COMUNIDADE VERTICAL: A POLÍTICA E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS

domingo, 7 de abril de 2013

A POLÍTICA E SUAS CIRCUNSTÂNCIAS

Do Blog do Políbio Braga: Em 7 de abril de 2013

"PMDB do RS dirá em Brasília, terça-feira, que apoiará a reeleição do candidato do PT em 2014

Apesar do desconforto de algumas lideranças gaúchas que ainda resistem ao PT, o presidente do PMDB do RS, deputado Edson Brum, dirá na terça-feira, em Brasília, no jantar preparado pelo vice-presidente Michel Temer a uma comitiva local, que já apoia o governo da presidente Dilma Roussef e fechará com o candidato do PT em 2014. Um dos coordenadores da reunião e defensor da decisão é o ex-deputado Eliseu Padilha, que também irá ao Jaburu.

PP do RS dirá ao PP nacional, terça, que não apoiará reeleição de Dilma

Na noite de terça-feira os presidentes do PP de sete Estados conversarão com o senador Ciro Nogueira, Piauí, que deverá ser o próximo presidente nacional do PP, substituindo o senador Francisco Dornelles. O presidente do PP gaúcho, Celso Bernardi, contou ao editor a razão principal do encontro prévio:

- Diremos que queremos independência para escolhermos o candidato a presidente em 2014, porque não apoiaremos o candidato do PT.

. Nos sete Estados, PP e PT são como água e vinho.

. No RS, o Partido alimenta chances reais de chegar ao Piratini e quer que a senadora Ana Amélia faça oposição aos candidatos do PT lá e cá."

Meu comentário:

PMDB e PP são os maiores partidos no Rio Grande Do Sul, que assumem posições políticas objetivas e distintas diante do cenário estadual e federal que se desenha para 2014. Embora os dois integrem a base de sustentação do governo federal, liderado pelo PT, com representações em ministérios de relevo, não estarão alinhados na eleição nacional e muito menos aqui no Estado, onde o PMDB e PP são visceralmente opositores ao governo petista de Tarso Genro.

O PMDB/RS revisa sua postura anterior e decide assumir, na plenitude, a condição de partido aliado ao PT no Governo Federal, inclusive apoiando a candidatura à reeleição de Dilma e Temer, segundo as declarações do presidente estadual, Edson Brum.

O PP, partido da base aliada do governo Federal, liderado pelo PT, e ocupante de um ministério de primeira grandeza, o da Cidades, decidirá, na próxima terça-feira, em sete estados, que quer escolher o futuro candidato a presidente da república fora dos quadros do PT. Certamente que essa posição é pautada pela eleição estadual, onde o PP pretende ser protagonista nos estados e ter candidaturas próprias a governador, como é o caso do Rio Grande do Sul, com a senadora Ana Amélia Lemos, com potencialidade para impedir a reeleição de Tarso Genro.

As alianças nacionais reproduzem com fidelidade os arranjos das cúpulas partidárias que, estrategicamente, fazem seus movimentos e acordos, para asseguram permanência na base de sustentação do governo que for eleito. Assim tem sido nas últimos duas décadas, partidos como o PP, PMDB, PTB, PDT, apesar de se digladiarem em muitos estados, sempre fizeram parte da base de sustentação dos governos de Fernando Henrique, Lula e agora de Dilma Rousseff. Exceção que faço aos partidos: PSDB e PT, que se alternaram no governo federal como situação e oposição; PPS, DEM e PSB que mantém sempre certa coerência programática na formação de alianças e, a novidade, o PSD, do ex-prefeito Kassab, que recrutou quadros de todos os partidos, para "não ser situação e nem oposição", mas sempre fazer alianças pragmáticas.

Como serão os arranjos dos partidos que têm representação em Santiago, nas próximas eleições, majoritárias e proporcionais, para o Senado, Câmara dos Deputados, presidente da República, governador do Estado, deputados estaduais e federais ? Especularei numa próxima postagem.

Nenhum comentário:

Postar um comentário