Na semana passada assisti a entrevista do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, concedida à TV Brasil (programa 3 a 1). O texto que transcrevo abaixo foi publicado pela Agência Brasil. Os questionamentos abordaram questões atuais e ações do seu governo, que vão das privatizações das teles à escolha dos candidatos às próximas eleições presidenciais.
Na entrevista, o ex-presidente defendeu a criação de uma estratégia para os próximos 20 anos no país, levando em conta que o crescimento da economia vai cair, por causa da escassez de crédito provocada pela crise financeira internacional e da necessidade de realizações na área social. Dentro do quadro atual, no entanto, o ex-presidente considera que o Brasil "tem condições de olhar para a frente" e de superar as dificuldades e que deve haver "grandeza da parte de quem está no comando do país", para transmitir à população "crença nas possibilidades, infundindo o sentimento de confiança de que tudo pode melhorar".
Também lembrou que o PT fazia "oposição negativa" a seu governo, e disse que não quer "que a oposição faça o mesmo". Negou que os partidos fora da base aliada estejam sabotando o governo reiterando que "não se deve cair no sentimento de quanto pior melhor, porque uma coisa é o Parlamento, outra é o interesse nacional."
Afirmou que o processo de privatização das companhias telefônicas foi transparente através de leilão, onde o governo fez o máximo esforço para ampliar o número de participantes nos processos licitatórios com o propósito de aumentar a competição e, por conseguinte, o valor de venda das estatais e também permitiu que uma empresa participasse de mais de um leilão. Medida esta necessária para evitar a concentração dos serviços em poucas empresas, contrariando a orientação que adota o atual governo que permite a concentração, como é o caso recente da BrasilTelecom – OI, que receberam o aval para a fusão.
Afirmou que torce para que tudo dê certo, porque ama o Brasil – pensar diferente é deixar de ver o sofrimento do povo. Para ele, engana-se quem sabota pensando "que vai colher frutos mais adiante, pois isso não é certo". Apontou, também, como problema "da maior gravidade" a segurança pública no país, afetada pelo sentimento de impunidade, que alicia mais criminosos, por causa da demora no julgamento de processos. Entre as questões que precisam da atenção do próximo presidente da República, citou ainda o meio ambiente e a educação.
Quanto à sucessão presidencial disse que, no momento, os governistas não têm "um nome com consistência política e eleitoral para se candidatar em 2010." Ressaltando que não é "ingênuo ou irrealista a ponto de não considerar que o governo possa ter resultados", pois quem está no poder ganha vantagens com isso numa eleição.
Afirmou que o PSDB tem nomes fortes para a sucessão presidencial, citando os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. Embora tenha elogiado os dois, destacou que Serra estaria "mais bem preparado". Para o ex-presidente, a escolha do candidato do PSDB terá que ser por consenso. Ele disse ainda que não critica as alianças feitas pelo governo Lula, embora defenda que os acordos sejam fechados antes da eleição. E completou, lembrando que governou com o PMDB, assim como acontece com o presidente Lula.
Fonte: Agência Brasil
Na entrevista, o ex-presidente defendeu a criação de uma estratégia para os próximos 20 anos no país, levando em conta que o crescimento da economia vai cair, por causa da escassez de crédito provocada pela crise financeira internacional e da necessidade de realizações na área social. Dentro do quadro atual, no entanto, o ex-presidente considera que o Brasil "tem condições de olhar para a frente" e de superar as dificuldades e que deve haver "grandeza da parte de quem está no comando do país", para transmitir à população "crença nas possibilidades, infundindo o sentimento de confiança de que tudo pode melhorar".
Também lembrou que o PT fazia "oposição negativa" a seu governo, e disse que não quer "que a oposição faça o mesmo". Negou que os partidos fora da base aliada estejam sabotando o governo reiterando que "não se deve cair no sentimento de quanto pior melhor, porque uma coisa é o Parlamento, outra é o interesse nacional."
Afirmou que o processo de privatização das companhias telefônicas foi transparente através de leilão, onde o governo fez o máximo esforço para ampliar o número de participantes nos processos licitatórios com o propósito de aumentar a competição e, por conseguinte, o valor de venda das estatais e também permitiu que uma empresa participasse de mais de um leilão. Medida esta necessária para evitar a concentração dos serviços em poucas empresas, contrariando a orientação que adota o atual governo que permite a concentração, como é o caso recente da BrasilTelecom – OI, que receberam o aval para a fusão.
Afirmou que torce para que tudo dê certo, porque ama o Brasil – pensar diferente é deixar de ver o sofrimento do povo. Para ele, engana-se quem sabota pensando "que vai colher frutos mais adiante, pois isso não é certo". Apontou, também, como problema "da maior gravidade" a segurança pública no país, afetada pelo sentimento de impunidade, que alicia mais criminosos, por causa da demora no julgamento de processos. Entre as questões que precisam da atenção do próximo presidente da República, citou ainda o meio ambiente e a educação.
Quanto à sucessão presidencial disse que, no momento, os governistas não têm "um nome com consistência política e eleitoral para se candidatar em 2010." Ressaltando que não é "ingênuo ou irrealista a ponto de não considerar que o governo possa ter resultados", pois quem está no poder ganha vantagens com isso numa eleição.
Afirmou que o PSDB tem nomes fortes para a sucessão presidencial, citando os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves. Embora tenha elogiado os dois, destacou que Serra estaria "mais bem preparado". Para o ex-presidente, a escolha do candidato do PSDB terá que ser por consenso. Ele disse ainda que não critica as alianças feitas pelo governo Lula, embora defenda que os acordos sejam fechados antes da eleição. E completou, lembrando que governou com o PMDB, assim como acontece com o presidente Lula.
Fonte: Agência Brasil
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