Não devemos confundir a crise mundial que provoca o adiamento de novos investimentos no país, com a crise estrutural de muitas empresas e cooperativas do nosso Estado que já vinham enfrentando dificuldades financeiras antes da crise mundial. Esta nova crise desnuda definitivamente a realidade das empresas para fechar suas contas e operacionalizar suas atividades. Aqui em Santiago estamos acompanhando a dura realidade da Cooperativa Tritícola Santiaguense na luta pela sobrevivência.
Em recente assembléia de associados, o presidente Leandro Ferreira, de forma corajosa, apresentou o balanço econômico da cooperativa, contando com a assessoria técnica do consultor Ernesto Krug e com a participação do presidente da FECOAGRO, Rui Polidoro Pinto. Os números apresentados causaram reação indignada de centenas de produtores, pequenos na sua maioria, que sempre foram fiéis aos princípios cooperativistas, entregando suas safras para a cooperativa, sendo credores de parcelas significativas de sua produção que estão retidas, sem possibilidades de liquidação. Enquanto isso, algumas dezenas de associados, inadimplentes históricos, nem sequer se dignaram a comparecer ao evento realizado no CTG Coxilha de Ronda.
O quadro é preocupante e requer medidas fortes para evitar a sua autodissolução. Passa pela execução das dívidas dos inandimplentes contumazes, como medida urgente e necessária para preservar a autoridade e a credibilidade da atual diretoria, além da renegociação de dívidas com fornecedores, bancos, associados credores e outros agentes econômicos, plano de recuperação econômica e a parceria com outra cooperativa para que não sofra solução de continuidade os serviços de apoio aos produtores.
Acredito na seriedade do Presidente da Cooperativa e de seus conselheiros, para levarem avante o plano de saneamento da instituição estabelecido, vital para a vida econômica dos agricultores familiares e para o próprio desenvolvimento autosustentável da nossa microrregião.
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