos.

No caso do bioetanol, além desses dramas, uma política pública explícita de limitar o preço da gasolina, fazendo com que a Petrobras e o Tesouro Nacional arquem com os custos de importar petróleo, para manter o preço da gasolina artificialmente baixo, impediu a produção de 63 bilhões de litros de bioetanol, nos últimos quatro anos, que valeriam, na porta da usina, R$ 71 bilhões. E, de quebra, está arrasando com as finanças da Petrobras, outrora a maior empresa do Brasil e uma das maiores do mundo.

A ausência de investimentos em armazenamento e transporte e a política equivocada de compressão artificial de preços de combustíveis não prejudicam apenas os atores do agronegócio. Representam um pezão no freio do desenvolvimento brasileiro. Deu para entender duas das razões do pibinho dos últimos anos? "

terça-feira, 14 de maio de 2013

NOVAS REGRAS PARA FAZER COMPRAS PELA INTERNET

O Decreto Federal 7.972/13 com texto abaixo, que entrou em vigor hoje (14), regulamenta o Código de Defesa do Consumidor, garantindo regras mais claras para comércio de produtos eletrônicos e proteção aos direitos básicos do consumidor. Segundo a Agência Brasil, o decreto estabelece que:

"Entre as obrigações previstas para as vendas feitas por meio da internet está a disponibilização, em lugar de fácil visualização, de informações básicas sobre a empresa – como nome, endereço, CNPJ ou CPF.
"Com as novas regras, as empresas terão a obrigação de respeitar o direito de o consumidor se arrepender da compra no prazo de até sete dias úteis, sem a necessidade de que seja apresentada qualquer justificativa. Nesses casos, a obrigação pela retirada do produto na casa do consumidor e o estorno do valor pago, será da empresa que vendeu o produto.
Os sites destinados à venda de produtos pela internet terão de disponibilizar em suas páginas um canal de serviços para atender o consumidor que facilite o trânsito de reclamações, questionamentos sobre contratos ou mesmo dúvidas sobre o produto adquirido e prevê algumas regras a serem cumpridas por sites de compras coletivas, como informar a quantidade mínima de clientes para conseguir benefícios como preços promocionais."
Leia a íntegra do Decreto:

Regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre a contratação no comércio eletrônico.
A PRESIDENTA DA REPÚBLICA, no uso da atribuição que lhe confere o art. 84, caput, inciso IV, da Constituição, e tendo em vista o disposto na Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990,
DECRETA:
Art. 1o  Este Decreto regulamenta a Lei no 8.078, de 11 de setembro de 1990, para dispor sobre a contratação no comércio eletrônico, abrangendo os seguintes aspectos:
I - informações claras a respeito do produto, serviço e do fornecedor;
II - atendimento facilitado ao consumidor; e
III - respeito ao direito de arrependimento.
Art. 2o  Os sítios eletrônicos ou demais meios eletrônicos utilizados para oferta ou conclusão de contrato de consumo devem disponibilizar, em local de destaque e de fácil visualização, as seguintes informações:
I - nome empresarial e número de inscrição do fornecedor, quando houver, no Cadastro Nacional de Pessoas Físicas ou no Cadastro Nacional de Pessoas Jurídicas do Ministério da Fazenda;
II - endereço físico e eletrônico, e demais informações necessárias para sua localização e contato;
III - características essenciais do produto ou do serviço, incluídos os riscos à saúde e à segurança dos consumidores;
IV - discriminação, no preço, de quaisquer despesas adicionais ou acessórias, tais como as de entrega ou seguros;
V - condições integrais da oferta, incluídas modalidades de pagamento, disponibilidade, forma e prazo da execução do serviço ou da entrega ou disponibilização do produto; e
VI - informações claras e ostensivas a respeito de quaisquer restrições à fruição da oferta.
Art. 3o  Os sítios eletrônicos ou demais meios eletrônicos utilizados para ofertas de compras coletivas ou modalidades análogas de contratação deverão conter, além das informações previstas no art. 2o, as seguintes:
I - quantidade mínima de consumidores para a efetivação do contrato;
II - prazo para utilização da oferta pelo consumidor; e
III - identificação do fornecedor responsável pelo sítio eletrônico e do fornecedor do produto ou serviço ofertado, nos termos dos incisos I e II do art. 2o.
Art. 4o  Para garantir o atendimento facilitado ao consumidor no comércio eletrônico, o fornecedor deverá:
I - apresentar sumário do contrato antes da contratação, com as informações necessárias ao pleno exercício do direito de escolha do consumidor, enfatizadas as cláusulas que limitem direitos;
II - fornecer ferramentas eficazes ao consumidor para identificação e correção imediata de erros ocorridos nas etapas anteriores à finalização da contratação;
III - confirmar imediatamente o recebimento da aceitação da oferta;
IV - disponibilizar o contrato ao consumidor em meio que permita sua conservação e reprodução, imediatamente após a contratação;
V - manter serviço adequado e eficaz de atendimento em meio eletrônico, que possibilite ao consumidor a resolução de demandas referentes a informação, dúvida, reclamação, suspensão ou cancelamento do contrato;
VI - confirmar imediatamente o recebimento das demandas do consumidor referidas no incisopelo mesmo meio empregado pelo consumidor; e
VII - utilizar mecanismos de segurança eficazes para pagamento e para tratamento de dados do consumidor.
Parágrafo único. A manifestação do fornecedor às demandas previstas no inciso V do caput será encaminhada em até cinco dias ao consumidor.
Art. 5o  O fornecedor deve informar, de forma clara e ostensiva, os meios adequados e eficazes para o exercício do direito de arrependimento pelo consumidor.
§ 1o O consumidor poderá exercer seu direito de arrependimento pela mesma ferramenta utilizada para a contratação, sem prejuízo de outros meios disponibilizados.
§ 2o O exercício do direito de arrependimento implica a rescisão dos contratos acessórios, sem qualquer ônus para o consumidor.
§ 3o O exercício do direito de arrependimento será comunicado imediatamente pelo fornecedor à instituição financeira ou à administradora do cartão de crédito ou similar, para que:
I - a transação não seja lançada na fatura do consumidor; ou
II - seja efetivado o estorno do valor, caso o lançamento na fatura já tenha sido realizado.
§ 4o O fornecedor deve enviar ao consumidor confirmação imediata do recebimento da manifestação de arrependimento.
Art. 6o  As contratações no comércio eletrônico deverão observar o cumprimento das condições da oferta, com a entrega dos produtos e serviços contratados, observados prazos, quantidade, qualidade e adequação.
Art. 7o  A inobservância das condutas descritas neste Decreto ensejará aplicação das sanções previstas no art. 56 da Lei no 8.078, de 1990.
Art. 8o  O Decreto no 5.903, de 20 de setembro de 2006, passa a vigorar com as seguintes alterações:
“Art. 10.  ........................................................................
Parágrafo único. O disposto nos arts. 2o, 3o e 9o deste Decreto aplica-se às contratações no comércio eletrônico.” (NR)
Art. 9o  Este Decreto entra em vigor sessenta dias após a data de sua publicação.
Brasília, 15 de março de 2013; 192º da Independência e 125º da República.
DILMA ROUSSEFF
José Eduardo Cardozo
Fonte: Agência Brasil

terça-feira, 7 de maio de 2013

MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL - REAÇÕES

Recebi uma mensagem, por e-mail, encaminhando o artigo publicado no Blog do Coronel (Coturno Noturno) contestando o acordo que o Brasil está negociando com Cuba, para a contratação de 6.000 médicos cubanos, que viriam trabalhar em regiões com reconhecida carência de atendimento à saúde.

São contundentes as informações do autor sobre as condições de trabalho desses profissionais no país de origem e na experiência existente na Venezuela. Manifesta sua preocupação com a natureza do acordo que será celebrado com Cuba, quanto à autonomia dos médicos contratados e o consequente enquadramento desses profissionais na legislação trabalhista brasileira.

Leia a íntegra do artigo, abaixo:

Não vamos permitir que o Brasil importe médicos cubanos para trabalharem feito escravos, como ocorre na Venezuela.

O mundo inteiro sabe que Cuba exporta escravos para trabalhar em outros países. O esquema é simples. O profissional recebe um salário de fome no país onde trabalha, enquanto o governo paga a diferença diretamente aos Castro. É o que acontece na Venezuela. É o que vai acontecer no Brasil, se importarmos médicos cubanos. Cuba não faz caridade. Cuba é o mais capitalista dos países na hora de usar seres humanos como escravos para suprir os seus problemas de caixa.
O governo cubano cobra U$ 11,4 mil por mês por médico cedido ao governo chavista. No entanto, estes médicos recebem apenas U$ 230 mensais na Venezuela, mais uma ajuda de U$ 46 dólares para a família, paga diretamente em Cuba.  São 45 mil médicos que geram uma receita anual para a ditadura dos Castro de cerca de U$ 4,5 bilhões por ano. Se fosse no Brasil, ao dólar de hoje, cada médico cubano custaria R$ 23 mil mensais, mas ficaria com o equivalente a um salário mínimo por mês.

Pois os governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, estão acertando a vinda de 6.000 médicos cubanos para trabalharem nas regiões brasileiras mais carentes. Os detalhes estão em negociação. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram nesta segunda-feira (6) a parceria. O diabo está nos detalhes. É inadmissível que estes médicos, se autorizados, não recebam aqui o mesmo valor pago aos médicos brasileiros. E diretamente a eles.

Se não for assim, o Brasil estará importando e utilizando mão de obra escrava, o que é um crime que, com toda a certeza, o nosso diligente Ministério Público Federal jamais permitirá. Nem a turma do Sakamoto vai deixar, não é mesmo? Se existe tanta fiscalização sobre as condições análogas à escravidão supostamente existentes em algumas fazendas e fábricas, não é possivel que a Secretaria de Direitos Humanos da Maria do Rosário e o Ministério da Justiça do José Eduardo Cardozo permitirão que os médicos cubanos sejam explorados oficialmente pelo governo brasileiro.

Não, não venham com esta conversa de que estes médicos serão pagos lá. Não serão! Eles devem embolsar este dinheiro aqui, na pessoa física, em conta corrente aberta em banco brasileiro. Não aceitem os truques da ditadura cubana. Vamos fiscalizar, porque na Venezuela está ocorrendo um fenomeno. Mais de 1.500 desses médicos emigraram para os EUA ou países vizinhos. Conseguiram furar o controle do serviço secreto castrista, que os acompanham d eperto naquele país. “Quando algum médico foge, o governo finge que foram trasladados”, explica um dos membros da Sociedade Venezuelana de Medicina Bolivariana, que pediu para não ser identificado.

As fugas não são para menos. Os cubanos sempre moram em grupos de quatro, em cubículos de 30 metros quadrados, único espaço de que dispõem para dormir, cozinhar, tomar banho e se entreter. Um dos quatro costuma ser um informante ou agente do sistema repressivo castrista. Todos os médicos devem voltar para “casa” antes das 18 horas. Para dar uma “voltinha”, devem pedir licença com semanas de antecipação, mediante documento no qual justificam o destino e a duração de sua movimentação. Todos estão proibidos de entrar em contato com oposicionistas ou jornalistas, e dependem da Sociedade Venezuelana de Medicina Bolivariana.

Não vamos discutir mais se os médicos cubanos possuem conhecimentos técnicos similares aos dos médicos brasileiros. Vamos aceitar que sim. Então que venham para cá para receber salários iguais aos médicos brasileiros, trabalhando a mesma carga horária. Em Porto Velho (RO), a prefeitura precisa de médicos e paga R$ 12 mil mensais. A prefeitura de Sabará (MG) paga quase R$ 10 mil mensais. A prefeitura de Araguatins (TO) paga R$ 10 mil mensais para clínico geral. Que venham os cubanos. E que o dinheiro que pagaremos fique aqui, aquecendo o nosso mercado, em vez de sustentar a ditadura escravagista de Cuba. 

segunda-feira, 6 de maio de 2013

6 MIL MÉDICOS CUBANOS NO BRASIL


A Agência Brasil, hoje, 6, anunciou que os governos do Brasil e de Cuba estão definindo um acordo para atrair 6 mil médicos cubanos para atendimento da população carente em diversas regiões brasileiras. Certamente as universidades brasileiras estão de acordo, pois não conseguem formar profissionais suficientes para atender a demanda de serviços de saúde de todos os brasileiros. Apesar dos grandes investimentos em novas universidades e na expansão do ensino superior no Brasil, nesta última década, ainda faltam médicos em muitos lugares deste país continental.

Leia a íntegra da notícia, abaixo:

Brasil trará 6 mil médicos cubanos para atender moradores de áreas carentes

Renata Giraldi
Repórter da Agência Brasil
Brasília – Os governos do Brasil e de Cuba, com o apoio da Organização Pan-Americana da Saúde, estão acertando como será a vinda de 6 mil médicos cubanos para trabalharem nas regiões brasileiras mais carentes. Os detalhes estão em negociação. Os ministros das Relações Exteriores, Antonio Patriota, e o cubano Bruno Eduardo Rodríguez Parrilla, anunciaram hoje (6) a parceria.
Patriota e Rodríguez não informaram como será a concessão de visto – se será definitivo ou provisório. Segundo o chanceler brasileiro, há um déficit de profissionais brasileiros na área de saúde atuando nas áreas carentes do país, daí a articulação com Cuba.
“Estamos nos organizando para receber um número maior de médicos aqui, em vista do déficit de profissionais de medicina no Brasil. Trata-se de uma cooperação que tem grande potencial e à qual atribuímos valor estratégico”, disse ele.
As negociações para o envio dos médicos cubanos para o Brasil foi iniciada pela presidenta Dilma Rousseff, em janeiro de 2012, quando visitou Havana, a capital cubana. Ela defendeu uma iniciativa conjunta para a produção de medicamentos e mencionou a ampliação do envio de médicos cubanos ao Brasil, para apoiar o atendimento no Serviço Único de Saúde (SUS).
“Cuba tem uma proficiência grande na área de medicina, farmacêutica e de biotecnologia. O Brasil está examinando a possibilidade de acolher médicos por intermédio de conversas que envolvem a Organização Pan-Americana de Saúde, e está se pensando em algo em torno de 6 mil ou pouco mais”, destacou Patriota.
Segundo o chanceler brasileiro, as negociações estão em curso, mas a ideia é que os profissionais cubanos atuem nas áreas mais carentes do Brasil. “Ainda estamos finalizando os entendimentos para que eles possam desempenhar sua atividade profissional no Brasil, no sentido de dar atendimento a regiões particularmente carentes no Brasil”, disse.
A visita do chanceler de Cuba ocorre no momento em que o presidente cubano, Raúl Castro, implementa mudanças no país, promovendo a abertura econômica e avanços na área social. Segundo Bruno Rodríguez, a parceria com o Brasil é intensa principalmente nas áreas econômica, social e turística. “Há um excelente intercâmbio de ideias”, disse o cubano.
O comércio entre Brasil e Cuba aumentou mais de sete vezes no período de 2003 a 2012, segundo o Ministério das Relações Exteriores. De 2010 a 2012, as exportações brasileiras para Cuba cresceram 36,9%. No ano passado, o comércio bilateral alcançou o recorde de US$ 661,6 milhões.

domingo, 5 de maio de 2013

MILITÂNCIA POLÍTICA FALSA E PAGA NA INTERNET

Leia, clicando no link abaixo:

A militância política falsa (e paga) na internet: os militantes de Renan, Aécio e Agnelo que só existem na rede e na imaginação dos marqueteiros

Meu comentário:

O site da revista Veja e o blog de Reinaldo Azevedo (link acima), na semana passada, postaram notícias sobre a existência de perfis falsos nas redes sociais que transitam na Internet, mantidos a soldo de lideres políticos e agentes públicos de diversos partidos. Não me surpreende a existência desses expedientes eletrônicos para alavancar a imagem, melhorar o conceito e recuperar reputações de personalidades públicas que atuam no cenário político e empresarial.

Sabe-se, desde muito tempo, que há uma plêiade de blogs, jornais, revistas que são financiados com recursos públicos e privados para prestarem serviços a agentes públicos, lideres políticos, empresários e governos de forma incondicional e muitas vezes sem a devida observância dos princípios e valores éticos que devem nortear a produção intelectual de notícias.

Observo e leio nos blogs e nas mídias sociais, falsas ou verdadeiras, massacres à reputação de personalidades e deturpação de fatos que, a meu juízo, ensejariam contestações formais e responsabilização de seus autores. Muitas vezes a Justiça é acionada para que haja retratação e reparação dos danos com elevados custos financeiros para as partes.

Compreendo, agora, as dificuldades de identificação e responsabilização dos perpetradores e mantenedores desses perfis abjetos. O "aluguel da caneta", às vezes, pode ser a única forma de sobreviverem economicamente, sujeitando-se a receber migalhas dos verdadeiros canalhas que, por covardia e esperteza, utilizam sabujos e vassalos para desqualificar seus adversários, escamotear a verdade sobre os fatos que não desejam dar publicidade e granjear simpatia e popularidade no cenário eleitoral.

sábado, 4 de maio de 2013

PREÇOS DOS IMÓVEIS CAEM EM SÃO PAULO

O jornal Estado de São Paulo informa, hoje, 4, na seção de economia, que houve retração nos preços dos imóveis novos no mercado de São Paulo. Essa mudança na cotação dos imóveis ocorre pela primeira vez nos últimos quatro anos, o que pode provocar mudanças significativas no comportamento do mercado imobiliário nas demais regiões regiões do Brasil.



"Preço de imóvel novo recua pela 1.ª vez em quatro anos


Pesquisa mostra que valores de residenciais recém-construídos na capital paulista tiveram queda de 7,8% no 

primeiro trimestre

Márcia De Chiara

Pela primeira vez em quatro anos, houve uma freada generalizada nos preços dos imóveis residenciais novos colocados à venda na cidade de São Paulo. No primeiro trimestre, o valor do metro quadrado dos lançamentos com um e dois dormitórios, os imóveis mais procurados, caiu 7,8% em relação a dezembro de 2012, revela pesquisa da Empresa Brasileira de Estudos de Patrimônio (Embraesp)."
Leia a íntegra da notícia acessando o link, abaixo: