Delegação gaúcha de Engenheiros Agrônomos participa do XXIX Congresso Brasileiro
A Defesa da Profissão e dos profissionais Engenheiros Agrônomos que, atuando na pesquisa, ensino e na extensão rural, foram fundamentais para o desenvolvimento da agricultura brasileira, hoje destaque mundial, destaca-se no II Encontro Nacional de Agronomia (ENA) e do XXIX Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), reunindo cerca de 300 Engenheiros Agrônomos de todo o Brasil em Foz do Iguaçu (PR) de 3 a 7 de agosto em Foz do Iguaçu (PR). Os eventos são promovidos pelo Sistema Confea/Crea e Mútua e pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab).
Na abertura do evento, o presidente do Confea, Eng. Civil José Tadeu, afirmou que o Encontro é uma oportunidade de reflexão sobre os problemas e a importância da Agronomia. José Tadeu destacou a legislação que rege a modalidade e não pode ser exercida indiscriminadamente para que a sociedade não corra riscos.
José Tadeu confessou que é grande a dificuldade de presidir um Conselho multiprofissional que reúne profissionais de nível médio e pleno: “conciliar é uma tarefa desafiadora”, reconhece. “Nós respondemos por boa parte do desenvolvimento e progresso do país. Engenharia e Agronomia são a base de tudo o que é relevante, a questão legal de nossas atividades”, disse o presidente do Confea, ao defender a atualização da legislação profissional. “Este encontro tem amparo legal. Uma vez ao ano temos que reunir cada modalidade para rever, aprimorar e atualizar as leis vigentes”, conclamou. “Foco: é disso que a Agronomia precisa no Brasil. O que é importante no conhecimento e como podemos contribuir para o país”.
Em nome do plenário do Confea, José Geraldo Baracuhy, coordenador do Congresso Técnico Científico (Contecc) - que terá uma segunda edição em setembro próximo, em Fortaleza (CE), quando da realização da 72ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia –, anunciou que este ano perto de mil trabalhos devem ser inscritos. E revelando o destaque que a Agronomia vem recebendo, informou que “40% dos trabalhos são da área agronômica”. Para Baracuhy, “a Agronomia brasileira tem sido exemplo de pujança e crescimento para todo o mundo. Produzimos frutos que em sua grande maioria não são nativos de nossas terras, foram adaptados”.
Kleber Souza dos Santos, coordenador nacional das Câmaras de Agronomia, agradeceu “o empenho das lideranças para a realização do encontro”, além de reafirmar que a programação foi definida com base nas sugestões das próprias Câmaras Especializadas. Ao destacar a presença do presidente da Academia Brasileira de Ciências Agrárias, Kleber arrancou aplausos para Eudes Souza Leão que, com 95 anos, participa do ENA.
Responsabilidade técnica e ética – Na programação do II Encontro Nacional de Agronomia (ENA) a responsabilidade técnica e ética, e a formação dos profissionais são temas que permeiam palestras e painéis e geram expectativas, como a do professor José Barros da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e integrante da Câmara Especializada de Agronomia, do Crea-RN.
Barros está preocupado com a redução da carga horária e consequentemente das matérias que compõem a cadeira de Agronomia. “Essa realidade afeta a qualidade dos profissionais que estão em formação. O Engenheiro Agrônomo tem amplas atribuições e precisa se aprofundar nos temas. A redução da carga horária pode provocar um conhecimento superficial das ciências agronômicas”, alerta Barros.
A redução, segundo o professor, vem sendo tratada pelo Ministério da Educação e universidades federais. Barros concorda que a proliferação de cursos “precisa ser vista com cautela” porque nem sempre garante que os egressos possam receber as atribuições concedidas pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), que definem o que o profissional pode ou não executar em termos de atividade, com base no que estudou.
Barros também se preocupa com a atuação dos zootecnistas, que no Rio Grande do Norte praticam atribuições tradicionalmente reconhecidas como sendo dos Engenheiros Agrônomos. “No meu Estado, os zootecnistas podem se responsabilizar pela produção de produtos de origem animal, como o doce de leite, por exemplo, uma responsabilidade de Engenheiros Agrônomos e Engenheiros de Alimentos”, informa Barros.
Ensino a distância nos cursos de Agronomia é tema de palestra
Para ele, a questão do “sombreamento” – quando um profissional de uma modalidade atua em áreas de outra modalidade profissional –, “a solução pode ser encontrada por meio do diálogo entre todos os interessados”.
Informações da Equipe de Comunicação do Confea.
Fonte: CREA - RS
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