terça-feira, 30 de outubro de 2012

ROTARY, UMA PAUSA PARA CONFRATERNIZAR


Ontem, 29, fui alvo de uma homenagem, juntamente com outros ex-presidentes, no Rotary Clube de Santiago. Confesso que a emoção e a alegria caminharam juntas na ocasião do jantar festivo, oferecido aos presentes. Fui rotariano nos anos 70, jovem, recém empossado no cargo de agente conservacionista da Secretaria Estadual da Agricultura, em Santiago. Encontrei no Rotary uma das primeiras instituições a me acolher como profissional e, dessa forma, contribuir decisivamente para minha inserção na vida da comunidade de Santiago. Sou profundamente grato e reconhecido ao Rotary Clube, pela importante contribuição que proporcionou ao meu trabalho profissional e integração social como membro da comunidade de Santiago, pois não sendo filho desta terra, escolhi-a para viver e construir meu projeto de vida.

Ao receber o convite, de Zair Pessota, atual presidente e de Vimar Medeiros e de sua esposa, Cláudia, responsáveis pela avenida de Serviços Internos, para participar do jantar festivo, olhei para o retrovisor da história, a fim de recolher algumas lembranças e imagens que a memória ainda não apagou. Lembranças da convivência semanal e fraterna com um grupo de profissionais multidiciplinares e representativos dos diversos segmentos da comunidade de Santiago, dos jantares saborosos na Casa da Amizade, dos debates políticos, sempre em nível elevado, dos embates futebolisticos, estes, sempre com alto grau de exacerbação e dos temas formais que justificam o papel, a existência e a relevância social do organismo Rotary Internacional, além da emoção ao recordar, com saudade, de companheiros e amigos que não mais estão no nosso meio.

Foi muito bom perceber que o Rotary Internacional reconheceu a igualdade de gênero no quadro social e que o clube de Santiago teve, na Marilena Caetano Faccin, sua primeira presidente e também, a atual dirigente é, igualmente, uma extraordinária mulher, Zair Germana Machado Pessota, ambas merecedoras do meu carinho, afeto e grande admiração, pois são líderes competentes, sensíveis e solidárias. Somos ligados por sólidas relações familiares de amizade e companherismo.


Encontrei no túnel do tempo uma foto que revela e simboliza a permanente preocupação do Rotary Clube em reconhecer e valorar o trabalho de seus ex-dirigentes. Uma foto, nos anos, acho que 1977 ou 1978, não tenho certeza da data, em que, muito jovem, fui escalado para falar em homenagem aos ex-presidentes, na inauguração da Galeria que imortalizou, na entidade, aqueles homens que dedicaram seu tempo e trabalho brilhante em benefício da nossa comunidade.


As fotos mostram saudosos companheiros de grande valor, como Olgy Aquino Krebs, Guiray Pozzo, Rubem Araújo, Emílio Leitemperger e a sempre simpática presença do colunista social, Mister White.

A noite reservou outros belos momentos, com a premiação de três estudantes do 9º ano do Ensino Fundamental de escolas municipais que participaram do concurso de redação sobre Ética, promoção já tradicional no Rotary Clube de Santiago, num momento singular da vida brasileira, em que há esforço coletivo para que os cidadãos voltem a praticar os valores éticos que devem permear as ações de uma sociedade civilizada.   

DÉCIMO QUARTO SALÁRIO PARA LER UM LIVRO POR MÊS

Empresário brasileiro paga 14º salário a colaboradores que lerem um livro por mês

Em entrevista ao Administradores.com, o empresário Francis Maris Cruz, presidente do Grupo Cometa, conta os detalhes de sua gestão diferenciada voltada à educação - que conta ainda com MBA dentro da própria empresa e até biblioteca em cada uma de suas lojas.

Por Fábio Bandeira de Mello, www.administradores.com

Leia a notícia completa no link, abaixo:

segunda-feira, 29 de outubro de 2012

ECOS DO JULGAMENTO DA AÇÃO PENAL 470

O ex-ministro do STF, Paulo Brossard, em sua coluna no Jornal Zero Hora, destaca trechos do pronunciamento do ministro do STF, Celso de Melo, durante sua exposição de voto no Julgamento da Ação Penal 470, popularmente denominada de Julgamento do Mensalão. A reprodução de trechos da fala de Celso de Melo, o mais antigo ministro em atividade na Corte maior da República é uma evidência de que essas afirmações calaram fundo na consciência dos brasileiros que lutaram e ainda lutam pelo fortalecimento do regime democrático brasileiro.

Havia assistido à exposição do voto do ministro Celso de Melo, pela TV Justiça e, confesso, que fiquei orgulhoso de sentir que o Poder Judiciário atua com independência e destemor, especialmente, nesse caso emblemático e inédito, porque desvela as entranhas de um esquema de corrupção e de compra de consciências de parlamentares, sem precedentes na história deste país.

Os lideres dessa patranha, integrantes de um governo legitimamente eleito pelo povo brasileiro e originários da geração dos anos de chumbo (1968), não tinham o direito de renegar os valores históricos de suas lutas patrióticas procedendo dessa forma criminosa em pleno regime democrático.

Veja, no link abaixo, a integra do artigo do ex-senador Paulo Brossard:

domingo, 28 de outubro de 2012

SOBRE POSTES E APAGÕES


Reproduzo, abaixo, artigo de Mary Zaidan, publicado no Blog do Noblat, que ironiza a eleição de "postes" que iluminariam o Brasil e os verdadeiros apagões que infernizam milhões de brasileiros. Acho que já é hora de os governantes assumirem suas parcelas de responsabilidades pelos apagões no Brasil. No governo Lula, a culpa dos apagões era por que o governo FHC não havia feito os investimentos necessários no setor energético. E agora, depois de oito anos do governo Lula, com a presidente Dilma no ministério, de quem é a culpa? Ainda do FHC? Haja paciência para suportar tanta desculpa esfarrapada dos gestores nacionais.

Confira, abaixo:

Sobre postes e apagões, por Mary Zaidan
No final da noite da última quinta-feira, quando nove estados do Nordeste, parte de Tocantins, do Pará e do Distrito Federal ficaram mais uma vez no breu, piadas começaram a pipocar nas redes sociais. A maioria delas mangava da frase de Lula - “de poste em poste vamos iluminar o Brasil inteiro” –, dita nos palanques de Campinas e de Fortaleza.

Na capital cearense o ex-presidente ainda acrescentou mais palavrório de efeito: “Somos um poste e eles um candeeiro apagado sem pavio”.
Ironia do destino. Dois dias depois, milhões de nordestinos tiveram de recorrer a velas, lamparinas, lampiões, luzeiros, grisetas. E também a candeeiros.
Foi o quinto apagão de grandes proporções em pouco mais de um mês. Um deles apelidado de apaguinho pelo Operador Nacional do Sistema Elétrico (ONS), em desrespeito absoluto à população que amargou a escuridão.
De novo, Dilma Rousseff ficou irritadíssima. Espumou. Aliás, se a física desenvolvesse sistemas para captar, transformar e armazenar a energia gerada pelas brabezas da presidente, boa parte das deficiências do sistema elétrico brasileiro estaria resolvida.
Por sua vez, o ministro interino de Minas e Energia Márcio Zimmermann tateou no escuro. Primeiro, em tom ponderado, considerou tudo bastante “anormal”, disse que não sabia explicar tantos apagões em tão pouco tempo.
Em seguida, sabe-se lá a partir de quais premissas, garantiu que o sistema elétrico brasileiro é um dos mais seguros do mundo e que todos podiam ficar tranquilos que não faltaria energia para a Copa do Mundo de 2014.
E até lá? Mais velas, lamparinas, lampiões, luzeiros, grisetas e candeeiros?


Para Lula isso pouco importa. Apagão é problema da presidente Dilma, ainda que isso ofusque o seu poste mais brilhante.
A energia do ex está voltada para outras fontes: eleição e mensalão. Quer porque quer que os resultados das urnas deste domingo tenham o dom luminoso de apagar as manchas do julgamento do mensalão que, se não o sentenciou diretamente, condenou de forma irrecorrível os modos e métodos de seu governo.
Lula, o iluminado, não contava que juízes da Suprema Corte, a maioria por ele indicados, pudessem ter luz própria. Por sua ótica, ele é o sol, o astro-rei. Todos os demais têm de gravitar em torno dele.
Mas até ele sabe que, por mais vitórias que colha hoje, por mais que insista no discurso do julgamento das urnas, o mensalão turvou a sua história.
E não há postes capazes de iluminar essa treva.

Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan

sexta-feira, 26 de outubro de 2012

CONFISSÕES DE UM DITADOR

Blog da colunista do jornal O Globo Míriam Leitão sobre economia - Míriam Leitão: O Globo

Um depoimento doloroso e assustador de um ex-presidente argentino, Jorge Videla, sobre o desaparecimento de presos políticos naquele país no auge do regime ditatorial, pode ser conferido no vídeo publicado no blog MiriamLeitão.com, conforme link acima, que contém uma  entrevista para o Globonews, com jornalista argentino Ceferino Reato, autor do livro Disposición Final - La confesión de Videla sobre los desaparecidos.

Na entrevista, Reato explica como conseguiu essa importante confissão, detalhando a maneira como o General Videla fez as revelações que protagonizou enquanto chefe das Forças Armadas argentinas, no período de 1976 a 1981. O jornalista argentino encontra-se no Brasil para falar no seu livro, que ainda não tem tradução para o português.

segunda-feira, 22 de outubro de 2012

A NOVA CENSURA

A Nova Censura, por Ricardo Noblat - Ricardo Noblat: O Globo

Uma reflexão de Ricardo Noblat, no link acima, sobre o comportamento da imprensa diante os regimes ditatoriais e democráticos. A minha geração experimentou estas duas situações, uma imprensa amordaçada pelo regime de força e, agora, outra que busca o seu equilíbrio, ético e moral, na veiculação de informações sobre as diferentes realidades sociais, econômicas e políticas do país.
  
Não nego minha preferência pelo atual modelo, apesar de saber da venalidade de alguns profissionais da imprensa e órgãos de comunicação, mas ainda escolho, sem hesitar, o sistema de ampla liberdade de expressão, deixando a mediação dos seus excessos à arbitragem do Poder Judiciário.

sábado, 20 de outubro de 2012

REFORMA POLÍTICA


A reforma política é um tema que se impõe na agenda de debates no Brasil, neste momento em que se realizam as eleições municipais, agora em segundo turno, e o STF julga a cúpula de um partido político de grande expressão nacional, pelo cometimento de crimes aos mais caros princípios da gestão pública e aos valores democráticos que devem pautar as relações entre o poder executivo, partidos políticos e legislativo.
O Senador Luis Henrique, discípulo de Ulisses Guimarães, proferiu importante discurso, no Plenário do Senado, propondo mudanças radicais no sistema político nacional, desde a coincidência de datas para realização de eleições municipais, estaduais e federais até o modelo de financiamento das campanhas eleitorais.
Sãos interessantes a maioria das sugestões do Senador, exceto quanto à votação em listas fechadas, organizadas pelos partidos, para as eleições proporcionais, pois estas requerem agremiações bem estruturadas, orgânica e programaticamente, com processos internos de decisão amplamente democráticos e participativos.
O tema promete acalorados debates, desde as câmaras de vereadores, assembleias legislativas, Congresso Nacional e a sociedade como um todo, por que se trata, em última instância, do ordenamento da forma de governança nacional a ser emanada pela população.  
Veja, abaixo, o que diz o Senador Luis Henrique, segundo informa a Agência Senado.
REFORMA POLÍTICA
Em discurso no Plenário nesta quarta-feira (17), o senador Luiz Henrique da Silveira (PMDB-SC) defendeu uma ampla reforma política no Brasil. Para o senador, o que o Supremo Tribunal Federal (STF) está julgando, com o processo do mensalão, não são pessoas, servidores, empresários ou políticos, mas o sistema político nacional.
- O que está no banco dos réus do STF é o sistema político nacional, que não se reforma. Eu espero que desse julgamento surja, finalmente, um momento em que as lideranças do Congresso digam: Basta! Vamos fazer ontem a reforma política! – declarou.
O senador criticou a “maneira inaceitável” de financiamento de campanhas eleitorais. Para Luiz Henrique, o financiamento público e transparente pode evitar desvios e fazer com que as eleições custem 10% do que se gasta atualmente. Outra medida proposta pelo senador é a propaganda eleitoral verdadeiramente gratuita, pois, afirmou, as propagandas são milionárias, com recursos de financiadores privados. Ele lembrou que os programas de TV são a principal causa de campanhas caras e chegou a sugerir que o programa eleitoral seja ao vivo.
Para Luiz Henrique, as eleições deveriam ser agrupadas em uma única data, com mandatos de cinco anos. Na visão do parlamentar, o país já não aguenta mais eleições a cada dois anos. Ele ainda defendeu a votação em listas fechadas, como forma de fortalecer os partidos. O senador disse que, hoje, 70% dos eleitores votam em pessoas e apenas 30% votam em partidos. Mas em seis meses, disse o senador, a maioria dos eleitores já nem lembra em quem votou.
- Façamos ontem a reforma política, para que fatos como o que estão em julgamento no STF não voltem a ocorrer – concluiu.
Fonte:  Agência Senado

quarta-feira, 17 de outubro de 2012

NOVA PAUTA. SEMPRE COM PAUTA VELHA


O blog Nova Pauta, versão eletrônica que a exemplo do Jornal Expresso Ilustrado, é de propriedade de João Loredi Lemes, mantém, há mais de 16 anos, uma campanha insidiosa e persistente de ataques pessoais e políticos a mim, como cidadão e agente público, com demonstrações inequívocas de despeito, rancor e ódio. Eventualmente respondi a algumas de suas agressões formuladas através do Jornal Expresso Ilustrado que, oportunamente, irei relatar aqui.

Quanto às críticas perpetradas na sua decantada obra literária autobiográfica (20 anos de jornalismo) e no blog Nova Pauta, ainda não emiti qualquer comentário formal. Antes, pretendo explicitar as razões que a, meu juízo, movem o agressor midiático contumaz de dedicar tanto espaço nos seus veículos de comunicação a um modesto ex-prefeito de Santiago.

A primeira razão é decorrência de seu histórico inconformismo e frustração de não ter obtido financiamento público da Prefeitura Municipal, em 1993/1996, para o projeto empresarial que queria implantar em Santiago, após ter fracassado como empresário do ramo jornalístico, em Tupanciretã.

Chegou aqui, e imaginou que encontraria na prefeitura alguém disposto a comprar elogios a custa do dinheiro público para viabilizar economicamente o seu jornal. Enganou-se, pois nunca fez parte da minha prática política e administrativa comprar consciência de ninguém no exercício da função pública.

João Loredi, para consumar seu intento, tentou constranger meu governo (1993-1996) veiculando no seu semanário, críticas contundentes e ameaças para forçar a prefeitura investir no seu projeto jornalístico (Jornal Expresso Ilustrado), mesmo ao arrepio da legislação, com o único propósito de alavancar e consolidar rapidamente, com o mínimo de esforço e trabalho, o seu inditoso jornal. Bastava abrir os cofres do erário público e certamente teria um jornal companheiro, chapa-branca e sempre à mão para tecer loas ao meu governo. Rejeitei integralmente suas propostas, por considerá-las indecorosas e não republicanas.

O que fez João Lemes? Foi buscar guarida na presidência da Câmara de Vereadores, então comandada pelos vereadores opositores e representantes do atual PP, o tão desejado apoio político e material para edificar seu projeto econômico em Santiago. E obteve.

Assim começa a verdadeira história do João Loredi Lemes, diretor do Grupo Editorial Expressão, hoje consagrado jornalista e rico empresário do ramo das comunicações...

sábado, 13 de outubro de 2012

CENÁRIO PREOCUPANTE NA ECONOMIA

Inflação se espalha e alta de preços já atinge dois terços de produtos e serviços

Márcia De Chiara, de O Estado de S. Paulo

A recente alta da inflação, que chegou a 0,57% em setembro, foi atribuída principalmente aos efeitos da seca nos Estados Unidos sobre o preço dos alimentos. Mas especialistas perceberam uma tendência mais preocupante no resultado do IPCA (Índice Nacional de Preços ao Consumidor).

A alta dos alimentos não é fenômeno isolado e passageiro. Segundo alguns economistas, a pressão inflacionária está se espalhando e atingindo um número cada vez maior de produtos e serviços. Como a economia voltou a crescer, aumentou o risco de que a inflação suba de patamar ou fique em um nível elevado por muito tempo - mesmo se os preços dos alimentos caírem.

Em setembro, dois terços dos itens que compõem o IPCA tiveram alta de preços, segundo cálculos da Rosenberg Consultores. Esse é o maior resultado do índice de difusão - disseminação de alta de preços - desde janeiro (69,01%). O índice de difusão de setembro ficou acima do de agosto (65,48%) e da média mensal desde janeiro de 2007 (63,56%).

Houve também maior disseminação da inflação medida pelo Índice de Preços ao Consumidor (IPC) da Fipe. Em setembro, 462 itens respondiam por 38% da alta do IPC-Fipe e seis por 62%. Já na primeira quadrissemana deste mês, a fatia dos 462 itens foi ampliada para 55% do índice.

"A trajetória de aumento do índice de difusão no contexto atual de aceleração da atividade é preocupante", diz a economista da Rosenberg Consultores, responsável pelo índice de difusão, Priscila Godoy. Ela diz que a aceleração do IPCA, que saiu de 0,08% em junho para 0,57% em setembro, foi desencadeada pelo choque pontual na oferta de produtos agrícolas provocado pela seca nos EUA.

Mas o que se vê agora é que outros produtos e também os serviços estão na esteira desses aumentos. O impacto do choque agrícola no Índice Geral de Preços, que indexa vários contratos, como os de aluguel, e deve fechar o ano em torno de 9%, amplia automaticamente a disseminação para outros segmentos. "A atividade se recuperando sanciona os repasses", diz o economista-chefe da Sul América, Nilton Rosa. Para ele, a difusão elevada da inflação inspira cuidados.

A tese não é unânime. O discurso do governo é de que, superados os problemas climáticos que provocaram alta dos alimentos, haverá um alívio na inflação. Na semana passada, o Banco Central até reduziu a taxa de juros em 0,25 ponto porcentual, para acelerar ainda mais a economia.

Mas o BC não está tranquilo com a inflação. Além da decisão do Comitê de Política Monetária não ter sido unânime, o comunicado oficial registrou que o banco vai parar de reduzir os juros por período "suficientemente prolongado", para fazer a inflação convergir para a meta. Em 12 meses até setembro, o IPCA acumula 5,28%. O resultado está acima do centro da meta, de 4,5%.

quinta-feira, 11 de outubro de 2012

POR QUE ACEITEI CONCORRER

Mesmo sabendo que era uma eleição praticamente impossível de vencer, não fugi da minha responsabilidade de cidadão e de membro de um partido político que se opõe ao modelo conservador e clientelista de governar Santiago. Sabia, desde o primeiro momento, que não venceríamos a eleição, não só pela divisão das forças oposicionistas, mas, principalmente, pela força dos situacionistas. Não é preciso dizer que o partido da situação, há 16 anos na prefeitura, montou uma máquina eleitoral imbatível na atual conjuntura política de Santiago.
 
Os partidos de oposição silenciaram como instâncias programáticas do contraditório às ações dos governos municipais nesta última década, mais do que isso, importantes quadros partidários foram cooptados pelo oficialismo, não só na militância como também no próprio Legislativo, pela distribuição de benesses, tais como, estágios remunerados para familiares; contratos em organizações conveniadas responsáveis por serviços terceirizados; cargos de confiança para parentes; além da intermediação clientelista de obras e de serviços públicos necessários à população.
Este conjunto de ações praticadas pelos últimos governos municipais transformou os partidos de oposição num aglomerado de pessoas idealistas e indignadas, mas absolutamente desarticuladas organicamente, e sem a estrutura partidária necessária para se contraporem com candidaturas competitivas ao executivo municipal.
Nos últimos anos, mesmo afastado das rotinas de Santiago, por força de missões profissionais e políticas que exerci no governo estadual, nunca deixei de acompanhar os desdobramentos da vida comunitária, mesmo mantendo certo distanciamento da militância partidária local.
No período pré-eleitoral, já plenamente reintegrado às rotinas do cotidiano do município, continuei afastado da atividade partidária e predisposto a não mais participar da vida política, por opção pessoal e por desinteresse da executiva municipal do PSDB que, em nenhum momento, me convocou para debater questões políticas locais. Mesmo assim, no encerramento da convenção municipal do partido, fui compelido a compor, em nome do PSDB, com o PMDB e o PTB, para que houvesse candidatos ao executivo municipal que representassem estes três tradicionais partidos oposicionistas, retribuindo ao acordo celebrado em 2008.
Não abandonei, mais uma vez, os companheiros nas horas difíceis, pois havia sério risco de não haver candidatura majoritária patrocinada por esses partidos. Senti, na ocasião, que o dever de militante partidário e de cidadão consciente exigia minha participação, mesmo que isso pudesse gerar incompreensão e insatisfação de amigos e de companheiros históricos de caminhada. Falou mais alto o dever cívico e o compromisso partidário.
Ausente do pleito, não teria oportunidade de destacar e demonstrar os erros, equívocos e manipulações impostas à comunidade de Santiago, pelo governo midiático do partido governista.
Dificilmente a população iria ter conhecimento pleno de que as obras de asfaltamento no centro foram feitas de afogadilho, sem a observância de critérios e rigores técnicos que qualquer obra realizada com dinheiro público deve respeitar. Também não saberiam que uma consulta médica demora até um mês pra ser atendida e que um exame complementar pode ultrapassar o prazo de um ano para ser realizado.
Certamente desconheceriam as relações promíscuas das organizações não governamentais conveniadas com a prefeitura, que realizam serviços terceirizados, funcionando como verdadeiros aparelhos partidários, custando o equivalente à metade da folha de pagamento dos servidores efetivos e constituindo-se numa disfarçada folha paralela em relação a oficial.
Há muitas outras questões importantes que conseguimos transmitir ao povo de Santiago e que estavam acobertadas por certa mídia local, sabidamente caudatária de vultosos repasses de verbas públicas, pois somente divulgam o que interessa para os governantes locais, com raras exceções. A mídia impressa, rádios e blogs, invariavelmente se omitem de publicar manifestações que contrariem a versão dos fatos proclamados pelos agentes municipais. Perde a comunidade, porque não há o contraditório tão necessário para que se consolidem as verdades sobre os resultados das ações de governo e se constituam em oportunidades para aperfeiçoamento e correção de rumos da própria administração municipal.
A realidade de Santiago não é o "mar de rosas" propagandeado pela mídia, muito antes pelo contrário, há enorme sofrimento da população mais carente que necessita da proteção do aparato público. O que se vê é um governo municipal divorciado e insensível aos reclamos dos segmentos mais humildes.
Outro fato que incomoda a muitos é a postura preconceituosa dispensada aos candidatos de oposição, principalmente se não nasceram em berço de ouro e não são serviçais aos “donos da cidade”. Estes são alvos de toda a sorte de maledicências e demonização - prática covarde e mesquinha recorrente, pois enquanto os seus companheiros-candidatos, embora possuam ficha nada limpa e sejam detentores de extensa folha corrida, são transformados e tratados como se fossem beatos e exemplos de virtudes.
Pretendo continuar utilizando as redes sociais para fazer o contraponto, propor sugestões e fazer as críticas necessárias e responsáveis que possam contribuir para o aperfeiçoamento das políticas públicas.
Aproveito para cumprimentar os eleitos para o Executivo e Legislativo, desejando felicidade pessoal e que realizem um bom trabalho para o povo de Santiago.
Da mesma forma, registro os meus mais sinceros agradecimento a todos os eleitores que confiaram no nosso nome, e que fique a certeza de que não cessarei minha luta em favor de uma cidade mais próspera e fraterna.

quarta-feira, 3 de outubro de 2012

MENSAGEM FINAL - PROGRAMA DE RÁDIO DA UPS - 15


Em minha última participação neste programa eleitoral, quero falar ao estimado povo de Santiago, aos jovens que sonham em constituir família e viver, aqui, no seu torrão natal. Venham conosco, votem em quem tem compromissos com vocês!

Aos aposentados que cumpriram seus compromissos profissionais nos prazos em que a lei determinou e que agora usufruem direito de curtir o merecido e permanente descanso remunerado, quero dizer-lhes, que nenhum de vocês, verdadeiramente, está aposentado de participar ativamente das decisões e das ações sociais, culturais e econômicas da comunidade. São homens e mulheres dotados de saberes e experiências fundamentais para ajudar a orientar e construir caminhos para as novas gerações. Estou convocando você que faz parte deste verdadeiro exército de santiaguenses para votar em Diniz e Vulmar, e, mais do que isso, para se somarem, como protagonistas, ao governo que vamos liderar a partir de janeiro de 2013, como parceiros na construção de um município cada vez mais próspero e feliz.

As trabalhadoras do lar, das fábricas, lojas, repartições públicas e propriedades rurais que são verdadeiras heroínas, sempre as primeiras que acordam e as últimas que dormem, quero o voto de vocês, para que não haja mais filas para consultar e fazer exames médicos e que seus filhos tenham creches e escolas funcionando nos mesmos turnos que vocês trabalham.

Aos trabalhadores, do campo e da cidade, peço o seu voto para que, na Prefeitura, possamos apoiar o fortalecimento de suas empresas, propriedades rurais, fábricas, construções, lojas, que garantam empregos ofereçam bens e serviços de qualidade para a comunidade de Santiago.


As crianças, que são a nossa inspiração, nossa esperança e a motivação para sonharmos e construímos uma cidade mais justa, mais fraterna e mais igual, onde todos possam viver felizes, com dignidade e conforto. Nós vamos garantir saúde, lazer, cultura e educação de boa qualidade com turno oposto em todas as escolas municipais.


Aos servidores públicos, civis e militares, do Estado e da União, cumprem suas missões profissionais aqui, e são merecedores do nosso apreço e reconhecimento de que seus papéis são estratégicos e fundamentais para o desenvolvimento de Santiago. Quero o seu voto, porque Vocês e suas famílias devem viver numa cidade que ofereça serviços públicos de qualidade e onde a prefeitura municipal seja parceira das instituições que representam.


Aos servidores municipais, nossos futuros companheiros de trabalho na prefeitura, credores do acatamento, apreço e confiança de todos os munícipes pela nobre missão que desempenham, na prestação de serviços públicos essenciais a nossa população. Quero o voto convicto de cada um, porque em nosso governo serão respeitados em suas atribuições funcionais, valorizados com programas permanentes de qualificação e atualização profissional e revisão dos planos de cargos e salários do quadro geral, professores e da saúde, com base na realidade do mercado de trabalho.


O servidor público municipal tem que ser equiparado aos servidores dos demais entes federados em todas as suas prerrogativas e vantagens, como condição essencial para que o município possa avançar na oferta de serviços públicos na saúde, educação e apoio à geração de emprego, urbanização, produção industrial e agropecuária.


Quero dirigir-me, especialmente, ao povo bom e generoso de Santiago que nos recebeu tão gentilmente em suas casas para conhecer nossas propostas de campanha; às pessoas interessadas e ávidas por mudanças que nos ouviram com atenção nos programas de rádio; aos milhares de novos amigos das redes sociais que, todo dia, enviam uma palavra de incentivo e de carinho. Tenham a certeza de que jamais esquecerei estes gestos de apreço e de reconhecimento e tudo farei para continuar honrando a confiança em mim depositada.


Creiam, caríssimos amigos santiaguenses que, se algum mérito tenho, ele foi alcançado com intensa luta e trabalho e por inspiração do meu povo, porque sei de suas angústias e dos seus sonhos e minha luta cotidiana tem sido para que cessem as suas angústias e se concretizem os seus sonhos!


Tenham a certeza que entrei nesta campanha com o propósito único de servir, mais uma vez, ao nobre povo de Santiago. Não há, nesta hora, sentimento maior do que a certeza de que participar desta campanha com o Diniz e nossos candidatos a vereador valeu a pena, porque mostramos a necessidade de mudanças na condução do município e que, em qualquer instituição, a alternância no poder de mando é fundamental para que haja avanços e que prosperem as pessoas!


Neste momento derradeiro, em que se aproxima a hora de exercermos nossa cidadania pelo voto, vamos registrar na urna também os nossos sonhos, a nossa luta de toda uma vida, os rostinhos amáveis e sorridentes de nossos filhos e netos, porque eles são a nossa razão de existir e, por eles, temos que dizer sim à transformação! Não temam em dizer sim à mudança. Ela vai nascer, gloriosa, do ventre generoso e fértil da democracia e da convicção de que temos responsabilidade com a construção de uma nova história de justiça, progresso e harmonia para a nossa terra.


De nossas caminhadas diárias pelas ruas de Santiago, de nossas jornadas pelos bairros, vilas e interior do município, ficará registrada, eternamente, a lembrança de um sorriso amigo, de um aperto de mão caloroso, de um gesto fraterno de carinho e amizade e mais, muito mais - a força e a coragem de um povo bom e trabalhador, que jamais desiste! Obrigado, Santiago!

Programa de Rádio da União Por Santiago - UPS - 15 - DINIZ E VULMAR