sábado, 8 de junho de 2013

DE INFILTRADOS E DE ESPIONAGEM

Fiquei sabendo que alguns líderes políticos locais não gostam quando faço referências a possível existência de "infiltrados" nas organizações políticas partidárias. Talvez, hoje, esse expediente esteja superado e nem seja verdadeiro, pois há novas tecnologias que permitem a espionagem através de grampos telefônicos, aliás assunto que tem merecido destaque em alguns blogs locais nos últimos dias, mas que certamente também não deve agradar aos mesmos lideres políticos.

Republico, abaixo, uma postagem que fiz neste blog, acerca de um livro publicado em 2010 que mostra como atuavam os agentes de segurança no monitoramento dos movimentos sociais nas décadas passadas e que deve ser do conhecimento de muitos democratas de hoje.


" OS INFILTRADOS, UM LIVRO PARA RELER


Os jornalistas Carlos Etchichury, Carlos Wagner, Humberto Trezzi e Nilson Mariano, publicaram o livro OS INFILTRADOS - Eles eram os olhos e ouvidos da ditadura, em setembro de 2010, pela Editora AGE, inspirado na série de reportagens publicadas por ZH em janeiro e fevereiro do mesmo ano, que revelou como agiam espiões durante o regime militar.

Os autores ampliaram as histórias e contaram mais detalhes de cenas que mostram o rosto e os nomes de alguns dos principais personagens do período no Rio Grande do Sul, nas décadas de 70 e 80, por essa rede de espiões, que se disfarçavam de sindicalistas, simpatizantes do comunismo e estudantes barbudos e cabeludos. — O maior trabalho foi convencer os espiões a falar. Eles fizeram isso após um ano e meio de contatos feitos pelos repórteres. Toparam, por acreditar que agiam certo, segundo conta Humberto Trezzi, um dos autores da obra.

A releitura dessa obra é oportuna, pois vivemos um momento histórico importante da vida brasileira com a criação da Comissão da Verdade, por decisão do Congresso Nacional e do Governo Federal. Sabemos que a espionagem é uma prática presente nos dias de hoje, tanto nos estamentos estatais, nas relações empresariais, pessoais e no mundo real da política.

No pequeno mundo de Santiago é possível que alguns dos nossos militantes partidários, em alguns momentos das disputas eleitorais, tenham exercido dupla militância, por ideologia ou por algum favorecimento material. Se isso ocorreu de fato, não sei, mas tenho desconfianças. É possível que no futuro algum escritor conterrâneo faça algumas revelações. Afinal estamos estimulados pela Comissão da Verdade! 



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