Tenho observado as inúmeras dificuldades que estão sendo colocadas
no caminho para criação do PSD - o novo partido liderado pelo prefeito de São Paulo,
Gilberto Kassab (eleito pelo DEM),
conforme noticiam jornais, sites e blogs da mídia eletrônica nacional.
O PSD, que busca seu registro, junto ao TSE, contará com a adesão
de quase 60 deputados federais, alguns vice-governadores, mais de uma centena
de deputados estaduais e, provavelmente, com a filiação de governadores, será,
portanto, um fato de grande relevância para o processo político brasileiro,
independentemente de concordarmos ou não com o seu ideário programático, sua
prática e das reais intenções dos seus fundadores, quanto ao campo de atuação.
Nascerá, o PSD, como a terceira força no Congresso Brasileiro,
exercendo forte impacto no atual quadro partidário, com reflexo direto no
cenário eleitoral de 2012. Inclusive, no nosso município, poderá haver o
desembarque de expressivas lideranças e quadros partidários dos principais partidos
legalmente existentes em Santiago, com a consequente migração para a nova
legenda, caso se confirme o registro no prazo hábil.
Um Tribunal que já deferiu o registro de dezenas de agremiações
partidárias, a maioria, ainda com pequena representação parlamentar, como é o caso do PTC,
PTdo B, PRTB, PMN, PRP, PHS, PTN , PSL, PCO e PSTU, entre outros, dificilmente irá inviabilizar a do PSD.
O jornal O Estado de São
Paulo publica, na edição de hoje, um artigo do jornalista, João Bosco Rabello, considerando legítima a concessão do
registro ao PSD , conforme abaixo:
Na próxima terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) volta a se reunir para decidir o pedido de registro do PSD, decisivo para que a nova legenda possa participar das eleições municipais de 2012. A parte a polêmica artificial produzida pelos seus opositores, e o apego de alguns ministros a formalismos menores, o PSD nasce dentro das regras eleitorais e com absoluta legitimidade política.
O partido cumpriu as formalidades jurídicas impostas pela legislação, como atestam os tribunais regionais eleitorais e o texto da relatora, ministra Nancy Andrighi, defendendo a aprovação do registro. Os ministros divergentes na sessão da última quinta-feira entediaram os espectadores com tecnicismos que passam ao largo do mais importante: a questão política.
O partido cumpriu as formalidades jurídicas impostas pela legislação, como atestam os tribunais regionais eleitorais e o texto da relatora, ministra Nancy Andrighi, defendendo a aprovação do registro. Os ministros divergentes na sessão da última quinta-feira entediaram os espectadores com tecnicismos que passam ao largo do mais importante: a questão política.
O PSD poderia não existir se os seus idealizadores tivessem alegado justa causa para deixar o DEM, onde foram vítimas de uma fraude comprovada que destituiu os poderes do Conselho Político, e migrado para outras legendas. Mas optaram por resgatar o ideário liberal e devolver ao cenário político uma representação com 60 parlamentares, assumidamente conservadora, capaz de reequilibrar o quadro partidário, quebrando a hegemonia nociva de PMDB e PT.
Importante alternativa para governos submetidos a uma base com poder de chantagem, o partido é um oxigênio para o debate político e uma opção indispensável para a diversidade ideológica.
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