O representante no Brasil e Cone Sul do Escritório das Nações Unidas sobre Drogas e Crimes (UNODC), Bo Mathiasen, em entrevista exclusiva ao site Contas Abertas, afirma que a punição é fundamental no combate a corrupção.
A ferramenta mais importante que os países têm à disposição é a Convenção das Nações Unidas contra a Corrupção, assinada em 2003, e que já conta com a adesão de 140 países.
A convenção serve de referência para a atuação dos países, indicando diretrizes para o combate a crimes como lavagem de dinheiro, evasão de divisas, peculato, apropriação indébita por parte de funcionários públicos, tráfico de influências, suborno, abuso de função e enriquecimento ilícito.
Para ele, a participação da sociedade no acompanhamento dos gastos públicos, a transparência e o apoio do setor privado e da mídia são importantes, mas a sensação de impunidade é fator determinante para ampliar os índices de corrupção.
As pessoas respondem com penalidades. Tem que punir, tem que ter jurisprudência no sistema judiciário de que corrupção não é aceitável. Tem que haver a implementação de uma legislação dura em cima da corrupção.
O executivo considerou, ainda, a conscientização e mecanismos de prevenção e transparência como ferramentas úteis no enfrentamento à corrupção, comentando sobre a impunidade para crimes de colarinho branco, a corrupção no Brasil, os índices de percepção da corrupção mundial, transparência, legislação, penalidades, a participação da imprensa e da sociedade civil, além do apoio do setor privado no enfrentamento de crimes ligados à corrupção.
Destacou, ainda, a participação da sociedade civil, que pode criticar, observar e até sugerir uma maneira melhor e mais eficiente de ação, mas que não são todos os países que têm uma sociedade civil muito ativa. O país, que tem grau de democracia mais avançado, também teria um interesse maior e uma participação civil mais ativa.
Veja a entrevista no site www.contasabertas.uol.com.br
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