INSTITUTO LULA
Ralph J. Hofmann
Com a criação do Instituto Lula, o segundo instituto dedicado à obra de um presidente brasileiro, terceiro se considerarmos o mausoléu cooptado por Sarney em seu estado natal, parece aberto o caminho para a existência das bibliotecas-museus presidenciais nos moldes das congêneres nos Estado Unidos.
Essas bibliotecas presidenciais normalmente abrigam os documentos da vida e da carreira pública desses presidentes e até mesmo em alguns casos o local onde serão enterrados os titulares da instituição. Cada biblioteca presidencial costuma ser no estado que em que nasceu o presidente ou aquele associado à imagem do mesmo se tiver migrado em algum momento.(*)
Entre os materiais celebrando a era e a obra dos presidentes costumam estar expostos os presentes recebidos aceitos em nome da instituição da presidência e que não podem ser aproveitados privadamente.
São também celebradas as idiossincrasias dos mesmos. Por exemplo, George W. Bush é um famoso assador de “barbecues”, os churrascos de seu estado, o Texas. Sempre que recebia visitas importantes tentava marcar um fim de semana no seu rancho no Texas para servir ao visitante na sua casa. Supõe-se que no museu seja possível encontrar sua receita de “barbecue sauce”, o molho para barbecue favorito do presidente.
Imaginamos que no Instituto Lula seja possível encontrar a receita de coelho assado do ex-presidente Lula assim como o endereço do fabricante de salsicha que despachava lingüiças, chouriços e salames para a mesa da Granja do Torto. Talvez o nome da cabaña Uruguaia que cria os bois sacrificados para colocar à mesa as picanhas presidenciais.
Contudo, corre à boca pequena, que o local de destaque do Museu do Instituto Lula será a sala dos etílicos. Segundo estes rumores serão mais de 3.000 garrafas de marcas individuais de cerveja, 300 marcas de uísque escocês, 100 de uísque irlandês e 200 marcas de pinga nacional.
Paira uma dúvida sobre se o conteúdo dessas garrafas sobreviverá ao presidente que já informou que é nessa galeria que deverá ser instalada sua mesa de trabalho, que deverá ter uma máquina de gelo embutida.
Não foi possível obter informação sobre a criação de uma sucursal em Caetés ou se algum dos onze containeres removidos de Brasília continha material destinado ao museu.
(*) Assim sugerimos que um Instituto Sarney deveria ser no Amapá. Ou não?
Fonte: Blog Giulio Sanmartini
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