A herança que o governo Sartori recebeu foi trágica, essa é a dura verdade que os gaúchos precisam admitir e enfrentar. O PDS (PP), PDT, PT, PMDB, PSDB, PT (nessa ordem) governaram o Estado e nenhum deles enfrentou com a devida tenacidade e determinação a questão estrutural das finanças públicas, que inviabilizam a governabilidade e o desenvolvimento indutor do governo do Estado.
O governador Satori tem a oportunidade histórica de fazer a diferença, extinguindo estatais e fundações deficitárias e, hoje, desnecessárias; reduzir o número de secretarias, rever privilégios nas aposentadorias; reordenar e revisar a capacidade física e operacional da rede escolar estadual e dos espaços ocupados pelas demais repartições publicas, hoje, há escolas demais, matrículas de menos por sala de aula e professores, ou insuficientes ou mal distribuídos, além de ociosidade de ocupação de prédios próprios e alugados.
Todos os partidos que governaram o Rio Grande do Sul são co-responsáveis pela dificuldades de hoje, portanto, deverão, também, exercer o protagonismo nas medidas que devolvam ao estado a capacidade de investir e ser agente do desenvolvimento sustentável. A guerra política não pode continuar engessando a governança do Estado e o aparelhamento partidário não pode se impor ao interesse público.
O governador José Ivo Sartori pode ser o condutor dessa inflexão para um novo modelo de relacionamento político e de reversão desse quadro econômico-financeiro dramático.