Nesta sexta-feira, em artigo postado num dos blogues que costumo ler, entre tantos outros da esquerda para a direita e vice versa, ponto e contraponto, um texto chamou-me a atenção pela simplicidade e ao mesmo tempo pela profundidade da análise, que remete a conclusão sobre crise de identidade que vivem nossos partidos: todos os partidos são iguais perante ao erário público.
Todos desviam recursos públicos para as campanhas políticas, direta ou indiretamente, através de fornecedores e prestadores de serviços.
Muitos vão além, desviam dinheiro público para formar, ampliar patrimônios privados próprios, dos familiares, parceiros ou de aliados.
Não há mais esperanças de que haja mudanças no comportamento da classe política, enquanto os eleitores fizerem suas escolhas baseados em critérios subjetivos de amizade, simpatia midiática, compadrio, troca de favores e não pelo caráter e comprometimento social dos eleitos.
Reinaldo Azevedo é um jornalista polêmico, contestado por muitos e admirado por outros tantos. Mas é inegável que muitas de suas reflexões e análises são de difícil contestação. Como é o caso do trecho que retiro de sua postagem, Por que o Brasil é um dos países corruptos do mundo?, publicada no site, conforme link abaixo:
"Não há sistema bom que resista intacto a homens maus. A qualidade individual dos políticos certamente faz a diferença. Isso não significa, no entanto, que o nosso sistema seja virtuoso. Muito pelo contrário. Estamos assistindo à falência moral de um jeito de organização de poder. E não se enganem: será disso para pior! Ainda que o Cachoeira da hora seja tirado de circulação e que seu esquema desmorone, será substituído por outro enquanto as regras forem as que estão aí. O sistema partidário está caduco. As legendas se juntam por causa do tempo de televisão e se mantêm unidas ou se separam a depender da fatia do estado que lhes é dado controlar. No comando de áreas da administração, de estatais ou de autarquias, ocupam-se de roubar o dinheiro público para fazer caixa para o partido — sem contar, obviamente, os que se dedicam ao enriquecimento pessoal."
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