domingo, 25 de setembro de 2011

Nova legenda e as eleições


Tenho observado as inúmeras dificuldades que estão sendo colocadas no caminho para criação do PSD - o novo partido liderado pelo prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab (eleito pelo DEM), conforme noticiam jornais, sites e blogs da mídia eletrônica nacional.

O PSD, que busca seu registro, junto ao TSE, contará com a adesão de quase 60 deputados federais, alguns vice-governadores, mais de uma centena de deputados estaduais e, provavelmente, com a filiação de governadores, será, portanto, um fato de grande relevância para o processo político brasileiro, independentemente de concordarmos ou não com o seu ideário programático, sua prática e das reais intenções dos seus fundadores, quanto ao campo de atuação.

Nascerá, o PSD, como a terceira força no Congresso Brasileiro, exercendo forte impacto no atual quadro partidário, com reflexo direto no cenário eleitoral de 2012. Inclusive, no nosso município, poderá haver o desembarque de expressivas lideranças e quadros partidários dos principais partidos legalmente existentes em Santiago, com a consequente migração para a nova legenda, caso se confirme o registro no prazo hábil.

Um Tribunal que já deferiu o registro de dezenas de agremiações partidárias, a maioria, ainda com pequena representação parlamentar, como é o caso do PTC, PTdo B, PRTB, PMN, PRP, PHS, PTN , PSL,  PCO e PSTU, entre outros, dificilmente irá inviabilizar a do PSD.

O jornal O Estado de São Paulo publica, na edição de hoje, um artigo do jornalista, João Bosco Rabello, considerando legítima a concessão do registro ao PSD , conforme abaixo:

O PSD é legal e legítimo 


Na próxima terça-feira, o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) volta a se reunir para decidir o pedido de registro do PSD, decisivo para que a nova legenda possa participar das eleições municipais de 2012. A parte a polêmica artificial produzida pelos seus opositores, e o apego de alguns ministros a formalismos menores, o PSD nasce dentro das regras eleitorais e com absoluta legitimidade política.


O partido cumpriu as formalidades jurídicas impostas pela legislação, como atestam os tribunais regionais eleitorais e o texto da relatora, ministra Nancy Andrighi, defendendo a aprovação do registro. Os ministros divergentes na sessão da última quinta-feira entediaram os espectadores com tecnicismos que passam ao largo do mais importante: a questão política.

O PSD poderia não existir se os seus idealizadores tivessem alegado justa causa para deixar o DEM, onde foram vítimas de uma fraude comprovada que destituiu os poderes do Conselho Político, e migrado para outras legendas. Mas optaram por resgatar o ideário liberal e devolver ao cenário político uma representação com 60 parlamentares, assumidamente conservadora, capaz de reequilibrar o quadro partidário, quebrando a hegemonia nociva de PMDB e PT.

Importante alternativa para governos submetidos a uma base com poder de chantagem, o partido é um oxigênio para o debate político e uma opção indispensável para a diversidade ideológica.

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