quinta-feira, 26 de novembro de 2009

A terceira idade requer políticas públicas mais abrangentes


Na última terça-feira, 24, o site do Políbio Braga publicou notícia dando conta de que uma  empresa de engenharia - a GC Engenharia, decidiu construir um prédio com apart-hotel destinado a usuários da terceira idade, configurado para alojar as pessoas que tenham dificuldades motoras.


Os investidores já identificaram um novo nicho de mercado na capital gaúcha, onde residem contingentes populacionais expressivos de pessoas que, aposentadas, detêm padrão de renda compatível para consumir  estes apartamentos. No entanto, preocupam-me aqueles que dependem de minguadas aposentadoria para sobreviver, aqueles que não dispõem de apoio familiar para atender suas necessidades de mobilidade, alimentação adequada, cuidados com a saúde... enfim, envelhecer com qualidade de vida.


Serão 40 unidades. Os apartamentos terão 40 m² em média, compreendendo quarto, pequena sala, cozinha e banheiro. O apart será todo configurado para atender a público que demonstre apenas uma das dependências típicas, a chamada primeira dependência, a da dificuldade motora (movimentação).


Há muito tempo venho constatando a urgência de que o poder público, especialmente no âmbito dos municípios, amplie as políticas públicas de apoio integral aos idosos, nos moldes das que já existem para a infância, pois os idosos, na medida que avançam no tempo, demandam cuidados especiais inversamente ao que ocorrem com as nossas crianças que, a medida que crescem, tornam-se cada vez mais independentes.


Ontem, no meu trabalho, recebi a visita do prefeito de Fontoura Xavier, José Flávio Godoy da Rosa, que se fazia acompanhar da secretária de Saúde e do médico Jair Paula da Paz, diretor-presidente do Instituto de Geriatria e Gerontologia, IGG-JPP. Após tratar dos assuntos da educação profissional, tive a curiosidade de saber sobre o trabalho desenvolvido pelo Instituto. Um grata surpresa, pois o médico fez um relato das atividades da organização que mantém casas de atendimento, às suas expensas, nos municípios de Fontoura Xavier, Soledade e Victor Graeff.


Trata-se de uma obra social destinada à prestação de assistência geriátrica aos idosos,   com o propósito de promover a prevenção e controle de doenças, nutrição adequada, orientação psicológica e outras atividades necessárias à melhoria da qualidade de vida dos nossos avós e bisavós que, para a alegria de todos, crescem significativamente, na idade e na quantidade, a cada censo demográfico do IBGE.


Um exemplo a ser seguido e apoiado por todos. Em breve pretendo conhecer a instituição cujo relato das ações que realiza muito me sensibilizou.

2 comentários:

Prof.Ms. João Paulo de Oliveira disse...

Prezado Vulmar Leite:
Muito oportuna sua iniciativa de tornar de domínio público a obra social, destinada a pessoas da terceira idade, desenvolvida pelo Institulo de Geriatria e Gerontologia. sob a direção do Dr Jair Paula da Paz! Oxalá, obras sociais deste porte, se tornem um fato em todos os municípios da nossa amada Pátria, porque dados do IBGE confirmar o aumento significativo de pessoas com mais de 65 anos. Urge a necessidade de políticas públicas eficazes para esta parcela já preponderante da população.
Até breve...
João Paulo de Oliveira
Diadema-SP

Day disse...

Isso é um problema muito mais sério do que se pensa. E não é de política pública. É de super população de idosos...na Europa já acontece, aqui no Brasil a previsão é de que em 20 anos teremos mais idosos que jovens...o Brasil assegura políticas públicas para a 3ª idade, está longe de ser boa, vai, no máximo, de regular a nojento, mas ainda assim há, o que não se vê em outros países de 3ºmundo e mesmo de 1º. E mais, o problema é que o número de filhos diminui a cada ano e, assim, não teremos força de trabalho suficiente para manter a previdência social, que hj já tem um déficit bilionário...como manteremos um país de velhos?
Precisamos é uma "política pública", então, de incentivo à poupança, quem sabe uma espécie de fundo descontado do salário de cada trabalhador para que ele só possa usar depois de se aposentar, não sei, é preciso ideias novas para o problema que está aumentando cada dia mais.
Chega de país paternalista, é preciso ensinar jovens e velhos a pensar e agir e fazer por si próprios.