sexta-feira, 2 de agosto de 2019

1964 - O ANO QUE TERMINOU

1964. É um ano que ainda não terminou... eu era menino, longe de casa, numa escola agrícola, mas lembro com muita clareza os discursos ouvidos pelo rádio e os desdobramentos que se sucederam no cenário político brasileiro... Mais de meio século depois, percebo que aquele período não acabou...e que está muito vivo na minha mente o debate ideológico que empolgou a minha geração. Militei, politicamente, em favor do restabelecimento das franquias democráticas, da restauração do estado de direito e por justiça social no Brasil.

Hoje, meio século depois, onde estamos? Os companheiros de ontem, ao chegarem ao poder, muitos, lambuzaram-se na corrupção e perderam os rumos da sociedade que sonhávamos, fraterna, justa e de oportunidades para todos. Diante do cenário atual, meu sentimento é de que a história destes últimos 50 anos precisa ser reaberta e recontada, com a devida isenção temporal necessária, para que a verdade da história prevaleça, sem vencidos, sem vencedores

CORUPÇÃO

Ao longo das últimas décadas, como eleitor e militante partidário, votei e apoiei muitos candidatos que bradavam nos palanques, rádios e televisões verdadeiros libelos contra a malversação dos recursos públicos - a corrupção, hoje a palavra que simboliza e sintetiza o roubo do dinheiro público.

Alguns deles, infelizmente, por conivência, omissão ou conveniência eleitoral silenciaram diante de fatos concretos de corrupção que ocorreram no país, outros, sujaram as mãos e desonraram os valores e princípios éticos e morais que pregavam em praça pública.

Nas mídias sociais, hoje, assistimos uma verdadeira guerra de informação e contra-informação entre os que defendem a operação Lava Jato, como sendo o novo paradigma de combate à corrupção e os que se valem de argumentos inconsistentes e, às vezes, espúrios para execrá-la, instados pela insatisfação de ver seus líderes políticos penalizados pela Justiça por práticas de corrupção