quinta-feira, 12 de junho de 2014

DEFESA SANITÁRIA AGROPECUÁRIA - O SERVIÇO ESTADUAL

O serviço estadual de inspeção sanitária nos estabelecimentos que abatem bovinos, ovinos, suínos e aves é de responsabilidade da Secretaria Estadual da Agricultura, Pecuária, Pesca


Em Santiago, esse serviço está afeto à Inspetoria de Defesa Agropecuária, que cuida da sanidade e da circulação dos rebanhos no município e também realiza a inspeção do abate nos dois frigoríficos locais, Bela União e Sagrilo RM. A chefia da referida Inspetoria é do médico veterinário Gilberto Guerin (foto), que é também o técnico responsável pelo controle e fiscalização do abate de animais, atividade que realiza há mais de 20 anos. Trata-se, portanto de um profissional experiente, capacitado e de inquestionável seriedade na execução de sua missão institucional, constituindo-se no guardião da qualidade e sanidade dos animais destinados ao abate nos frigoríficos locais, desde a saída da porteira da fazenda até a porta de entrada nos açougues, mercados e supermercados da nossa terra. A partir daí, cessa a responsabilidade fiscal da Secretaria da Agricultura e passa a ser de responsabilidade dos serviços municipais ou estaduais de vigilância sanitária.

No interior dos estabelecimentos comerciais, que são licenciados pelo município para manipular e fatiar as carcaças, fazer a desossa, embalar  e industrializar carnes e vísceras comercializáveis e fazê-las chegar até a mesa do consumidor, a fiscalização sanitária é de responsabilidade dos serviços de vigilância sanitária da Secretaria Estadual da Saúde, via de regra, essas funções são delegadas aos municípios, quando já ocorreram os processos de municipalização da saúde, como é o caso de Santiago.
 
Conversei com o chefe da Inspetoria de Defesa Sanitária de Santiago, médico veterinário Gilberto Guerin, que gentilmente informou-me sobre as atividades que desenvolve junto aos abatedouros locais, a fim de garantir a entrega de carne saudável na porta dos estabelecimentos comerciais que possuem serviços de açougues e fiambrerias, para venda de carne in natura, linguiças, cortes especias embalados para venda direta aos consumidores de Santiago e Estado.

Os animais são examinados clinicamente na mangueira, no dia do abate, para verificar se não há presença de sintomas de doenças infectocontagiosas e se estão aptos para serem abatidos. Após, é feito o abate e as carcaças e vísceras são examinadas para verificação da existência de doenças e parasitoses internas, que podem condenar ou aprovar, total ou parcialmente, todas as partes comercializáveis para a emissão do certificado de sanidade. As peças aprovadas, carcaça, rins, coração e fígado, são encaminhadas à câmara fria, permanecendo refrigeradas para maturação durante 24 horas. As demais partes, cabeça, ossos, cartilagens, mondongo, sangue, tripas, etc. são descartadas para a graxeira e, no mesmo dia, são recolhidas pela empresa Faros - Indústria de Farinha de Ossos Ltda. Somente o couro pode ser retido no Frigorifico, desde que haja instalação adequada para a salga e coleta dos resíduos resultantes do processo de preparação para comercialização.

O cenário da inspeção sanitária em Santiago deverá mudar a partir da entrada em vigor da Lei Municipal que criou o SIM - Serviço de Inspeção Municipal, onde o Estado e o Município redefinirão suas atuais atribuições.

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