sexta-feira, 11 de dezembro de 2009

Aquecimento global

O site BBC Brasil acompanha os desdobramentos da Conferência do Clima em Copenhague, com importantes análises e informações sobre os temas que são debatidos  nesse fórum, que pode estabelecer um marco na consciência dos governantes mundiais, quanto aos riscos que a sobrevivência da humanidade está sujeita, se não forem tomadas medidas de proteção ambiental drásticas em cada um dos países. O informe abaixo deve merecer a atenção de todos os brasileiros que sonham com um mundo melhor para seus habitantes:


Aquecimento global pode afetar Brasil até 20% mais que a média, diz Inpe


O aquecimento global no Brasil pode ter efeitos 20% maiores que a média global até o fim do século, com grandes impactos sobre os índices pluviométricos do país, de acordo com um novo estudo do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), lançado durante a reunião das Nações Unidas sobre o clima, em Copenhague.



Em parceria com o Met Office Hadley Centre, da Grã-Bretanha, cientistas fizeram projeções dos efeitos dos gases que provocam o efeito estufa no país usando diferentes modelos.

As consequências econômicas para o país são potencialmente desastrosas, já que uma redução no regime de chuvas do Brasil teria efeitos diretos sobre a produção de energia elétrica – 70% da qual é gerada por hidrelétricas.

Além disso, as pesquisas do Inpe e do Hadley Centre alertam para os riscos do desmatamento que também colabora para deixar o clima mais quente e seco.

Se mais de 40% da extensão original da floresta amazônica for desmatada, isto pode significar a diminuição drástica da chuva na Amazônia Oriental

Segundo os pesquisadores, 40% de desmatamento ou um aquecimento global entre 3°C e 4°C representariam o ‘tipping point’, ou seja, o ponto a partir do qual parte da floresta corre o risco de começar a desaparecer.

Com apenas 2ºC a mais no termômetro, a bacia amazônica perderia 12% do volume de chuvas e a bacia do São Francisco, 15%.

Na bacia do Prata, por outro lado, os cientistas prevêem um aumento nos índices pluviométricos de 2%.

Nas previsões mais extremas, com um acréscimo de temperatura de 6,6%, as chuvas na Amazônia e na região do São Francisco poderiam cair 40% e 47%, respectivamente, literalmente transformando essas regiões.

Os pesquisadores ainda fizeram uma versão intermediária dos impactos do aquecimento, levando em conta um acréscimo de 5,3ºC. Nesta, a bacia do São Francisco perderia 37% das suas precipitações, enquanto a região amazônica teria 31% a menos de chuvas.

Mesmo a hipótese menos drástica, de um aquecimento de 2ºC, ameaçaria o futuro do rio São Francisco, que já terá o seu volume d’água bastante afetado pelas obras de transposição.

O modelo climático global do Hadley Centre é faz projeções de alterações do clima em todo o mundo.

Já o modelo climático regional do Inpe se concentra no Brasil e avalia o impacto de níveis diferentes de aquecimento global.

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