sexta-feira, 11 de dezembro de 2015
segunda-feira, 7 de dezembro de 2015
CONSERVAÇÃO DO SOLO: UMA QUESTÃO SEMPRE ATUAL
CREA-RS no lançamento do Programa Estadual de Conservação de Solo e Água
Visando à adoção de práticas de manejo e conservação no Rio Grande do Sul, através de uma política permanente de Estado, foi lançado nesta quinta-feira (3), no Palácio Piratini, o Programa Estadual de Conservação de Solo e Água, coordenado pela Secretaria da Agricultura, Pecuária e Irrigação, em parceria com as secretarias de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Ambiente e Desenvolvimento Sustentável e Educação. Prestigiaram o ato, o Eng. Agr. Vulmar Leite, 2º vice-presidente do CREA-RS, e o Eng. Agr. Gustavo André Lange, presidente da Sargs, acompanhados do Eng. Agr. Ivo Lessa, conselheiro do CREA-RS e presidente eleito da Sargs (gestão 2016/2017).
A meta é contribuir para a melhoria da fertilidade de solo, o incremento da rentabilidade agrícola e das cadeias produtivas que integram a agropecuária gaúcha, e a qualidade de vida nos meios rural e urbano, integrando profissionais, promovendo e apoiando projetos e atividades orientadas à implementação da agricultura conservacionista no Rio Grande do Sul.
Em seu discurso, o governador do Estado, José Ivo Sartori, falou sobre o importante passo que o governo dá para a preservação do solo e da água, uma atitude proativa e muito positiva, resultado do trabalho integrado e articulado que reúne secretarias de Estado, instituições de pesquisa e extensão rural, agentes financeiros, universidades, escola técnicas, cooperativas, prefeituras e sindicatos.
"Este é um programa de Estado e o que vale são essas políticas públicas que devem ser aplicadas para realmente conservarmos a nossa água e o nosso solo. Os solos são importantes para a vida, tendo influência no meio ambiente. A redução da capacidade de armazenamento dos reservatórios, a qualidade da água e a queda na capacidade produtiva das terras estão relacionadas justamente à ausência de boas práticas na produção, e temos que melhorar isso", garantiu o governador.
Com a assinatura do decreto que institui a política de conservação de solo e água, programas, diretrizes e instrumentos, para proteção de ambos, são estabelecidos em harmonia com o desenvolvimento econômico e social, assegurando a qualidade de vida da população rural e urbana, e do meio ambiente.
O secretário da Agricultura, Pecuária e Irrigação, Ernani Polo, falou que este é um importante projeto e está sendo lançado no Ano Internacional dos Solos, declarado pela ONU. Segundo o secretário, este é um programa que pode ser trabalhado permanentemente e possui dois pilares: "O da sustentabilidade e boas práticas de conservação do meio ambiente e o de contribuir para a melhoria da fertilidade dos solos visando ao aumento da produção de alimentos".
O secretário de Desenvolvimento Rural, Pesca e Cooperativismo, Tarcísio Minetto, disse que o programa tem dois fatores muito importantes dentro do processo de produção e que a Secretaria está integrada, através da vinculada Emater, "com técnicos preparados para implementar e ter esse cuidado fundamental com a questão do nosso solo e da nossa água".
Estiveram presentes na cerimônia, o vice-governador José Paulo Cairoli; a secretária de Políticas Sociais, Maria Helena Sartori; o secretário-adjunto da Educação, Luiz Antônio Alcoba Freitas; a secretária-substituta do Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, Maria Patrícia Mollmann; além dos órgãos que participaram do comitê de estruturação do programa, Emater/RS; Embrapa Fecoagro; Fepagro; Fetag; Farsul; Fiergs; Famurs; Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento; Ministério do Desenvolvimento Agrário; Núcleo da Região Sul da Sociedade Brasileira de Ciência de Solos; BNDES; Sintargs; escolas técnicas agrícolas; universidades e demais instituições afins.
Veja vídeo do ato http://www.rs.gov.br/lista/740/videos/video230073
Com informações Imprensa/Palácio Piratini
quinta-feira, 26 de novembro de 2015
ELEIÇÕES MUNICIPAIS DE SANTIAGO, EM 2016
A condição de cidadão, ex-prefeito
municipal e militante partidário não me autoriza que fique alheio ao que ocorre
na comunidade em que vivo. Não tenho nenhum projeto político eleitoral, mas
isso não impede que eu possa participar do processo de escolha de candidatos e
da formulação de políticas públicas que contribuam para o aperfeiçoamento e a melhoria
dos serviços públicos prestados pelos Poderes Públicos Municipal, Executivo e Legislativo.
Participei, há algumas semanas,
de uma reunião intrapartidária, convidado pelo PMDB, que tratava do possível acordo político entre o PSD, PSDB, PDT e PMDB para marcharem juntos no próximo
pleito eleitoral. Dos quatro partidos somente o PSD era a novidade no histórico
arco de alianças partidárias nos pleitos eleitorais que se travaram nos últimos
20 anos, exceto no último, quando o PSD e o PDT apoiaram o candidato do PT.
A articulação desses quatros
partidos pode ser o diferencial e o fator decisivo para quebrar a hegemonia do
PP em Santiago. Conta com quadros técnicos e políticos qualificados, tempo de
rádio expressivo, militância partidária aguerrida e pode indicar candidatos competitivos
para o executivo e para o legislativo, como também formular propostas de
governança que se diferenciem da mesmice histórica que o continuísmo
conservador impõe à comunidade de Santiago.
Há, inequivocamente, um forte sentimento de mudança na forma da gestão pública existente e a crescente percepção de que este modelo está esgotado e que seria o responsável pela estagnação econômica e social da nossa Santiago.
Há, inequivocamente, um forte sentimento de mudança na forma da gestão pública existente e a crescente percepção de que este modelo está esgotado e que seria o responsável pela estagnação econômica e social da nossa Santiago.
terça-feira, 24 de novembro de 2015
LULA É INOCENTE, ATÉ PROVA EM CONTRÁRIO!
A força tarefa da Operação Lava Jato que realiza investigações de lavagem de dinheiro, até a presente data não abriu nenhum procedimento investigatório para apurar possível envolvimento do ex-presidente Lula, pelo contrário, todas as instituições que atuam conjuntamente, Polícia Federal, Ministério Público Federal, Receita Federal e o Poder Judiciário sempre reafirmam que não há nenhum indício de participação do ex-presidente nas falcatruas perpetradas por seus amigos, ex-ministros, companheiros de seu partido e de aliados.
O que causa perplexidade é o fato de que, de um lado as especulações veiculadas na mídia, especialmente, nas mídias sociais é de que Lula é o chefe do esquema de corrupção que sangra os cofres da Petrobras e de diversos outros órgãos do Governo Federal. De outra banda, o que surpreende é a defesa antecipada e apaixonada dos líderes petistas de que seu líder máximo é absolutamente probo, tem conduta ilibada e que nada tem a ver com os ilícitos praticados pelos seus amigos, assessores, familiares e companheiros de partido mais chegados, muitos já condenados, outros já cumprindo pena e, outros, ainda, com prisão preventiva decretada para fins investigatórios.
Penso que o ex-presidente Lula em nada tem contribuído para colaborar com as investigações e afastar de si esse debate especulativo, pois em nenhum momento vi ou li qualquer manifestação sua condenando os atos de corrupção já desvendados, pedir o afastamento das hostes partidárias dos companheiros pegos na contravenção, ao contrário, suas manifestações públicas sempre são focadas na negação dos malfeitos e na crítica contundente aos órgãos responsáveis pela investigação.
Essa postura complacente com os malfeitos acirra as desconfianças de que, talvez, ele possa não ser inocente ou, na melhor das hipóteses, apenas ter sido um presidente descuidado que nada sabia e nada via do que acontecia ao seu redor.
Mesmo não sendo eleitor de Lula, considero extremamente negativa para a imagem externa do Brasil a ocorrência de qualquer indiciamento por corrupção de um ex-presidente da República. Mais por ser Lula, ex-retirante e líder sindical, que soube empolgar o coração e a mente de milhões de brasileiros nos pleitos eleitorais e na passagem pelo governo. Seria lamentável constatar que o líder político popular tenha sido vencido nos seus mais caros ideais, cooptado na sua essência pelas elites atrasadas e corruptas que historicamente sempre governaram esse país. Lula poderá se tornar um igual no imaginário da população brasileira, assim, frustrando os sonhos e a esperança de todos que, um dia, acreditaram nos seus discursos e nas suas boas intenções.
O que causa perplexidade é o fato de que, de um lado as especulações veiculadas na mídia, especialmente, nas mídias sociais é de que Lula é o chefe do esquema de corrupção que sangra os cofres da Petrobras e de diversos outros órgãos do Governo Federal. De outra banda, o que surpreende é a defesa antecipada e apaixonada dos líderes petistas de que seu líder máximo é absolutamente probo, tem conduta ilibada e que nada tem a ver com os ilícitos praticados pelos seus amigos, assessores, familiares e companheiros de partido mais chegados, muitos já condenados, outros já cumprindo pena e, outros, ainda, com prisão preventiva decretada para fins investigatórios.
Penso que o ex-presidente Lula em nada tem contribuído para colaborar com as investigações e afastar de si esse debate especulativo, pois em nenhum momento vi ou li qualquer manifestação sua condenando os atos de corrupção já desvendados, pedir o afastamento das hostes partidárias dos companheiros pegos na contravenção, ao contrário, suas manifestações públicas sempre são focadas na negação dos malfeitos e na crítica contundente aos órgãos responsáveis pela investigação.
Essa postura complacente com os malfeitos acirra as desconfianças de que, talvez, ele possa não ser inocente ou, na melhor das hipóteses, apenas ter sido um presidente descuidado que nada sabia e nada via do que acontecia ao seu redor.
Mesmo não sendo eleitor de Lula, considero extremamente negativa para a imagem externa do Brasil a ocorrência de qualquer indiciamento por corrupção de um ex-presidente da República. Mais por ser Lula, ex-retirante e líder sindical, que soube empolgar o coração e a mente de milhões de brasileiros nos pleitos eleitorais e na passagem pelo governo. Seria lamentável constatar que o líder político popular tenha sido vencido nos seus mais caros ideais, cooptado na sua essência pelas elites atrasadas e corruptas que historicamente sempre governaram esse país. Lula poderá se tornar um igual no imaginário da população brasileira, assim, frustrando os sonhos e a esperança de todos que, um dia, acreditaram nos seus discursos e nas suas boas intenções.
segunda-feira, 23 de novembro de 2015
ESCLARECIMENTOS SOBRE SUPRESSÃO DA VEGETAÇÃO NATIVA NO RS
CREA-RS : Publicado no site do CREA-RS, os esclarecimentos, abaixo, sobre a supressão da vegetação nativa para fins agrícolas.
“A supressão de vegetação nativa não é somente corte de vegetação arbórea, mas também alterar campo nativo com aração eu dessecação”, esclarece o Eng. Agr. Ivo Lessa, conselheiro do CREA-RS e presidente da Sargs. Segundo ele, semanas atrás foi noticiado na imprensa do Rio Grande do Sul que o Ibama notificou várias propriedades, principalmente na região da campanha do Bioma Pampa, por alterarem as características da vegetação nativa para introdução de lavouras cultivadas de clico estival.
De acordo com ele, cabe informar que esta ação tem respaldo legal, prevista no Código Florestal Federal de 2012 (Lei nº 12.651), em seu artigo 26. No caso do RS, se têm duas alternativas de Biomas: Bioma Mata Atlântica, cujo regramento é bastante difundido por Lei e Decreto Federal, e o Bioma Pampa que esta regrado pelo Decreto Estadual nº 52.431 de junho de 2015.
“A preocupação maior é com o avanço da fronteira agrícola para as regiões do Bioma Pampa, não que as áreas do Pampa estejam proibidas para conversão para lavoura, mas esta conversão precisa de autorização do órgão ambiental competente, no caso o Departamento de Biodiversidade da SEMA/RS”, informa Ivo Lessa.
Os profissionais lidam no dia-a-dia com os produtores rurais e podem contribuir para que novas notificações venham a ocorrer. “Façam o CAR das propriedades, localizem as áreas possíveis de uso alternativo e de uso com atividades pastoris”, alerta Eng. Lessa."
domingo, 22 de novembro de 2015
MÍDIA CHAPA BRANCA - VOCÊ SABE O QUE É?
blog do Jornalista Polibio Braga: Artigo, Percival Puggina - E agora, mídia chapa br...: Os leitores certamente leram os debochados textos com que alguns colunistas procuraram identificar os defensores do impeachment não apena...
quarta-feira, 11 de novembro de 2015
domingo, 1 de novembro de 2015
segunda-feira, 5 de outubro de 2015
segunda-feira, 28 de setembro de 2015
domingo, 27 de setembro de 2015
sábado, 29 de agosto de 2015
sexta-feira, 28 de agosto de 2015
ENERGIA LIMPA - O FUTURO
Energia limpa
O Brasil promove amanhã o seu primeiro grande leilão de energia solar. Serão disputados 341 empreendimentos numa potência total que equivale a uma usina de Belo Monte – 11 262 megawatts. Coisa de gente grande.
A grande favorita para vencer o leilão é a americana SunEdison, que entrou de forma discreta no mercado brasileiro e hoje em dia detém 16% da Renova Energia, a maior geradora de energia eólica do Brasil.
Por Lauro Jardim
segunda-feira, 24 de agosto de 2015
SITUAÇÃO DAS OBRAS DE ARTE NAS RODOVIAS, AVENIDAS E RUAS DO RIO GRANDE DO SUL
CREA-RS e TCE-RS realizarão fiscalização de Obras de Arte Especiais do Estado
Da esq.: Cezar Miola; Eng. Melvis Barrios Junior, presidente CREA-RS; e Eng. Marino
Créditos: Arquivo CREA-RS
Com o levantamento realizado pelo Tribunal de Contas do Estado (TCERS), apontando que as principais cidades gaúchas não mantinham planos detalhados de manutenção de suas pontes, viadutos, passarelas e túneis, o CREA-RS e o TCE-RS, assinaram, na segunda-feira (24), o Termo de Cooperação Técnica entre os órgãos para iniciar o projeto de fiscalização dessas estruturas. Inicialmente, de 08 de setembro a 30 de outubro, serão verificadas as obras de arte especiais em vários municípios onde foram detectadas as deficiências. “Esperamos que este convênio traga resultados efetivos, identificando estas obras e realizando a efetiva fiscalização. O trabalho que o CREA-RS está realizando será de muita importância para a população”, enfatizou o presidente do TCE, Cezar Miola. Também presente ao ato de assinatura o gerente de fiscalização do CREA-RS, Eng. Marino Greco.
O trabalho está ancorado no “Princípio do Risco Social”, constante na Decisão Normativa nº 95, de 24/08/2012 do Confea, que determina que a fiscalização de situações que possam colocar em risco grande número de pessoas ou bens deve ter prioridade sobre outras ações cuja abrangência seja menor. Inclui-se ainda a elaboração conjunta da cartilha de orientação aos municípios.
Fonte: http://www.crea-rs.org.br/site/index.php?p=ver-noticia&id=2569
segunda-feira, 10 de agosto de 2015
CONGRESSO BRASILEIRO DE AGRONOMIA
CREA-RS
Delegação gaúcha de Engenheiros Agrônomos participa do XXIX Congresso Brasileiro
A Defesa da Profissão e dos profissionais Engenheiros Agrônomos que, atuando na pesquisa, ensino e na extensão rural, foram fundamentais para o desenvolvimento da agricultura brasileira, hoje destaque mundial, destaca-se no II Encontro Nacional de Agronomia (ENA) e do XXIX Congresso Brasileiro de Agronomia (CBA), reunindo cerca de 300 Engenheiros Agrônomos de todo o Brasil em Foz do Iguaçu (PR) de 3 a 7 de agosto em Foz do Iguaçu (PR). Os eventos são promovidos pelo Sistema Confea/Crea e Mútua e pela Confederação dos Engenheiros Agrônomos do Brasil (Confaeab).
Na abertura do evento, o presidente do Confea, Eng. Civil José Tadeu, afirmou que o Encontro é uma oportunidade de reflexão sobre os problemas e a importância da Agronomia. José Tadeu destacou a legislação que rege a modalidade e não pode ser exercida indiscriminadamente para que a sociedade não corra riscos.
José Tadeu confessou que é grande a dificuldade de presidir um Conselho multiprofissional que reúne profissionais de nível médio e pleno: “conciliar é uma tarefa desafiadora”, reconhece. “Nós respondemos por boa parte do desenvolvimento e progresso do país. Engenharia e Agronomia são a base de tudo o que é relevante, a questão legal de nossas atividades”, disse o presidente do Confea, ao defender a atualização da legislação profissional. “Este encontro tem amparo legal. Uma vez ao ano temos que reunir cada modalidade para rever, aprimorar e atualizar as leis vigentes”, conclamou. “Foco: é disso que a Agronomia precisa no Brasil. O que é importante no conhecimento e como podemos contribuir para o país”.
Em nome do plenário do Confea, José Geraldo Baracuhy, coordenador do Congresso Técnico Científico (Contecc) - que terá uma segunda edição em setembro próximo, em Fortaleza (CE), quando da realização da 72ª Semana Oficial da Engenharia e da Agronomia –, anunciou que este ano perto de mil trabalhos devem ser inscritos. E revelando o destaque que a Agronomia vem recebendo, informou que “40% dos trabalhos são da área agronômica”. Para Baracuhy, “a Agronomia brasileira tem sido exemplo de pujança e crescimento para todo o mundo. Produzimos frutos que em sua grande maioria não são nativos de nossas terras, foram adaptados”.
Kleber Souza dos Santos, coordenador nacional das Câmaras de Agronomia, agradeceu “o empenho das lideranças para a realização do encontro”, além de reafirmar que a programação foi definida com base nas sugestões das próprias Câmaras Especializadas. Ao destacar a presença do presidente da Academia Brasileira de Ciências Agrárias, Kleber arrancou aplausos para Eudes Souza Leão que, com 95 anos, participa do ENA.
Responsabilidade técnica e ética – Na programação do II Encontro Nacional de Agronomia (ENA) a responsabilidade técnica e ética, e a formação dos profissionais são temas que permeiam palestras e painéis e geram expectativas, como a do professor José Barros da Silva, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte, e integrante da Câmara Especializada de Agronomia, do Crea-RN.
Barros está preocupado com a redução da carga horária e consequentemente das matérias que compõem a cadeira de Agronomia. “Essa realidade afeta a qualidade dos profissionais que estão em formação. O Engenheiro Agrônomo tem amplas atribuições e precisa se aprofundar nos temas. A redução da carga horária pode provocar um conhecimento superficial das ciências agronômicas”, alerta Barros.
A redução, segundo o professor, vem sendo tratada pelo Ministério da Educação e universidades federais. Barros concorda que a proliferação de cursos “precisa ser vista com cautela” porque nem sempre garante que os egressos possam receber as atribuições concedidas pelos Conselhos Regionais de Engenharia e Agronomia (Creas), que definem o que o profissional pode ou não executar em termos de atividade, com base no que estudou.
Barros também se preocupa com a atuação dos zootecnistas, que no Rio Grande do Norte praticam atribuições tradicionalmente reconhecidas como sendo dos Engenheiros Agrônomos. “No meu Estado, os zootecnistas podem se responsabilizar pela produção de produtos de origem animal, como o doce de leite, por exemplo, uma responsabilidade de Engenheiros Agrônomos e Engenheiros de Alimentos”, informa Barros.
Ensino a distância nos cursos de Agronomia é tema de palestra
Para ele, a questão do “sombreamento” – quando um profissional de uma modalidade atua em áreas de outra modalidade profissional –, “a solução pode ser encontrada por meio do diálogo entre todos os interessados”.
Informações da Equipe de Comunicação do Confea.
Fonte: CREA - RS
segunda-feira, 27 de julho de 2015
Compensação autorizada
Compensação autorizada
Por Lauro Jardim
Compensação autorizada
O Tribunal de Justiça de São Paulo deu razão a um recurso da Mecânica Industrial Centro contra Fazenda de São Paulo pelo uso de precatórios, os títulos de dívidas públicas, no pagamento de ICMS.
O desembargador Venicio Salles, relator da ação, entende que como o Estado não cumpre “há décadas” o pagamento de dívidas determinadas pela Justiça, deve-se conceder às empresas com causas ganhas a compensação com precatórios no pagamento do imposto.
O governo paulista deve cerca de 17 bilhões de reais em precatórios.
domingo, 5 de julho de 2015
A ENGENHARIA A SERVIÇO DA SAÚDE PÚBLICA
Obras no Hospital de Clínicas: soluções de engenharia reduzem impactos
Obras irão ampliar em cerca de 70% a área construída do complexo hospitalar
Créditos: Arquivo CREA-RS
Completando um ano e com conclusão prevista para novembro de 2017, as obras de ampliação do Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) utiliza diferentes soluções de engenharia construtiva, visando reduzir impactos ambientais nos prédios anexos, onde são atendidas 33% de todas as internações da rede pública do Estado. Conforme destacou em coletiva de imprensa, na manhã desta sexta-feira (03), o Engenheiro responsável pelas obras, Eng. Civ. Fernando Martins Pereira da Silva, que também é vice-presidente do CREA-RS, entre as tecnologias escolhidas foram utilizadas estacas em hélice contínua, que produzem menor perturbação sonora e de impacto, paredes diafragmas, que reduzem as interferências no lençol freático do terreno. “São escolhas pouco ortodoxas para termos uma obra num período curto, com segurança e menores impactos”, explicou.
O presidente do HCPA, Amarilio Vieira de Macedo Neto, e o Engenheiro Fernando Martins Pereira da Silva apresentaram o andamento do primeiro ano de obras no hospital
Itens como reaproveitamento da água da lavagem dos pneus dos caminhões, num sistema de lava-rodas que evitam que a sujeira do canteiro de obras chegue às vias públicas, e das sobras de concreto, que são utilizadas para fabricação dos meios-fios que irão compor o calçamento das áreas ampliadas, são outras ações que mitigam os impactos advindos da construção. A ampliação, que aumentará em cerca de 70% a área física da instituição, já está com 17% do cronograma concluído, seguindo em dia a previsão do trabalho. “Estamos priorizando as melhores técnicas de Engenharia para que tenhamos uma obra de qualidade, segurança e dentro dos prazos”, ressaltou o Engenheiro Fernando Martins Pereira da Silva.
Atrás dos tapumes entre a Rua Ramiro Barcelos e a Avenida Protásio Alves, área da ampliação, uma “mini cidade” foi construída para dar suporte aos trabalhadores e a gestão do projeto. De acordo com o Engenheiro, 17 edificações provisórias foram levantadas na área canteiro de obras. Para alimentação elétrica da obra, também foi necessária a instalação de uma subestação de energia.
Vice-presidente do CREA-RS, que é funcionário de carreira do HCPA, é o Engenheiro responsável pelas obras de ampliação do complexo hospitalar
Com 310 operários envolvidos na construção dos dois novos prédios do complexo hospitalar, a Segurança do Trabalho é outra preocupação da equipe do HCPA. O canteiro de obras é acompanhado por duas equipes de Engenharia de Segurança do Trabalho. Outro diferencial foi a licitação e contratação de uma empresa específica para o gerenciamento e a gestão da obra. Ela atua como se fosse uma auditoria, fiscalizando o cumprimento do cronograma e antevendo problemas. “É importante este controle para uma obra deste porte”, explicou o Engenheiro Fernando.
A questão econômica também foi sublinhada. A obra que tinha um custo inicial de cerca de R$ 408 milhões, através da Lei de Desoneração Fiscal da Folha de Pagamento, teve uma economia de em torno de R$ 11 milhões, sendo orçada a pouco mais de R$ 397 milhões. A construção está sob a responsabilidade do Consórcio Tratenge-Engeform, enquanto o gerenciamento e fiscalização ficam a cargo da Concremat Engenharia e Tecnologia S/A.
Os novos prédios – Denominados Anexo I e Anexo II, os novos prédios permitirão o aumento e a remodelagem de diversas áreas e a reorganização do fluxo de pacientes. Também haverá melhorias nos espaços de ensino e pesquisa. O Anexo I com 53.981 m² será composto de sete pavimentos e dois subsolos. O Anexo II, com 30.118 m², terá seis pavimentos e dois subsolos.
O que já foi feito – Já foram executadas as fases de escavação, execução das fundações e paredes diafragmas. Também se realizou a contenção do solo com tirantes em todo o perímetro da obra, para suportar a estrutura dos novos prédios e a fase de superestrutura dos anexos. Com a área de implantação escavada e a estrutura de contenção atirantada em sua plenitude, sobressaíram-se os serviços de fundação. Cerca de 700 estacas foram colocadas nas bases dos anexos e receberam blocos de concreto armado e os pilares do 2° subsolo. Também teve início em junho, a implantação de reservatórios de armazenagem de água e o serviço de execução das lajes do primeiro e segundo subsolos.
Números – 1,3 mil toneladas de aço consumida; 13 mil m³ de concreto utilizados (1,4 mil caminhões); 142 mil m³ de solo escavados; 700 estacas executadas para a consolidação da fundação dos edifícios; 17 edificações provisórias; 310 trabalhadores.
Fonte: HCPA |
Fonte: http://www.crea-rs.org.br/site/index.php?p=ver-noticia&id=2462
terça-feira, 30 de junho de 2015
CARNE BRASILEIRA NO MERCADO AMERICANO
29/06/15 - por Equipe BeefPoint
Decisão dos EUA abre mercado de carne bovina in natura para 13 estados e o DF
A ministra da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, Kátia Abreu, relacionou as 14 unidades da Federação que estão livres de febre aftosa com vacinação e que podem se habilitar para exportar carne bovina in natura aos Estados Unidos: Tocantins, Bahia, Distrito Federal, Espírito Santo, Goiás, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Minas Gerais, Paraná, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro, Rondônia, São Paulo e Sergipe.
A medida favorece a 95% da agroindústria exportadora brasileira. Agora caberá aos estados brasileiros e ao DF se habilitarem para a venda de carne in natura ao mercado norte americano.
“Temos que persistir obstinadamente em praticar uma defesa agropecuária de forma permanente. Vamos trabalhar para que o Brasil se situe entre os cinco países do mundo como referência agropecuária”, afirmou a ministra. “A presidenta Dilma Rousseff tem dado todo o apoio à defesa agropecuária e colocou seu peso político nas negociações com os Estados Unidos para alcançarmos essa posição”, disse Kátia Abreu.
A negociação foi concluída na segunda-feira em reunião ministerial com a participação da ministra Katia Abreu, nos Estados Unidos. A liberação do mercado norte americano é o resultado de mais uma articulação da presidente Dilma Rousseff na firme decisão de colocar seu peso político para que o governo Barack Obama liberasse a entrada de carne bovina in natura do Brasil no mercado norte-americano.
A expectativa da ministra é que, em cinco anos, o Brasil esteja exportando 100 mil toneladas de carne bovina para os Estados Unidos. Nos últimos 15 anos, os norte-americanos vinham negociando a compra de carne bovina in natura do Brasil.
A abertura do mercado ao produto brasileiro é uma sinalização importante para o setor agropecuário brasileiro. Na interpretação de Kátia Abreu, essa decisão do governo Barack Obama é como “ter uma senha” para o acesso a outros mercados. Isso tem efeito disseminador da qualidade da carne brasileira. “É o céu que se ilumina”, afirmou confiante a ministra Kátia Abreu, que ao longo do próximo semestre quer abrir novos mercados para a carne brasileira.
Fonte: Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento, adaptada pela Equipe BeefPoint.
domingo, 28 de junho de 2015
terça-feira, 23 de junho de 2015
CADASTRO RURAL AMBIENTAL É REGULAMENTADO DO RS
Decreto regulamenta o CAR e elimina dificuldades para agricultores
Sartori disse que, pelas características do território gaúcho, o decreto esclarece conceitos e define regras objetivas
Créditos: Luiz Chaves/Palácio Piratini
Decreto assinado pelo governador José Ivo Sartori estabelece regras para os imóveis localizados no Bioma Pampa e regulamenta o Cadastro Ambiental Rural (CAR). Com esta medida, que resulta de trabalho conjunto de técnicos das secretarias estaduais relacionados ao meio ambiente, à agricultura e pecuária e ao desenvolvimento rural, serão eliminadas dificuldades encontradas por agricultores no preenchimento do CAR, por causa da realidade diferenciada do Rio Grande do Sul - o único estado da federação a possuir o Bioma Pampa.
A assinatura do decreto, em solenidade no Salão Negrinho do Pastoreio do Palácio Piratini, nesta segunda-feira (22), contou com a participação da ministra da Agricultura e Abastecimento, Kátia Abreu. Sartori disse que, pelas características peculiares do território gaúcho, o decreto esclarece conceitos e define regras objetivas, oferecendo segurança jurídica para que os produtores possam regularizar suas propriedades. Destacou também o papel das entidades de classe e das prefeituras para que o Estado avance no ranking nacional do CAR e saia da última posição que ocupa.
Regramento
O Rio Grande do Sul tem aproximadamente 480 mil propriedades rurais. Deste total, apenas 16 mil estão cadastradas. O decreto, além de regrar a questão do Bioma Pampa, estabelece características e uso ambiental de banhados. Outro elemento importante do documento diz respeito às áreas protegidas nas propriedades, onde 80% serão de uso e 20%, de preservação.
"O CAR não deve ser visto como um ônus, mas sim como um bônus, pois se trata de uma tomografia computadorizada do território brasileiro. A expectativa do governo federal é de que haja uma espiral crescente no cadastro do Rio Grande do Sul, uma vez que o produtor ganha segurança para realizar o cadastro. É uma exigência do novo Cadastro Florestal e um pré-requisito para obtenção de crédito rural a partir de 2017", ponderou a ministra Kátia Abreu.
Segundo a secretária Ana Pellini, do Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, o CAR representa grande avanço para o licenciamento na área rural. "Além de trazer segurança aos proprietários, as informações prestadas serão utilizadas para definição de políticas públicas com vistas a melhorar a qualidade do meio ambiente rural", esclareceu.
De acordo com o secretário da Agricultura e Pecuária, Ernani Polo, o documento foi construído a partir de análise técnica dos profissionais das áreas envolvidas. "Chegamos a um bom termo, o que possibilita o enquadramento no CAR dos biomas típicos proeminentes do Estado, preservando as áreas ambientais. Procuramos proteger o meio ambiente e preservar a produção. Agora, vamos poder cumprir as metas de cadastramento junto ao Ministério do Meio Ambiente", salientou.
"O CAR é uma determinação federal, e o agricultor tem de cumprir, pois faz parte das ações de sustentabilidade, e isso é importante. A partir deste decreto, incluindo as características diferenciadas do Estado, buscaremos o equilíbrio da preservação da natureza com a produção de alimentos", avaliou o secretário do Desenvolvimento Rural e Cooperativismo, Tarcísio Minetto.
Para a Federação dos Trabalhadores na Agricultura (Fetag/Sul), com a vigência do decreto os sindicatos de trabalhadores rurais serão orientados a retomar as atividades que hoje estão suspensas. "Este decreto é bom para o produtor, pela segurança jurídica, e para o Estado, porque define regras claras", disse Carlos Joel da Silva, presidente da entidade.
O que é o CAR
Criado pela lei 12.651/2012, no âmbito do Sistema Nacional de Informações sobre o Meio Ambiente (Sinima), o CAR é uma base de dados estratégica para o controle, monitoramento e combate ao desmatamento das florestas e das demais vegetações nativas do Brasil. Também regula o planejamento ambiental e econômico de imóveis rurais.
O cadastro é um registro eletrônico obrigatório para todos os imóveis rurais, com a finalidade de integrar as informações ambientais referentes à situação das Áreas de Preservação Permanente (APP), das áreas de Reserva Legal, das florestas e dos remanescentes de vegetação nativa, das Áreas de Uso Restrito e das áreas consolidadas das propriedades e posses rurais do país.
Texto: Anamaria Bessil/Palácio Piratini Edição: Rui Felten/CCom
Fonte: http://www.crea-rs.org.br/site/index.php?p=ver-noticia&id=2433
segunda-feira, 22 de junho de 2015
sexta-feira, 12 de junho de 2015
domingo, 24 de maio de 2015
REFLEXÕES
A herança que o governo Sartori recebeu foi trágica, essa é a dura verdade que os gaúchos precisam admitir e enfrentar. O PDS (PP), PDT, PT, PMDB, PSDB, PT (nessa ordem) governaram o Estado e nenhum deles enfrentou com a devida tenacidade e determinação a questão estrutural das finanças públicas, que inviabilizam a governabilidade e o desenvolvimento indutor do governo do Estado.
O governador Satori tem a oportunidade histórica de fazer a diferença, extinguindo estatais e fundações deficitárias e, hoje, desnecessárias; reduzir o número de secretarias, rever privilégios nas aposentadorias; reordenar e revisar a capacidade física e operacional da rede escolar estadual e dos espaços ocupados pelas demais repartições publicas, hoje, há escolas demais, matrículas de menos por sala de aula e professores, ou insuficientes ou mal distribuídos, além de ociosidade de ocupação de prédios próprios e alugados.
Todos os partidos que governaram o Rio Grande do Sul são co-responsáveis pela dificuldades de hoje, portanto, deverão, também, exercer o protagonismo nas medidas que devolvam ao estado a capacidade de investir e ser agente do desenvolvimento sustentável. A guerra política não pode continuar engessando a governança do Estado e o aparelhamento partidário não pode se impor ao interesse público.
O governador José Ivo Sartori pode ser o condutor dessa inflexão para um novo modelo de relacionamento político e de reversão desse quadro econômico-financeiro dramático.
sábado, 23 de maio de 2015
segunda-feira, 30 de março de 2015
POSSÍVEIS IMPACTOS DA REDUÇÃO DO FIES
Por Bárbara Libório - iG São Paulo
"Pressionados por perdas com o Fies, grupos de ensino buscam fusões e aquisições
Camila Pessoa/Divulgação
Grupo Ser Educacional adquiriu faculdade no Rio de Janeiro e fortalece expansão para o Sudeste
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As mudanças regulatórias do Fundo de Financiamento Estudantil (Fies) promovidas pelo Ministério da Educação (MEC) no final de 2014 deixaram muitas instituições de ensino superior privado preocupadas e impactadas. O setor, no entanto, não está paralisado e, depois do choque de realidade, dá início a uma nova série de fusões e aquisições.
No último mês, três operações foram anunciadas: a aquisição de duas faculdades e um colégio do litoral Norte de São Paulo pela Cruzeiro do Sul Educacional; a volta do fundo de investimento Advent (grande responsável pelo crescimento do grupo Kroton no País) ao mercado de educação, com a compra da Faculdade da Serra Gaúcha (FSG), em Caxias do Sul; e a compra do Centro Universitário Bennet, no Rio de Janeiro, pela Ser Educacional, que no ano passado adquiriu a Universidade Guarulhos, em São Paulo.
Para Marcos Boscolo, sócio da KPMG no Brasil para a área de educação, a reação do mercado vem da necessidade de mostrar força aos investidores. "Se a oportunidade do Fies foi reduzida, tenho de crescer de forma orgânica, ou aumentar minha base de alunos. Parte desse movimento são respostas dos grandes grupos dizendo 'eu reduzi a base de alunos do Fies, mas, em contrapartida, vou expandir meu negócio via aquisição para retomar o crescimento", explica.
A partir deste ano, para ter acesso ao Fies, os alunos precisam ter nota mínima de 450 pontos no Enem. Também houve uma mudança no esquema de repasses e recompras do FNDE (órgão ligado ao Ministério da Educação) às instituições de ensino - serão 8 parcelas, em vez de 12. Além disso, as faculdades com notas 4 e 5 no MEC terão prioridade para novos contratos.
Leia mais: Governo revisará todos os contratos do Fies
Segundo Carlos Monteiro, da CM Consultoria, enquanto as instituições que criaram uma grande dependência do FIES vivem um momento de crise, os private equitys (empresas que compram empresas menores, melhoram seus indicadores e as vendem valorizadas) interessados em investir no setor e as grandes redes de ensino com dinheiro em caixa enxergam no período boas oportunidades. "As instituições pequenas têm dois caminhos: ou elas fazem um arranjo institucional e começam a pensar em um tipo de organização em rede para criarem musculatura e enfrentar o mercado ou vão ser vendidas", diz.
A Advent, que em 2009 comprou parte do grupo de ensino Kroton e viu o número de alunos da rede se multiplicar 25 vezes, já anunciou que a aquisição da FSG é a primeira de uma série. Há pelo menos outras seis em negociação em andamento nas regiões Sudeste, Norte e Nordeste e uma delas deve ser fechada ainda este ano.
"A posição é parecida com a que tivemos na Kroton. Há duas avenidas de crescimento. Vamos investir em ampliação dos cursos nas unidades atuais e a construção de um novo campus, já que queremos dobrar o número de alunos em três ou quatro alunos. Mas também teremos outras aquisições. No Rio Grande do Sul, estamos olhando instituições menores com pelo menos mil alunos, e fora do Estado, instituições que tenham perfis de qualidade e liderança na região e ao menos três mil alunos", conta Newton Maia, diretor da Advent em São Paulo.
"Os fundos de private equity entram em um negócio sem pensar em se eternizar nele. Diversos fundos já saíram do investimento com muito lucro. Eles realizam os lucros e procuram um novo negócio. A Advent agora tem um novo ciclo e outras organizações financeiras também estão vendo isso. É um movimento cíclico", afirma Monteiro.Segundo Maia, depois do aporte na FSG e da aquisição de outras instituições, a ideia é formar um grupo de educação que "não será do tamanho da Kroton, mas com qualidade acima da média". A Advent vendeu sua participação na Kroton há um ano e meio – à época do investimento, em 2009, o grupo valia R$ 400 milhões; hoje, vale cerca de R$ 18 bilhões.
Segundo dados da empresa Transactional Track Record (TTR), que monitora operações de fusões e aquisições, em 2014 foram celebradas 36 operações de compra de ativos, formação de joint ventures e fusões no setor de educação (9 delas incluíram empresas estrangeiras). Este ano, já aconteceram seis.
De acordo com estudo da KPMG, 2007 foi o ano em que houve mais operações no mercado educacional (57).
Valores podem cair, mas operações não serão pequenas
Ainda é difícil prever se as operações serão maiores ou menores do que as que ocorreram nos últimos anos. O iG apurou que a Advent está investindo R$ 500 milhões nas novas aquisições – o investimento inicial na Kroton foi de R$ R$ 280 milhões. Mas, segundo Carlos Monteiro, o valor por aluno caiu. "O preço que a Advent pagou por aluno na serra gaúcha é menor do que o praticado no segundo semestre do ano passado. O que vemos no mercado é uma queda de preço, mas não sabemos se essa queda representa uma tendência. Vai depender da reação do mercado e do Fies", diz Monteiro.
Para Boscolo, o que veremos em 2015 são fusões e aquisições de empresas de médio e grande porte. "Não compensa para um grupo que tem 60 mil alunos comprar uma instituição de 3 mil. O investimento em adaptação de currículo e outras coisas é maior que o retorno. Eu imagino que operações maiores vão acontecer e o movimento de operações dessas menores não será grande", afirma.
Segundo ele, o cenário de operações a curto prazo pode surpreender. "Temos menos ativos disponíveis, e grandes grupos que não se mexem. Sempre ouço falar que tem muitas companhias abertas em educação e concordo. Acho que podemos ver a fusão de algumas."
Mas isso não quer dizer que as pequenas instituições não estejam interessadas em fazer negócio. As mudanças no Fies deixaram muitas delas com o caixa apertado. Segundo Maia, depois das alterações, muitas faculdades se abriram para negociações.
"Se o Fies diminuir e os agentes financeiros privados continuarem a privilegiar as grandes redes com convênios milionários, não vai sobrar dinheiro para as pequenas. Sem poder financiar os alunos, muitos alunos irão para as grandes instituições e as pequenas vão começar uma guerra de preços", especula Monteiro.
Para Boscolo, as instituições menores terão dificuldades em encontrar compradores que paguem o que elas pedem. "O que eu vejo é que pode ocorrer um movimento de fusão das pequenas faculdades. Se eu tenho quatro mil alunos e você tem três mil alunos, vamos fazer um negócio de sete mil."
Mudanças no Fies deixam cenário mais real
Apesar das alterações do MEC terem sido vistas por muitos como um banho de água fria, Monteiro acredita que o atual cenário deixa as projeções mais reais. "O Fies, de 2010 a 2014, foi uma bolha que cresceu muito. Todo mundo adorou, mas não era um círculo magico, ele foi até o momento que o governo tinha dinheiro no caixa. Todas as instituições que planejaram a expansão com base no programa estão hoje impactadas. Agora, vamos ter um movimento mais organizado, um portfólio mais ampliado."
"Sempre é preciso tomar cuidado ao projetar crescimento em algo regulatório que, se mudar do nada, você vai ter um baque. Agora as projeções se tornam realistas e devemos ver uma recuperação no valor das ações de empresas de capital aberto", concorda Boscolo.
Para o sócio da KPMG, o setor educacional no Brasil ainda é muito atrativo. "O mercado ainda é muito rentável. Com a pressão do mercado ao governo, acho que eles vão entender que não estão tão bem para ganhar mais um inimigo, então acho que o governo vai rever as medidas e dar algum incentivo."
A Advent não tem dúvidas de que o mercado ainda pode crescer. "Achamos que é um setor que tem baixa penetração, porque o percentual de pessoas adultas com ensino superior é baixo e as empresas valorizam muito o diploma universitário. E o Brasil teve uma explosão de universidades e, especialmente em um momento, desse com mudança regulatória e aperto de cinto, faz sentido ganhar escala, ter uma musculatura maior, então tem possibilidade de aquisição", diz Maia.
Grupos educacionais internacionais podem entrar no mercado
Segundo Boscolo, algo que não pode ser descartado é a entrada de grupos educaionais internacionais no setor. "Já houve a compra da FMU pela rede americana Laureate [que é dona da Anhembi Morumbi, e outros grupos fortes fora do País continuam prospectando no Brasil", conta.
Ele diz que, caso um grande grupo estrangeiro entre no mercado, não deve ser para fazer pequenos negócios. "Se eles entrarem, vão entrar para comprar ativos grandes."
Fonte: http://economia.ig.com.br/2015-03-30/
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