sábado, 14 de junho de 2014

O CENÁRIO ELEITORAL PARA 2016 - CONSIDERAÇÕES

Bem antes de se definir o quadro eleitoral de 2014 que vai eleger o presidente da República, governador do Estado, um senador, deputados federais e estaduais, os partidos políticos começam a pensar em suas estratégias eleitorais para 2016. Cedo, pode ser, mas há muitas apostas que poderão não se materializar ou esvair-se com o vento norte que varre a nossa cidade nos meses de primavera, a partir dos resultados das eleições gerais. Aguardemos, pois, as mudanças de sentido das brisas a partir de outubro e novembro do corrente.

De qualquer maneira, sempre é bom fazer algumas previsões, especulações e reflexões que podem não se confirmar no futuro, mas que contribuirão por certo para quebrar os grilhões que mantêm aprisionados a maioria dos santiaguenses aos ditames fisiológicos de uma única sigla partidária. 

A hegemonia do pensamento político local é dominada por alguns grupos de influência e por porta-vozes autorizados ou não, que conduzem, selecionam e publicam notícias, comentários e informações consumidas pela população através de veiculação nas emissoras de rádio, jornais, blogs, sites e, mais recentemente, através das mídias sociais. Não há contraponto e análises críticas sobre a esmagadora maioria dos temas abordados, exceto algumas escaramuças nas mídias sociais decorrentes de posições pessoais e individuais que livremente se manifestam, sem qualquer articulação entre si. Fica muito fácil, portanto, manter a população santiaguense controlada e domesticada nos seus processos de decisão quando se travam os pleitos eleitorais, agregando-se a isso a cultura do medo que se constitui no uso abusivo do poder institucional para ameaçar, suspender, interromper, conceder benefícios e serviços públicos essenciais, caso não sigam a orientação eleitoral prescrita pelos detentores do poder.

Os partidos de oposição locais sofrem as consequências diretas desse processo secular de dominação política, apenas em duas oportunidades conseguiram romper o continuísmo conservador, o que significa que as táticas e estratégias oposicionistas não foram competentes para se manterem no poder.Também é preciso reconhecer essa verdade!

Hoje há uma nova realidade em Santiago que não pode ser desconsiderada por ninguém que tenha o mínimo de bom senso. A primeira questão é a mudança do perfil sócio-econômico e cultural da população santiaguense, que aponta para o uso de argumentos, metodologia de escolha de candidatos e de propostas de campanha condizentes com o nível de escolaridade e de exigências da população. São milhares de profissionais com formação universitária, nas diferentes áreas do conhecimento, que atuam e residem em Santiago, oriundos de todos os extratos sociais, teoricamente, com competências e habilidades para pensar, agir, decidir e fazer suas escolhas de forma autônoma e independente, além de influir decisivamente na formação de opiniões e consensos coletivos sobre as diversas questões do cotidiano da nossa terra. Outras segmentos sociais organizados conquistaram autonomia e são capazes de assumir posições e papéis com altivez e independência, como é caso dos sindicatos, associações de classes e das entidades sociais e econômicas.

Por outro lado, algumas entidades que ainda não sucumbiram pelo uso partidário, como foram os casos (no passado) das cooperativas (Tritícola e Rural), agora terão muitas dificuldades de convencer os eleitores santiaguenses de que seus patrocinados não irão colocar em risco a sobrevivência das instituições de interesse comunitário a que são vinculados.

É dentro desses parâmetros de observação que pretendo analisar, modestamente, os nomes já divulgados ou não e as oportunidades dos partidos locais, em 2016.

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