domingo, 27 de setembro de 2009

Serra e Aécio fazem pacto para as eleições de 2010

No quarto encontro nacional do PSDB, realizado nesta semana, em Natal (RN), além da apresentação de propostas para a educação brasileira e inclusão social, a serem discutidas na próxima campanha eleitoral pelos tucanos, o que permeou, fortemente, foi a questão política, especialmente a escolha do candidato presidencial.

Abaixo, reproduzo trechos do artigo da jornalista Christiane Samarco, publicado no site Estadao.com.br:

Os dois pré-candidatos do PSDB à Presidência da República, os governadores de São Paulo, José Serra, e de Minas Gerais, Aécio Neves, montaram uma ofensiva conjunta para resistir à pressão da cúpula do partido para antecipar a definição de quem disputará o comando do Planalto em 2010.

O PSDB tem pressa de apresentar seu presidenciável ao eleitor e pressiona Serra para assumir logo que postula a cadeira do presidente Lula em 2010. Para driblar dirigentes nacionais e estaduais que querem forçar uma definição em outubro, Serra e Aécio decidiram reagir e fincar pé no cronograma inicial.


Cada um movido por suas próprias conveniências políticas, ambos trabalham para que a escolha se dê apenas em dezembro. "Tenho conversado muito com o Serra. Temos uma estratégia comum e estamos muito afinados", afirmou Aécio, destacando que os dois se falam "várias vezes por semana por telefone".

"A angústia de escolher um candidato é muito mais do Palácio do Planalto do que dos Bandeirantes e do Palácio da Liberdade", discursou Aécio. "Quem tem pressa é o governo, nós, da oposição, não temos", concordou Serra.

Nenhum dos dois quis assumir a candidatura, mas ambos se comportaram como candidatos em campanha ontem. Serra lembrou que não estarão em jogo no pleito de 2010 "as administrações atual e passada".


"O candidato a presidente no próximo ano não será Fernando Henrique Cardoso nem Lula. O candidato tem de ser eleito pelo que fez, pelo que faz e pelo que pretende fazer no País. O que estará em disputa é o futuro, é o que o Brasil precisa ser mais adiante e não ser vítima de uma irresponsabilidade do presente", frisou Serra.


Em defesa da tese de deixar a escolha do candidato tucano para dezembro, lembrou que a tarefa de ambos é governar Minas e São Paulo, que reúnem um terço da população brasileira e representam 43% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. "Não se governa fazendo campanha", insistiu Serra. E disse que ele e Aécio fazem política, mas sem pressa.


O mineiro ponderou que, diferentemente das queixas de alguns, nenhuma negociação de aliança nos Estados está parada. "Há uma convergência absoluta entre nós. Não existe Estado brasileiro em que eu defenda que a aliança deva ser para um lado e Serra, para outro", afirmou, na tentativa de mostrar que a formação dos palanques estaduais tem avançado sem problemas.

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