segunda-feira, 17 de novembro de 2008

Notícias de Santiago II - Reflexões

No último dia 10 do corrente, ao ler as postagens no Blog Da Redação, deparei-me com uma manifestação indignada do autor, reclamando da existência de tratamento desigual na distribuição de verbas publicitárias para a imprensa, no nosso município. Transcrevi o trecho desse desabafo e aproveitei o ensejo para abrir o debate sobre a possível existência de agentes da imprensa chapa-branca, como é denominado aquele profissional alinhado fisiológica e politicamente com o governo de plantão, ou infiltrado na mídia por grupos políticos. O trecho abaixo foi o motivo das minhas preocupações:

“... Diferentemente do que ocorre com as publicidades institucionais que depois da eleição não estão chegando em todos os órgãos. Se querem ser tratados com respeito, também devem agir desta maneira...correto??? Santiago é uma cidade só e tem o privilégio de ter uma imprensa respeitada e de grande gabarito. Expresso Ilustrado, Grupo A FOLHA, Correio Regional, Revista A HORA, rádios...todos têm o mesmo objetivo: informar e colaborar com o desenvolvimento da cidade e a formação de opinião em nosso município. Se começarmos a privilegiar este ou aquele as coisas ficam complicadas...".
Em face disso, fiz duas despretensiosas indagações:

Será que existe censura aos órgãos de imprensa locais? Caso positivo, quem são os censores? e, Existem órgãos de imprensa chapa-branca, em Santiago?

Como resposta a esses quesitos recebi diversos comentários, postei aqueles que estavam identificados – comentário do JB na postagem denominada Notícias de Santiago; e de Tuca Maia com o título Autobiografias II; e reservei os anônimos e as observações que recebi por e-mail (cujos autores não me autorizaram divulgá-las).

Além disso, essas indagações singelas que fiz resultaram em mais um áspero comentário do jornalista João Lemes, no seu Blog, em 11 de novembro, que reproduzo:

“...Agora, ele se intitula o "mecenas" das comunicações, publicando relatos sobre alguns órgãos que não podem morder alguma fatia maior, talvez pela pura incompetência. No tempo em que o mencionado era prefeito, ele preferia investir nos veículos de Santa Maria, fazer revistas de sua administração com gráficas da mesma cidade etc., a dar uma merreca pro jornal local. Tudo porque o Expresso criticava seus atos, como todo mundo já sabe.
...
E é para vocês verem, caros leitores, da noite pro dia, o homem passou a achar que verba pública é como se fosse um bolo de aniversário, o qual deve ser repartido para matar a fome dos presentes à festa, ao passo que o próprio Tribunal de Contas prega diferente, afirmando que não se fraciona a verba pública e que não se pode privilegiar a todos, justamente porque o veículo que participa dessa mídia fez, isso sim, uma divulgação, ou seja, prestou um serviço e não está a receber nenhuma ajuda financeira com o suado dinheiro do povo...”

Agora o meu comentário:

O três comentários feitos por JB, Tuca Maia e João Lemes apontam a existência de possíveis privilégios para jornais locais na distribuição de verbas públicas do Executivo Municipal e do Legislativo estadual. Não pretendo averiguar a procedência de tais apontamentos, se são legais, morais e éticos. Isso cabe aos legislativos estadual e municipal, TCE, ao Ministério Público e aos próprios órgãos e imprensa da nossa comunidade – possíveis prejudicados – comprovarem a legitimidade dessas afirmações.

De minha parte, fiz apenas indagações, não afirmei em nenhum momento de que existem agentes de imprensa chapa-branca em Santiago! Da mesma forma, apenas indaguei se havia censura em Santiago...

Não sou jornalista, nem diretor, colaborador de rádio ou de jornal, apenas um simples cidadão que quis ouvir eventuais leitores do seu blog sobre esse tema. E ouviu!

Por outro lado gostaria de encerrar esse episódio, reafirmando a minha admiração e o meu profundo respeito à imprensa e principalmente aos jornalistas e colaboradores de jornais, rádios e blogs, pela dedicação, idealismo, isenção e autonomia com que agem no nobre dever de bem informar à população. Rejeitaria,
apenas, aos que aviltassem suas consciências e agissem como prepostos de interesses espúrios de terceiros.

Reservo aos eventuais leitores deste blog as conclusões sobre as indagações que fiz!

Também, na mesma postagem, fui surpreendido por mais um ataque no Blog do jornalista João Lemes, diretor do Grupo Editorial Expressão, que edita o prestigiado jornal Expresso Ilustrado e que também presta serviços de publicidade através da Agência Oficial. No seu Blog acusa-me de oportunista e de ofender a imprensa, além de suas já recorrentes manifestações de mágoas por, no passado, no cargo de prefeito, não ter aceitado a condição de “mecenas” do seu jornal.

A constância de seus ataques, no jornal Expresso, nos últimos 14 anos, e no Blog, mais recentemente, estimularam-me a aprofundar reflexões sobre as verdadeiras razões que o movem.

Por que João Lemes me ataca tanto, por tanto tempo?

2 comentários:

Anônimo disse...

pois é, pensando a respeito, vejo que os ataques (incluindo não só críticas mas também "brincadeirinhas" ou provocações) são meio que semanais no blog do João Lemos. Dá para pensar realmente que o sr. é alvo de perseguição.

Olívia Jacques

Anônimo disse...

Quer dizer que a Rede Globo é chapa branca?
Quer dizer que a Folha de São Paulo também?
Eu acho que toda a mída brasileira costuma ser chapa branca! Afinal de contas, quem é o maior patrocinador? Não é o próprio governo?