quarta-feira, 30 de janeiro de 2013

AGRICULTURA URBANA - III

Celso Lenhard  no interior da estufa
O empresário do setor moveleiro, Celso Frederico Lenhard, edificou nas proximidades de sua empresa um aprazível recanto para lazer que, ao mesmo tempo, produz hortaliças,  frutas e peixes para autoconsumo familiar. Este é um exemplo que quero destacar neste espaço. É um pequeno projeto de produção agrícola no meio urbano, com objetivo lúdico e sem fins lucrativos, mas que gera produtos naturais e saudáveis em quantidade, qualidade e variedade suficientes para abastecer cinco famílias (15 a 20 pessoas) e, ainda, sobram excedentes para distribuir a alguns vizinhos.

Nos fundos das instalações da Indústria de Móveis Constrular, numa área de 4.713 metros quadrados, utilizada para estocar madeiras em estado bruto, ao ar livre, armazenar insumos e guardar equipamentos num prédio de alvenaria e madeira, coexistem, com outros prédios e equipamentos próprios para o lazer da família, um conjunto diversificado de micros-estruturas produtivas de natureza agrícola, com simplificados processos e sistemas de cultivo e de manejo, distribuídas em aproximadamente 800 metros quadrados do terreno.

Numa rápida descrição dessas instalações, podemos citar:

Vista lateral da estufa
A micro estufa, estruturada com madeira, coberta com lona plástica, subdividida internamente em canteiros protegidos por paredes de alvenaria, para facilitar o manejo e  o cultivo internamente, como também pelo lado de fora através das janelas laterais. Nesse pequeno espaço com dimensões 25 metros quadrados e custo de 1,2 mil reais, são cultivadas intensivamente, couve, alface, tomate, pimentão, rabanete, chicória etc.
Vista frontal da estufa
Canteiro estruturado em alvenaria cultivado com folhosas
Cultivo no interior da estufa
Vista interna da estufa e da janela para manejo  
O açude, com formato ovalado (28 x 14 metros) profundidade variável entre 1,2 a 2,8 metros, fonte de água natural e da captação complementar de uma vertente situada a jusante e que também abastece os equipamentos de lazer (piscina). O açude dispõe de um sistema artificial para oxigenação da água armazenada, que possibilita a renovação permanente da condições ambientais necessárias à criação dos peixes, especialmente, carpas, jundiás e duas espécies lambaris. Periodicamente, após as despescas, são repovoadas com alevinos adquiridos de fornecedores especializados. A produção anual é de aproximadamente 300 carpas com peso variável entre um e cinco quilogramas a unidade. Os peixes são alimentados com ração e com gramíneas cultivadas no próprio terreno.
Açude e passarela
Exemplares de carpas 
Açude e a passarela
Orquidário
Há diversas estruturas vasiformes distribuídas aleatoriamente no terreno, onde são cultivados vários tipos de temperos (manjericão, cebolinha, salsa etc.), além de algumas espécies de plantas fitoterápicas utilizadas para chás.

Árvores frutíferas, cultivadas e nativas, e plantas ornamentais permeiam os espaços entre os prédios e equipamentos de lazer, conferindo um aspecto paisagístico harmônico e agradável. Destaco, ainda, uma coleção de orquídeas implantadas apoiadas no muro que delimita o terreno e que fica à margem do trilho de acesso ao núcleo social e produtivo do empreendimento, como um bom exemplo de criatidade e aproveitamento de espaços.

Há, na nossa cidade, outros projetos de agricultura urbana com fins comerciais, com produção expressiva, de dimensões significativas, que serão objeto de divulgação nas próximas postagens, o que demonstra o acerto da proposta do governo federal em regulamentar e apoiar atividades dessa natureza nas áreas urbanas. Ver "Agricultura Urbana - Apoio Governamental, publicada no dia 05nov2012, neste blog".

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