quinta-feira, 28 de março de 2013

A CRISE NA ARMAZENAGEM TEM RAÍZES MAIS PROFUNDAS


Urgente: Necessidade de silos para armazenar a safra na região reúne prefeitos no Sindicato Rural

"A necessidade de silos para armazenamento da safra de soja da região de Santiago foi motivo de uma reunião emergencial, hoje pela manhã, no Sindicato Rural de Santiago, Unistalda e Capão do Cipó. Participaram os prefeitos de Santiago, Júlio Ruivo, acompanhado de seu vice, Antônio Carlos Gomes; Delvi Segatto de Nova Esperança do Sul; José Amélio Ucha Ribeiro de Unistalda e Alcides Meneghini de Capão do Cipó. A presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Lérida Pavanelo, também se fez presente.

A crise financeira na Cotrijuí é a responsável pela preocupação do setor. Os produtores da região precisam armazenar a soja e receber por ela, porém se o produto for armazenado nos silos da Cotrijuí poderá cair nas mãos dos credores da cooperativa.

Uma ação cível pública, do Ministério Público de Ijuí, sede da cooperativa, deverá solicitar que a Cotrijuí armazene a soja dos produtores sem se apoderar dela.

Já os prefeitos da região vão decretar situação de emergência nos municípios, ainda hoje, para buscarem apoio judicial a fim de uma solução para o impasse. Os quatro prefeitos que estiveram na região vão decretar emergência em seus municípios: Santiago, Unistalda, Nova Esperança do Sul e Capão do Cipó.

Tritícola deve romper com a Crotrijuí - Devido a inadimplência da Cotrijuí com a Cooperativa Regional Tritícola de Santiago, o departamento jurídico da instituição estuda a rescisão do contrato de arrendamento que a Cotrijuí possui com a Cooperativa. A crise é geral e afeta inclusive os salários dos funcionários do Supermercados de Santiago e de outros setores."

Meu comentário!

As dificuldades de armazenagem em Santiago e região, que se avizinha, não decorre somente da "Crise da COTRIJUÍ", conforme mencionado no Blog do Rafael Nemitz, acima, pois tem raízes mais profundas, vem de mais longe, desde a falência da Cooperativa Tritícola Santiaguense que, por não poder honrar os compromissos com fornecedores e associados que mantinham soja estocada, viu-se na contingência de arrendar os armazéns para a Cooperativa Serrana de Ijuí e, em contrapartida, assegurar o pagamento aos associados, em quatro parcelas anuais, dos valores equivalentes à produção depositada, mas já inexistente nos armazéns da Cooperativa.

Os associados foram vítimas de gestão temerária dos seus diretores ao se valerem sistematicamente da prática adotada em quase todas as cooperativas gaúchas, a venda antecipada de parte da safra ainda não colhida - a tradicional venda de soja verde - para obterem capital de giro, adquirir insumos e também financiar lavouras de agricultores com cadastro bancário negativo ou mesmo, produtores sem condições de acessar financiamentos na rede bancária ou junto a fornecedores de insumos privados.

Esse ciclo vicioso que perdurou durante décadas, seguramente foi umas das principais causas do endividamento externo das cooperativas, aliadas às frequentes frustrações de safras por causas naturais ou crise de preços no mercado internacional.

Não é difícil entender que a falência de uma cooperativa não ocorre somente pela inadimplência nas transações comerciais externas com o mercado e dos compromissos fiscais e tributários. Há um outro componente de grande magnitude que é o endividamento interno da cooperativa, dos associados e com os associados.

A Cooperativa Tritícola de Santiago não fugiu à regra, foi vítima de todos esses fatores citados em que sucessivas direções contribuíram, por erros ou omissões, para o desfecho que ocorreu em 2012, numa assembleia geral convocada pela atual diretoria, a fim de firmar a parceria com a Cotrijuí. Parecia ser a melhor solução, pois era a unica alternativa possível naquele momento, já que havia o compromisso formal de que seria honrado o pagamento daqueles associados, majoritariamente agricultores familiares e adimplentes, que guardavam nos silos da Cooperativa Tritícola a parcelas da safra de soja - a poupança e o capital para refinanciar as lavouras subsequentes.

Menos de um ano depois, a dura realidade, a Cotrijuí também perdeu as condições de receber e comercializar as safras por estar inadimplente e sem condições de buscar socorro financeiro no mercado - A diretoria recém empossada tenta repactuar dívidas e a obtenção de créditos especiais junto ao Governo Federal. Não sei, não conheço o cenário interno da Cotrijuí. Tomara que tenha êxito nessa missão!

Por último, um breve comentário sobre a motivação da reunião realizada no Sindicato Rural, aludida no Blog de Rafael Nemitz, com a participação dos prefeitos de Santiago, Nova Esperança do Sul, Unistalda e Capão do Cipó, do presidente do Sindicato Rural, Fernando Gonçalves e da presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rurais, Lérida Pavanelo, que decidiram decretar estado de emergência e requerer a participação do Judiciário com o objetivo de garantir o armazenamento da safra que já está em fase inicial colheita.

A decisão dos prefeitos é absolutamente necessária e indispensável para garantir a armazenagem, segurança e controle da safra pelos próprios produtores, sem que haja riscos de arresto por credores da TRITÍCOLA e COTRIJUÍ.

Vejo nessa ação emergencial dos mandatários municipais, que conta com o apoio dos Sindicatos Rurais, uma grande oportunidade para, também, requererem ao Ministério Público uma investigação sobre as causas do endividamento da Cooperativa Tritícola e o tratamento gerencial que foi dispensado aos adimplentes, inadimplentes e credores diversos, pelas direções que se sucederam nesses últimos 20 anos. 

Esta é um medida que urge para encerrar definitivamente esse triste episódio, que sem os devidos esclarecimentos legais, deslustra a imagem do município, de associados e dos valores do cooperativismo como instrumento de defesa e proteção dos agricultores, ex-dirigentes e de muitos associados, que cumpriram integralmente com suas obrigações e que podem estar sendo injustiçados por versões constrangedoras.

terça-feira, 26 de março de 2013

CENSO ESCOLAR DE SANTIAGO - 2012

Dependências
Ed. Infantil
Ensino Fundamental
    Ensino Médio
   EJA

Creche
Pré-Escola
1ª a 4ª
série e
Anos
Iniciais
5ª a 8ª
série e
Anos
Finais
Médio



Educação, Profissional



Fundamental


Médio
Estadual
0
23
1461
1644
1744
383
391
431
Municipal
637
584
1190
820
0
0
24
0
Privada
123
192
373
274
208
360
0
0
Total
760
799
3024
2738
1952
743
415
431

Dados Estatísticos do Censo Escolar realizado em Santiago em 2012, pelo Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (INEP), órgão do Ministério da Educação - MEC, no Município de Santiago (RS), que registra anualmente todas matrículas nas redes pública e privadas, por escola, em todos os municípios brasileiros. 

O INEP realizou, em 2012, um levantamento completo - Cadastro das Escolas Brasileiras de 2012, com riqueza de detalhes em todos os aspectos que caracterizam o ambiente escolar. Obtive, junto ao INEP, uma cópia do Censo de 2011 e do Cadastro Escolar de 2012 das escolas  públicas (urbanas e rurais) e privadas do município de Santiago.

Em maio do corrente, haverá novo levantamento das matrículas e atualização dos dados cadastrais da rede escolar do ensino básico e educação profissional. Estes dados normalmente são atualizados no segundo semestre do ano letivo, constituindo-se indicadores referenciais e fundamentais para a distribuição de recursos do FUNDEB, da merenda e do transporte escolar para escolas dos estados e municípios.

Nas próximas postagens vou comentar aspectos do Censo de 2012 e, também, sobre a recente disputa travada entre a Prefeitura de Santiago e o Governo do Estado, sobre a realização do transporte escolar obrigatório para os alunos moradores nas áreas rurais.

segunda-feira, 25 de março de 2013

ABATE CLANDESTINO DE BOVINOS

Do Blog Maquiavel - Política

PPS quer explicações de ministro sobre elo com matadouro



"O PPS anunciou que vai protocolar até a manhã desta terça-feira na Mesa Diretora da Câmara um requerimento cobrando explicações do novo ministro da Agricultura, Antônio Andrade, sobre sua parceria com um abatedouro clandestino no município mineiro de Vazante. Reportagem de VEJA desta semana mostra que o Antônio Andrade, conhecido criador de gado, é cliente e amigo do proprietário do matadouro, que já foi autuado por abate ilegal e condições de higiene precárias."

“Trata-se de uma denúncia grave que precisa de um esclarecimento imediato do ministro. Como pode uma autoridade responsável por zelar pela saúde animal de nosso rebanho compactuar e se beneficiar de uma situação destas?”, afirmou o líder do partido, deputado Rubens Bueno (PR).
A reportagem de VEJA mostra que o novo ministro da Agricultura tem seis propriedades rurais em Vazante, sua base eleitoral, e um rebanho de mais de 3.000 cabeças de gado. Andrade fornece animais para o abate e usa a carne para alimentar funcionários de suas fazendas.
A Câmara tem prazo de 15 dias para enviar o ofício ao Ministério da Agricultura. Após o recebimento, Andrade terá 30 dias para apresentar uma resposta.
O Ministério Público de Minas Gerais solicitou à Polícia Ambiental uma inspeção no local de abate, a ser realizada na manhã desta terça-feira. De acordo com o promotor José Geraldo Rocha, a interdição será pedida caso o laudo aponte irregularidades no estabelecimento.
(Marcela Mattos, de Brasília)"
Meu comentário:
A notícia é sobre fatos que ocorrem no município de Vazante, em Minas Gerais. Felizmente, isso não ocorre em Santiago, pois nossos dois abatedouros, Bela União e Frigorífico Sagrilo, são inspecionados pela Secretaria Estadual da Agricultura e Pecuária, através do medico-veterinário Gilberto Guerin, o que assegura a oferta de carne de qualidade para o consumo da população.

Abatedouros clandestinos em Santiago (RS) não existem, graças a eficiente e responsável fiscalização sanitária municipal, que coíbe o abate e o transporte da carne de animais abatidos sem condições sanitárias adequadas, protegendo, dessa forma, a saúde na nossa população.  Não é verdade?! 

Fonte: http://veja.abril.com.br/blog/politica/congresso-nacional-2/81790/

PPS quer explicações de ministro sobre elo com matadouro

PPS quer explicações de ministro sobre elo com matadouro

sábado, 23 de março de 2013

DE VIAGENS E DE PATROCÍNIOS - II

Do Blog do Claudio Humberto

É PRECISO INVESTIGAR

Por Carlos Chagas


                                               Grave não é saber quanto as empreiteiras gastaram para o Lula passear pelo mundo  em jatinhos particulares e hotéis de luxo. Afinal, o dinheiro é delas. Da mesma forma, tolera-se que o ex-presidente defenda lá fora os interesses de empresas brasileiras. Barack Obama, como presidente dos Estados Unidos,  faz o mesmo para  empresas americanas, até serve de vendedor para a indústria aeronáutica.

                                               O que não dá para aceitar é o pagamento que as empreiteiras fizeram  e certamente ainda fazem pelo trabalho do viajante, mesmo sob o disfarce de remuneração de  palestras. Ainda pior se houver comissão em contratos conseguidos pelo ex-presidente junto a governos estrangeiros,  para a realização de obras em diversos países. Por coincidência, países pobres. 
                                               Do jeito que estão  as coisas, melhor seria chamar de novo o Antônio Palocci para o palácio do Planalto. A consultoria que prestava em nada difere dessas que o Lula tem prestado.
                                               É preciso investigar a fundo  tais relações, senão incestuosas, ao menos estranhas. Ilegal não é servir de intermediário em negócios, mas imoral com certeza será quando o mediador  é um ex-presidente da República com imenso poder de influência nacional e internacional.

                                               A reportagem da Folha de S. Paulo de ontem precisa ser aprofundada. Não há nada a opor ao fato de um retirante, metalúrgico e líder sindical, enriquecer. Mas um antigo chefe de governo precisaria ter cautela.  Um dia sim, outro também, o Lula é citado como candidato a voltar ao poder, tanto faz de em 2014 ou 2018. Indaga-se como se apresentará nos palanques: candidato dos trabalhadores ou candidato dos empreiteiros? Estaria amealhando, por antecipação, recursos para sua campanha? Oriundos de onde? Obviamente, do tesouro desses países  pobres que muito lucrariam com obras não superfaturadas.

                                               Caso venha a fechar-se esse círculo de dúvidas, não será apenas o Lula a perder. Perdem o PT, os trabalhadores e o Brasil. Jamais as empreiteiras, é claro.

Fonte: http://www.claudiohumberto.com.br/artigos/

sexta-feira, 22 de março de 2013

DE VIAGENS E DE PATROCÍNIOS

"Quando um ex-presidente vai a um jantar da Odebrecht no Panamá e se levanta da mesa com três pedidos e o compromisso de levá-los a Dilma Rousseff, pode fazer qualquer coisa, menos consolidar “a imagem e os interesses da nação brasileira.”"

Trecho do artigo publicado no Blog do Josias de Souza, que pode ser lido na íntegra, clicando no título e no link abaixo:

Empreiteiras pagam viagens de Lula ao exterior 

Fontehttp://josiasdesouza.blogosfera.uol.com.br