quinta-feira, 23 de outubro de 2008

Nova ferrovia pode ligar a Grande Porto Alegre a Pelotas

Um sonho de muitas décadas começa a dar os primeiros passos para ser tornar realidade, a tão desejada ligação ferroviária entre a grande Porto Alegre e Pelotas, margeando o eixo da BR-116, teve o seu primeiro ato realizado nesta semana, pela Governadora Yeda Crusius, ao solicitar a outorga de concessão da linha ferroviária Nova Santa Rita-Pelotas, através de ofício encaminhado ao ministro dos Transportes, Alfredo Pereira do Nascimento. A solicitação materializa o objetivo de viabilizar a implantação de parceria público-privada para a construção e operação do tronco ferroviário entre General Luz, localidade de Nova Santa Rita e Pelotas.

Segundo José Alberto Wenzel, chefe da Casa Civil, este é o primeiro passo para a realização de uma obra que viabilizará a ligação ferroviária entre dois centros industriais - grande Porto Alegre e Pelotas-Rio Grande - de fundamental importância para a economia do Estado. "Além de acarretar numa redução significativa dos custos de fretes para as empresas, vai possibilitar a diminuição do escoamento rodoviário que liga a região sul do estado, contribuindo para a segurança nas estradas", disse ele.

Atualmente o transporte de um conteiner por via ferroviária, entre Porto Alegre e o Porto de Rio Grande, demanda um verdadeiro passeio, na ida e na vinda, por diversas regiões do Estado: no vale do rio pardo (Rio Pardo e Cachoeira do Sul), na central (Santa Maria e Cacequi), pela campanha (Bagé e Candiota), região sul (Pinheiro Machado e Pedro Osório) para chegar à Pelotas, e daí por ramal ferroviário ao porto de Rio Grande.

No passado, ainda adolescente, quando o trem transportava passageiros nesses mesmos trechos, muitas vezes utilizei-me desse meio de transporte para percorrer os trechos Bagé-Porto Alegre e Bagé-Candiota-Pelotas para ir de casa à escola agrícola de Viamão e visitar familiares em Pelotas.

Vejo com alegria a ferrovia voltar para agenda desenvolvimentista dos governos estadual e federal, por se tratar de um importante meio de transporte de cargas para baratear fretes e reduzir a intensidade do transporte rodoviário de longa distância nas rodovias brasileiras.

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