Considero que a democracia é a melhor via para todo e qualquer país. Defendi isso a vida inteira e sou capaz de me sacrificar para preservá-la. Em um estado democrático, todas as vozes detêm (e devem) ter o direito de ser ouvidas, de se expressar, mas limites devem ser observados.
Hoje o Sindicato dos Professores (CPERS) - acompanhado de políticos do PSOL - ao promover um protesto contra a Governadora em frente a sua residência, agiu de forma abusiva. Porque o protesto não foi direcionado à Governadora Yeda Crusius. Ele pretendeu atingir a mulher, mãe e avó, que estava em casa cedo da manhã, provavelmente tomando café com seus netos. E atingiu, também, os moradores vizinhos, que nada tinham com o imbróglio que se formou. A situação que se gerou evidenciou que a rixa do Sindicato dos Professores com Yeda Crusius parece ser pessoal ou, pior, tratou-se de uma manobra política de efeito. Será que as pessoas que foram protestar em frente a casa da Governadora não pretendiam que ocorresse exatamente o que ocorreu? Que a Brigada Militar fosse chamada e, diante da provocação dos manifestantes (e tenho certeza que professores no evento eram minoria) reagissem, ou seja, usassem meios coercitivos para tanto, inclusive detenção? Será que a intenção não era criar uma imagem de vítima para o Sindicato, que luta por uma categoria menosprezada e tratada de forma brutal? Não fosse assim, a Presidente do Sindicato não teria esboçado um sorriso ao ser encaminhada ao camburão da Brigada Militar, como pude observar nas imagens patéticas que se multiplicam na internet.
Ora, se a luta efetivamente tivesse a intenção de clamar para a constituição de uma CPI que vise apurar supostas irregularidades ou, ainda, para chamar atenção para a precariedade da educação e salário dos professores, a Presidente do CPERS e os políticos do PSOL teriam ido em busca da Governadora do Estado e dirigido sua manifestação no local onde ela exerce seus poderes, ou seja, no Palácio Piratini ou Centro Administrativo.
Na minha opinião, os manifestantes que estiveram em frente à casa da Governadora hoje não praticaram um ato de protesto. Praticaram uma agressão. Numa democracia, a liberdade de expressão deve ser plena, mas não abusiva e, se há excessos ou invasão de privacidade, é preciso medidas firmes para coibir. Caso contrário, deixa de ser democracia e vira uma anarquia.
Um comentário:
Boa noite, Vulmar!
Foi um prazer recebe-lo em meu blog. Muito obrigado. Retribuindo a visita, tornei-me seguidor do seu blog. Ficaria honrado em tê-lo no meu.
Um forte abraço...
Edward de Souza
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